domingo, 17 de julho de 2011

Queria viver no mundo do Chaves

Um mundo onde uma criança moradora de rua vive feliz, onde um inquilino sem condições não é despejado por não pagar meses de aluguel, que nem por apanhar freqüentemente, levanta a mão para uma mulher, onde crianças brincam no pátio sem se preocupar com algo que possa vir a acontecer, onde a diversão na TV é um simples concurso de miss ou o filme do Pelé, sem o sensacionalismo e a putaria atual, onde uma vizinhança inteira que mesmo com suas diferenças e discutições, conseguem demonstrar carinho em uma viagem para Acapulco, ou no dia de San Valentin, onde um carteiro não é atacado diariamente por cachorros, onde não há uma demonstração de racismo ou qualquer outro preconceito, onde um ladrão rouba apenas um ferro de passar e depois o devolve, onde existe humildade a ponto de uma celebridade pedir um macaco emprestado, onde a única pessoa que anda armada é com uma marreta biônica e a única droga consumida são pílulas de nanicolina.

sábado, 16 de julho de 2011

Todo Homem deveria ler...

"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"

"E não se esqueça...Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!"
(Arnaldo Jabour)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Somos todos felizes, se deixarmos

Eu só te peço uma coisa, pare de culpar a vida. Pare de ter pena de você. Se assuma. Se aceite. Se culpe. Se estrepe. Se mate. Mas se perdoe.
Pelo amor de Deus, se perdoe. Somos todos culpados, se quisermos. Somos todos felizes, se deixarmos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Normalidade?

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Todo meu amor (all my loving)

Sabe como eu sei que aposto em nós? Esses dias fiz uma analogia entre seu jeito de sorrir e uma música dos Beatles. Isso não é pouca coisa, você que nunca fica satisfeita com minhas demonstrações afetivas. Isso é grande, garota. Eu jamais, em toda minha carreira de quinze anos de feitos amorosos, ousei associar coisas como "Something" e "I Want You (She's So Heavy)" ou "Girl" com nenhuma, justamente por respeitar o poder devastador da música.

Eu li alguns livros, entre eles "A Insustentável Leveza do Ser", você sabe, falo sempre sobre o Milan Kundera. Bem, o caso é que o livro se resume numa frase do autor, algo como "O amor começa no instante em que uma mulher se inscreve com uma palavra em nossa memória poética." - E como as mulheres fazem isso? Lição número um: sendo diferente das outras, isso você já foi capaz; dois: deixando saudade em alguma canção. Se existe cupido e esses troços, suas aparições vem em formato de refrões pegajosos.

Nenhuma outra foi digna de Beatles. Tive de isolar os rapazes de Liverpool de todos os meus relacionamentos com disciplina oriental. Não queria perdê-los, não queria deixar de executá-los depois que esses romances velhacos me provocassem amargura, vômito, ressentimento e intenções suicidas. Quando aquela outra me chutou por um cara mais, digamos, exitoso, sabe o que aconteceu com "True Love Waits" do Radiohead? Nunca mais. Até hoje a voz do Thom Yorke corta a pele ao redor dos meus mamilos feito uma faca velha e sem fio.

Exagero? Então ouve isso: sabe quantas vezes repeti "True Love Waits"? Cinco? Dez? Cinquenta? (Risos) Umas quinhentas, quando parei de contar, no duro. E assim vários outros conjuntos e canções foram banidos por fazer meu ouvido chorar sangue de saudade. Lado A: 1. "Warning Sign", Coldplay; 2. "All I Want Is You", U2; 3. "Walking After You", Foo Fighters; 4. "Wish You Were Here", Pink Floyd; 5. "Broken", Tracy Chapman. Lado B (as que hoje não latejam tanto assim): 1. "Don't Go Away", Oasis; 2. "Oh, Girl", Paul Young; 3. "Look What You've Done", Jet; 4. "I'm In You", Peter Frampton; 5. "All My Love", Led Zeppelin. E "True Love Waits", onde está? Bônus track.

