"Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado. Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar.
A regra às vezes é não ter regra. E via de regra, funciona!"
Eu queria ser como a Bruna. A
Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as
características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo
real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem
fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus
sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com
um nome representativo.
Eu
queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e
trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para
aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos
não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu
tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
Eu
queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15
novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer
considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no
tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se
nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples
e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles
puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em
aniversário normais, não?
Quando
falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a
Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no
dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das
pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada
momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me
ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor
material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito
diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna,
do que todos aqueles presentes?
Caramba.
Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se
importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza,
aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes,
não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso
nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais
esperar. Vou me conformar, e pedir a
Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas
jamais se separem umas das outras.
Ah.
Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo
isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu
jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de
assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas
jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.
** Minhas sinceras desculpas a
algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário. B.S.
"Ninguém gosta de se desapegar. Desde os primeiros momentos, desde o nascimento, até ficarmos a sete palmos, nosso instinto é agarrar, segurar, nos apegar. Em um dedo, uma garrafa, um melhor amigo. Como uma corrida antiga. Às vezes nos apegamos com tudo às mesmas coisas que nos impedem de viver. Mas isso vem com um lado positivo. É como nos sentimos quando finalmente desapegamos. O truque, acho, é não achar uma maneira de burlar as dificuldades da vida, mas viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança. E procurar por coisas novas para se apegar, e quando finalmente as encontrar, as agarrar muito forte. E voltas e voltas nós damos, aguentando até o momento de dizer adeus. E goste ou não, pronto ou não, tem que aceitar a verdade universal.
A vida é uma bagunça, sempre e para todos nós. Mas um sábio disse uma vez: "Talvez confusão é o que precise", e acho que ele pode estar certo."
Não
sei o que seria pior. Com ou sem o aviso prévio. Porque tudo na vida tem que
ser rotulado, cheio de regras e nomeações dadas pelos outros? O mundo pode
estar funcionando na maior tranquilidade, mas se estiver fora dos padrões, as
coisas serão vistas com olhos de desastres históricos, como bombas nucleares
lançadas ao resto do mundo pelo Iraque. Ou quase isso. O
café está gostoso, mas não está tão quente quanto o normal? Para que reclamar?
Não está bom do mesmo jeito? O jantar está na mesa, mas a toalha que a cobre
não é mais a que costumava ser? E daí? Você vai comer a comida ou a toalha? O ônibus
chegou e só um tem lugar vazio, mas não é o de sempre. Vai ficar em pé por
isso?
As
coisas podem ser diferentes. Porque todo mundo insiste que o padrão é perfeito
e tem que ser seguido sempre? Não tem necessidade disso. Para que tanta pressão
na cabeça de nós, pobres mortais seres humanos? É difícil controlar sua cabeça
quando você se encontra num turbilhão de confusões assim. É um desafio que você
enfrenta todas as vezes que tem que tomar uma decisão contra você, mas a favor
do mundo. O que, diga-se de passagem, é indizivelmente desagradável.
Não
quero ser aquela que segue só porque o mundo flui nesse sentido. Quero ser a
que segue porque quer seguir no mesmo sentido do mundo. E sim, são coisas
totalmente diferentes. Simplesmente, quero fechar os olhos, e correr a favor do
vento tendo a chance de voltar, se eu mudar de ideia, quero insistir em comer
macarrão de colher, podendo mudar para o garfo se achar mais interessante.
Quero
ter a chance de fazer escolhas, sem olhar para o futuro com a sensação de
culpa, ou de decisão mal tomada. Quero abrir os olhos todas as manhãs não
ligando se os padrões estão ou não sendo seguidos por mim, mas com a certeza de
que tudo está bem e estou caminhando na direção correta. Quero sorrir sem
forçar, quero abraçar com vontade, quero ir contra o que o “comum” afirma, se eu
achar que é certo. Quero ser eu e escolher, única e exclusivamente, por mim.
