Não as vejo todos os dias. As
minhas flores. Mas quando as vejo, é como se uma parte da minha vida parasse e
se resumisse ali. Sou como o pequeno príncipe, uma das princesas de um reino
que apenas eu e uma irmã conhecemos. Não temos vulcões para limpar, não temos
cercas nem cúpulas para as nossas flores, nem tão pouco podemos pedir que nos
construam um cercado para protegê-las do mundo. Não podemos pedir que estejam
sempre conosco, não podemos estar sempre ao lado delas, mas regamos com nosso
amor sempre que podemos passar perto, lhes observar, e lhes cativar. Talvez, e
provavelmente, venham a existir outras princesas e/ou príncipes, talvez outras
pessoas queiram regar as nossas flores e não peço que isto não aconteça, pois
assim teremos a garantia de que elas estarão sempre sorridentes e com suas
pétalas esbeltas, cheias de alegria. É isso. Peço que quando não formos mais as
princesas principais, que outros apareçam e as reguem, que cuidem da mesma
forma que nós, que não pisem, não deixem carneiros se aproximarem. É o que
podemos pedir. Princesas hoje, queremos ser para sempre, assim como vocês serão
nossas eternas flores, nossas eternas rosas e eternamente responsáveis
por nós, afinal, nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que
cativamos.
B.S.
B.S.
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