Você viu alguma dos caras na minha coletânea de "The Best Of Singles About My Failed Relationships"? Não. Eles sempre foram meus protegidos, os intocáveis, os blindados, sempre viveram numa espécie de bolha à prova de ondas radioativas de rejeição, as músicas que ouço quando não quero pensar em ninguém, quando não quero futucar meus dedos calejados em alguma ferida. Aí veio você e me pega desprevenido, vulnerável, apaixonado e achando realmente que encontrou uma pessoa especial na multidão.

Pronto, não consigo ouvir "If I Feel" sem reviver aquela vez naquela pracinha de pombos negros, você dizendo que se entregaria a nós, se pudesse confiar em mim. Pois estou depositando no nosso amor toda minha confiança, como pode ver. Espero que você esteja realmente satisfeita e sã da responsabilidade que é tornar-se minha sócia em todas essas faixas, as que meu pai me botava pra ouvir quando era um feto de, sei lá, seis ou sete semanas - elas me devolvem ao útero, o melhor lugar do mundo inteiro, dá pra entender? Você tem todo meu amor, os Beatles e mais um milhão de motivos pra não me magoar.



Fonte: http://networkedblogs.com/k717Y?ref=nf






Texto extremamente lindo! *_*

Queria viver no mundo do Chaves

Um mundo onde uma criança moradora de rua vive feliz, onde um inquilino sem condições não é despejado por não pagar meses de aluguel, que nem por apanhar freqüentemente, levanta a mão para uma mulher, onde crianças brincam no pátio sem se preocupar com algo que possa vir a acontecer, onde a diversão na TV é um simples concurso de miss ou o filme do Pelé, sem o sensacionalismo e a putaria atual, onde uma vizinhança inteira que mesmo com suas diferenças e discutições, conseguem demonstrar carinho em uma viagem para Acapulco, ou no dia de San Valentin, onde um carteiro não é atacado diariamente por cachorros, onde não há uma demonstração de racismo ou qualquer outro preconceito, onde um ladrão rouba apenas um ferro de passar e depois o devolve, onde existe humildade a ponto de uma celebridade pedir um macaco emprestado, onde a única pessoa que anda armada é com uma marreta biônica e a única droga consumida são pílulas de nanicolina.

Todo Homem deveria ler...

"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"

"E não se esqueça...Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!"
(Arnaldo Jabour)

Somos todos felizes, se deixarmos

Eu só te peço uma coisa, pare de culpar a vida. Pare de ter pena de você. Se assuma. Se aceite. Se culpe. Se estrepe. Se mate. Mas se perdoe.
Pelo amor de Deus, se perdoe. Somos todos culpados, se quisermos. Somos todos felizes, se deixarmos.

Normalidade?

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

Todo meu amor (all my loving)

Sabe como eu sei que aposto em nós? Esses dias fiz uma analogia entre seu jeito de sorrir e uma música dos Beatles. Isso não é pouca coisa, você que nunca fica satisfeita com minhas demonstrações afetivas. Isso é grande, garota. Eu jamais, em toda minha carreira de quinze anos de feitos amorosos, ousei associar coisas como "Something" e "I Want You (She's So Heavy)" ou "Girl" com nenhuma, justamente por respeitar o poder devastador da música.

Eu li alguns livros, entre eles "A Insustentável Leveza do Ser", você sabe, falo sempre sobre o Milan Kundera. Bem, o caso é que o livro se resume numa frase do autor, algo como "O amor começa no instante em que uma mulher se inscreve com uma palavra em nossa memória poética." - E como as mulheres fazem isso? Lição número um: sendo diferente das outras, isso você já foi capaz; dois: deixando saudade em alguma canção. Se existe cupido e esses troços, suas aparições vem em formato de refrões pegajosos.

