Às
vezes da vontade de correr atrás, perguntar como está, como se sente, o que faz
da vida, se ainda tem os mesmos hábitos. Dá vontade de rever as fotos,
relembrar os bons momentos, sentir aquela raiva de tudo que foi ruim, uma vez
mais. Às vezes dá. Não posso mentir. Está guardado, faz parte de mim, faz parte
do que me tornei hoje. Certas noites olho para o teto do quarto e imagino como estaríamos
hoje se tudo tivesse acontecido de forma diferente. Não voltaria no tempo para
ainda estar com você, não aceitaria tudo de volta se tivesse a oportunidade.
Não. Sou grata pelas lições que aprendi e por ter descoberto com quem estava
lidando. Todavia, o que acontece é que o coração algumas vezes é mais forte.
Assim como bombeia o sangue, involuntariamente me traz lembranças que não
deveria. E vejo suas fotos, procuro por informações, um pouco mais sobre quem
você é agora. Não te conheço mais, não sei mais dos seus gostos, se são os
mesmos ou se mudaram, se ouve as mesmas músicas, se diverte-se da mesma forma.
No fundo, no fundo, isso não me incomoda. Mas aí a saudade bate, e essa
caixinha de surpresas que é a vida me faz pensar em qual seria minha verdadeira
reação, psicológica e/ou emocional, se num piscar de olhos você surgisse no meu
caminho, assim como quem não quer nada?
B.S.
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