Não
aguento mais tantas noites mal dormidas, tantas páginas escritas, tantos textos
e assuntos decorados. Não aguento mais rodar mil sites na internet, ser exigida
além dos meus limites, e no fim achar que continuo na mesma. Não aguento mais
maços e maços de papel ofício acumulados, que passam por uma simples avaliação
para alcançar uma nota qualquer que NUNCA vale o tanto do meu esforço.
Estou
cansada de olhar para a cara de seres incompetentes e irresponsáveis com
relação aos “pobres subalternos” (sim, pois é o que somos aos seus olhos), e
ver aquele olhar de desdém, de pouca importância para o que veem a frente.
Aquelas gargalhadas quando nos vem sofrendo e repetindo mentalmente: “Ainda
acho pouco, vou ridicularizar mais para piorar a situação”.
E
o que me pergunto é o que eles ganham com tudo isso. Será que custa muito ser
um professor DE VERDADE e se importar como real objetivo do seu trabalho? Será
mesmo que o mundo só funciona em função do dinheiro e pouco importa por quem
você terá que passar por cima para consegui-lo?
Será
que esse sofrimento todo que eu passo hoje, é algo que eu deva mesmo passar?
Talvez seja uma lição de vida, tudo isso. E no fim das contas eu vou saber
enfrentar qualquer um no meu caminho. Tudo que eu gostaria era não derramar
tantas lágrimas em vão, não sofrer por algo que sei que não mereço. Tudo que eu
gostaria é que se importassem com tudo que passo para tentar ser boa o
suficiente para mim mesma e para os outros.
Não
excluo os que valorizam isso, porque são muitos, graças a Deus. Mas os que
deveriam se dar conta são os que menos se importam com o que acontece por trás
dos papéis. Um dia eles chegaram molhados e se vierem reclamar lhes direi que é
culpa deles. São apenas as lágrimas que derramei enquanto você esteve dormindo
até o meio dia!
Não
peço demais. Não quero desculpas, nem tenho forças para fazer que tudo isso mude.
Sou só mais uma na leva de 2012 e haverá outros nos próximos anos. E eu só queria um abraço. Daqueles que te seguram, e
te acalmam. Daqueles que terminam com um copo de água e carinho no cabelo.
Abraços são expressões talvez mais fortes que
olhares. Se por um olhar é difícil disfarçar o que você sente por alguém, eu
diria que num abraço é mais difícil ainda. São os abraços de todos os dias que
te provam o amor que alguém sente por ti, a vontade de estar perto, de sentir
seu cheiro, a vontade de não te largar nunca mais.
Seja para os amigos ou namorados, jovens ou
adultos, crianças ou idosos. Seja numa despedida ou numa recepção, num bom dia
ou num boa noite, não importa. Um abraço é sempre um abraço com todo seu
significado e a tentativa de transmitir ao ser abraçado, todo o seu sentimento.
O problema é que nem todo o amor é recíproco e,
obviamente, nem todo abraço há de ser. O que acontece é que, geralmente,
apertamos mais forte os que mais amados são e demoramos mais tempo de largar os
que mais desejamos que estejam perto. E os que não merecem? O abraço nem
deveria existir, mas por questão de respeito e/ou educação você os abraça,
certo? Só existe uma certeza. A força não é a mesma, tão pouco o desejo de
proximidade.
Existem aqueles abraços que um dia mereceram ser os
mais fortes e pouco a pouco vão sendo reduzidos, passam a ser um ato de
educação de não de amor. Isso acontece aos poucos e você só repara quando torce
para que o seu encontro com aquela pessoa não tenha a necessidade de um abraço
de cumprimento. O sentimento de falsidade no abraço, para os que o prezam, é
nojento, desgostoso, indesejado.
Infelizmente todos nós passamos por isso com
alguém. O que tenho a dizer? Fiz essa descoberta recentemente e por quem jamais
imaginei ser possível. Só posso dizer que a força dos meus abraços existirá
sempre, mas só será destinada àqueles que fazem por merecê-la a cada dia e me
abraçam da mesma forma. Aos outros, não digo nada. Deixo apenas a redução da
força no meu abraço.
"Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado. Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar.
A regra às vezes é não ter regra. E via de regra, funciona!"
Eu queria ser como a Bruna. A
Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as
características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo
real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem
fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus
sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com
um nome representativo.
Eu
queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e
trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para
aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos
não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu
tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
Eu
queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15
novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer
considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no
tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se
nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples
e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles
puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em
aniversário normais, não?
Quando
falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a
Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no
dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das
pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada
momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me
ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor
material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito
diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna,
do que todos aqueles presentes?
Caramba.
Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se
importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza,
aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes,
não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso
nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais
esperar. Vou me conformar, e pedir a
Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas
jamais se separem umas das outras.
Ah.
Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo
isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu
jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de
assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas
jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.
** Minhas sinceras desculpas a
algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário. B.S.
"Ninguém gosta de se desapegar. Desde os primeiros momentos, desde o nascimento, até ficarmos a sete palmos, nosso instinto é agarrar, segurar, nos apegar. Em um dedo, uma garrafa, um melhor amigo. Como uma corrida antiga. Às vezes nos apegamos com tudo às mesmas coisas que nos impedem de viver. Mas isso vem com um lado positivo. É como nos sentimos quando finalmente desapegamos. O truque, acho, é não achar uma maneira de burlar as dificuldades da vida, mas viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança. E procurar por coisas novas para se apegar, e quando finalmente as encontrar, as agarrar muito forte. E voltas e voltas nós damos, aguentando até o momento de dizer adeus. E goste ou não, pronto ou não, tem que aceitar a verdade universal.
A vida é uma bagunça, sempre e para todos nós. Mas um sábio disse uma vez: "Talvez confusão é o que precise", e acho que ele pode estar certo."
Não
sei o que seria pior. Com ou sem o aviso prévio. Porque tudo na vida tem que
ser rotulado, cheio de regras e nomeações dadas pelos outros? O mundo pode
estar funcionando na maior tranquilidade, mas se estiver fora dos padrões, as
coisas serão vistas com olhos de desastres históricos, como bombas nucleares
lançadas ao resto do mundo pelo Iraque. Ou quase isso. O
café está gostoso, mas não está tão quente quanto o normal? Para que reclamar?
Não está bom do mesmo jeito? O jantar está na mesa, mas a toalha que a cobre
não é mais a que costumava ser? E daí? Você vai comer a comida ou a toalha? O ônibus
chegou e só um tem lugar vazio, mas não é o de sempre. Vai ficar em pé por
isso?
As
coisas podem ser diferentes. Porque todo mundo insiste que o padrão é perfeito
e tem que ser seguido sempre? Não tem necessidade disso. Para que tanta pressão
na cabeça de nós, pobres mortais seres humanos? É difícil controlar sua cabeça
quando você se encontra num turbilhão de confusões assim. É um desafio que você
enfrenta todas as vezes que tem que tomar uma decisão contra você, mas a favor
do mundo. O que, diga-se de passagem, é indizivelmente desagradável.
Não
quero ser aquela que segue só porque o mundo flui nesse sentido. Quero ser a
que segue porque quer seguir no mesmo sentido do mundo. E sim, são coisas
totalmente diferentes. Simplesmente, quero fechar os olhos, e correr a favor do
vento tendo a chance de voltar, se eu mudar de ideia, quero insistir em comer
macarrão de colher, podendo mudar para o garfo se achar mais interessante.
Quero
ter a chance de fazer escolhas, sem olhar para o futuro com a sensação de
culpa, ou de decisão mal tomada. Quero abrir os olhos todas as manhãs não
ligando se os padrões estão ou não sendo seguidos por mim, mas com a certeza de
que tudo está bem e estou caminhando na direção correta. Quero sorrir sem
forçar, quero abraçar com vontade, quero ir contra o que o “comum” afirma, se eu
achar que é certo. Quero ser eu e escolher, única e exclusivamente, por mim.