Nenhuma outra foi digna de Beatles. Tive de isolar os rapazes de Liverpool de todos os meus relacionamentos com disciplina oriental. Não queria perdê-los, não queria deixar de executá-los depois que esses romances velhacos me provocassem amargura, vômito, ressentimento e intenções suicidas. Quando aquela outra me chutou por um cara mais, digamos, exitoso, sabe o que aconteceu com "True Love Waits" do Radiohead? Nunca mais. Até hoje a voz do Thom Yorke corta a pele ao redor dos meus mamilos feito uma faca velha e sem fio.

Exagero? Então ouve isso: sabe quantas vezes repeti "True Love Waits"? Cinco? Dez? Cinquenta? (Risos) Umas quinhentas, quando parei de contar, no duro. E assim vários outros conjuntos e canções foram banidos por fazer meu ouvido chorar sangue de saudade. Lado A: 1. "Warning Sign", Coldplay; 2. "All I Want Is You", U2; 3. "Walking After You", Foo Fighters; 4. "Wish You Were Here", Pink Floyd; 5. "Broken", Tracy Chapman. Lado B (as que hoje não latejam tanto assim): 1. "Don't Go Away", Oasis; 2. "Oh, Girl", Paul Young; 3. "Look What You've Done", Jet; 4. "I'm In You", Peter Frampton; 5. "All My Love", Led Zeppelin. E "True Love Waits", onde está? Bônus track.

Você viu alguma dos caras na minha coletânea de "The Best Of Singles About My Failed Relationships"? Não. Eles sempre foram meus protegidos, os intocáveis, os blindados, sempre viveram numa espécie de bolha à prova de ondas radioativas de rejeição, as músicas que ouço quando não quero pensar em ninguém, quando não quero futucar meus dedos calejados em alguma ferida. Aí veio você e me pega desprevenido, vulnerável, apaixonado e achando realmente que encontrou uma pessoa especial na multidão.

Pronto, não consigo ouvir "If I Feel" sem reviver aquela vez naquela pracinha de pombos negros, você dizendo que se entregaria a nós, se pudesse confiar em mim. Pois estou depositando no nosso amor toda minha confiança, como pode ver. Espero que você esteja realmente satisfeita e sã da responsabilidade que é tornar-se minha sócia em todas essas faixas, as que meu pai me botava pra ouvir quando era um feto de, sei lá, seis ou sete semanas - elas me devolvem ao útero, o melhor lugar do mundo inteiro, dá pra entender? Você tem todo meu amor, os Beatles e mais um milhão de motivos pra não me magoar.



Fonte: http://networkedblogs.com/k717Y?ref=nf






Texto extremamente lindo! *_*

Queria viver no mundo do Chaves

Um mundo onde uma criança moradora de rua vive feliz, onde um inquilino sem condições não é despejado por não pagar meses de aluguel, que nem por apanhar freqüentemente, levanta a mão para uma mulher, onde crianças brincam no pátio sem se preocupar com algo que possa vir a acontecer, onde a diversão na TV é um simples concurso de miss ou o filme do Pelé, sem o sensacionalismo e a putaria atual, onde uma vizinhança inteira que mesmo com suas diferenças e discutições, conseguem demonstrar carinho em uma viagem para Acapulco, ou no dia de San Valentin, onde um carteiro não é atacado diariamente por cachorros, onde não há uma demonstração de racismo ou qualquer outro preconceito, onde um ladrão rouba apenas um ferro de passar e depois o devolve, onde existe humildade a ponto de uma celebridade pedir um macaco emprestado, onde a única pessoa que anda armada é com uma marreta biônica e a única droga consumida são pílulas de nanicolina.

Todo Homem deveria ler...

"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"

"E não se esqueça...Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!"
(Arnaldo Jabour)

Somos todos felizes, se deixarmos

Eu só te peço uma coisa, pare de culpar a vida. Pare de ter pena de você. Se assuma. Se aceite. Se culpe. Se estrepe. Se mate. Mas se perdoe.
Pelo amor de Deus, se perdoe. Somos todos culpados, se quisermos. Somos todos felizes, se deixarmos.

