Faz dois
meses. Dois meses que meu celular tocou e eu estava terminando mais uma
atividade do colégio. Recebi uma das piores notícias da minha vida e demorei a
me conformar de que nada daquilo era um pesadelo. Atendi sorrindo e ouvi uma
voz chorosa, num tom de desespero. Em 5 segundos minha voz se converteu ao
mesmo estado, meu coração bateu forte, com uma dor profunda, uma parte do meu
mundo caiu e muita coisa dentro de mim mudou. Como podia ser possível? Descobri
que as respostas que mais esperamos são as que tem menor probabilidade de
resposta.
Faz dois meses
que penso em você todos os dias. Alguns mais, outros menos, de fato, mas todos
os dias. Olho para determinados locais, falo determinadas coisas, sinto e
imagino situações e percebo que você não está mais lá. Você entrou na minha
vida de um jeito quase imperceptível, mas, graças a Deus, tive olhos bem
apertos para te notar.
Obrigada por
ter feito parte da minha vida durante 4 anos e meio. De inúmeras formas você
mudou ela para melhor, me deu lições, me marcou como um todo. Não sei, e
provavelmente nunca saberei, ao certo porque você decidiu nos deixar. Em parte
entendo que você sentisse como se “não fizesse parte desse mundo”, mas gostaria
de ter tido a chance de te dizer que poderia contar comigo para qualquer coisa.
Infelizmente não consigo tirar isso da cabeça.
Não sei onde
você está agora, mas espero que sinta-se melhor do que estava aqui, que esteja
bem. Desejo te dizer que o último momento em que estive perto de você foi
inesquecível. Aquele abraço estará na minha memória para todo o sempre, assim
como determinadas situações onde você superou seu jeito reservado por mim (como
no meu aniversário). Obrigada, e saiba que você foi e será sempre alguém
importante na minha vida. Esteja bem, sempre.
Alguém que te
amará para sempre,
Brenda.
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