Normalidade?

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

Todo meu amor (all my loving)

Sabe como eu sei que aposto em nós? Esses dias fiz uma analogia entre seu jeito de sorrir e uma música dos Beatles. Isso não é pouca coisa, você que nunca fica satisfeita com minhas demonstrações afetivas. Isso é grande, garota. Eu jamais, em toda minha carreira de quinze anos de feitos amorosos, ousei associar coisas como "Something" e "I Want You (She's So Heavy)" ou "Girl" com nenhuma, justamente por respeitar o poder devastador da música.

Eu li alguns livros, entre eles "A Insustentável Leveza do Ser", você sabe, falo sempre sobre o Milan Kundera. Bem, o caso é que o livro se resume numa frase do autor, algo como "O amor começa no instante em que uma mulher se inscreve com uma palavra em nossa memória poética." - E como as mulheres fazem isso? Lição número um: sendo diferente das outras, isso você já foi capaz; dois: deixando saudade em alguma canção. Se existe cupido e esses troços, suas aparições vem em formato de refrões pegajosos.

Nenhuma outra foi digna de Beatles. Tive de isolar os rapazes de Liverpool de todos os meus relacionamentos com disciplina oriental. Não queria perdê-los, não queria deixar de executá-los depois que esses romances velhacos me provocassem amargura, vômito, ressentimento e intenções suicidas. Quando aquela outra me chutou por um cara mais, digamos, exitoso, sabe o que aconteceu com "True Love Waits" do Radiohead? Nunca mais. Até hoje a voz do Thom Yorke corta a pele ao redor dos meus mamilos feito uma faca velha e sem fio.

Exagero? Então ouve isso: sabe quantas vezes repeti "True Love Waits"? Cinco? Dez? Cinquenta? (Risos) Umas quinhentas, quando parei de contar, no duro. E assim vários outros conjuntos e canções foram banidos por fazer meu ouvido chorar sangue de saudade. Lado A: 1. "Warning Sign", Coldplay; 2. "All I Want Is You", U2; 3. "Walking After You", Foo Fighters; 4. "Wish You Were Here", Pink Floyd; 5. "Broken", Tracy Chapman. Lado B (as que hoje não latejam tanto assim): 1. "Don't Go Away", Oasis; 2. "Oh, Girl", Paul Young; 3. "Look What You've Done", Jet; 4. "I'm In You", Peter Frampton; 5. "All My Love", Led Zeppelin. E "True Love Waits", onde está? Bônus track.

Você viu alguma dos caras na minha coletânea de "The Best Of Singles About My Failed Relationships"? Não. Eles sempre foram meus protegidos, os intocáveis, os blindados, sempre viveram numa espécie de bolha à prova de ondas radioativas de rejeição, as músicas que ouço quando não quero pensar em ninguém, quando não quero futucar meus dedos calejados em alguma ferida. Aí veio você e me pega desprevenido, vulnerável, apaixonado e achando realmente que encontrou uma pessoa especial na multidão.

Pronto, não consigo ouvir "If I Feel" sem reviver aquela vez naquela pracinha de pombos negros, você dizendo que se entregaria a nós, se pudesse confiar em mim. Pois estou depositando no nosso amor toda minha confiança, como pode ver. Espero que você esteja realmente satisfeita e sã da responsabilidade que é tornar-se minha sócia em todas essas faixas, as que meu pai me botava pra ouvir quando era um feto de, sei lá, seis ou sete semanas - elas me devolvem ao útero, o melhor lugar do mundo inteiro, dá pra entender? Você tem todo meu amor, os Beatles e mais um milhão de motivos pra não me magoar.



Fonte: http://networkedblogs.com/k717Y?ref=nf






Texto extremamente lindo! *_*

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