Não
aguento mais tantas noites mal dormidas, tantas páginas escritas, tantos textos
e assuntos decorados. Não aguento mais rodar mil sites na internet, ser exigida
além dos meus limites, e no fim achar que continuo na mesma. Não aguento mais
maços e maços de papel ofício acumulados, que passam por uma simples avaliação
para alcançar uma nota qualquer que NUNCA vale o tanto do meu esforço.
Estou
cansada de olhar para a cara de seres incompetentes e irresponsáveis com
relação aos “pobres subalternos” (sim, pois é o que somos aos seus olhos), e
ver aquele olhar de desdém, de pouca importância para o que veem a frente.
Aquelas gargalhadas quando nos vem sofrendo e repetindo mentalmente: “Ainda
acho pouco, vou ridicularizar mais para piorar a situação”.
E
o que me pergunto é o que eles ganham com tudo isso. Será que custa muito ser
um professor DE VERDADE e se importar como real objetivo do seu trabalho? Será
mesmo que o mundo só funciona em função do dinheiro e pouco importa por quem
você terá que passar por cima para consegui-lo?
Será
que esse sofrimento todo que eu passo hoje, é algo que eu deva mesmo passar?
Talvez seja uma lição de vida, tudo isso. E no fim das contas eu vou saber
enfrentar qualquer um no meu caminho. Tudo que eu gostaria era não derramar
tantas lágrimas em vão, não sofrer por algo que sei que não mereço. Tudo que eu
gostaria é que se importassem com tudo que passo para tentar ser boa o
suficiente para mim mesma e para os outros.
Não
excluo os que valorizam isso, porque são muitos, graças a Deus. Mas os que
deveriam se dar conta são os que menos se importam com o que acontece por trás
dos papéis. Um dia eles chegaram molhados e se vierem reclamar lhes direi que é
culpa deles. São apenas as lágrimas que derramei enquanto você esteve dormindo
até o meio dia!
Não
peço demais. Não quero desculpas, nem tenho forças para fazer que tudo isso mude.
Sou só mais uma na leva de 2012 e haverá outros nos próximos anos. E eu só queria um abraço. Daqueles que te seguram, e
te acalmam. Daqueles que terminam com um copo de água e carinho no cabelo.
Abraços são expressões talvez mais fortes que
olhares. Se por um olhar é difícil disfarçar o que você sente por alguém, eu
diria que num abraço é mais difícil ainda. São os abraços de todos os dias que
te provam o amor que alguém sente por ti, a vontade de estar perto, de sentir
seu cheiro, a vontade de não te largar nunca mais.
Seja para os amigos ou namorados, jovens ou
adultos, crianças ou idosos. Seja numa despedida ou numa recepção, num bom dia
ou num boa noite, não importa. Um abraço é sempre um abraço com todo seu
significado e a tentativa de transmitir ao ser abraçado, todo o seu sentimento.
O problema é que nem todo o amor é recíproco e,
obviamente, nem todo abraço há de ser. O que acontece é que, geralmente,
apertamos mais forte os que mais amados são e demoramos mais tempo de largar os
que mais desejamos que estejam perto. E os que não merecem? O abraço nem
deveria existir, mas por questão de respeito e/ou educação você os abraça,
certo? Só existe uma certeza. A força não é a mesma, tão pouco o desejo de
proximidade.
Existem aqueles abraços que um dia mereceram ser os
mais fortes e pouco a pouco vão sendo reduzidos, passam a ser um ato de
educação de não de amor. Isso acontece aos poucos e você só repara quando torce
para que o seu encontro com aquela pessoa não tenha a necessidade de um abraço
de cumprimento. O sentimento de falsidade no abraço, para os que o prezam, é
nojento, desgostoso, indesejado.
Infelizmente todos nós passamos por isso com
alguém. O que tenho a dizer? Fiz essa descoberta recentemente e por quem jamais
imaginei ser possível. Só posso dizer que a força dos meus abraços existirá
sempre, mas só será destinada àqueles que fazem por merecê-la a cada dia e me
abraçam da mesma forma. Aos outros, não digo nada. Deixo apenas a redução da
força no meu abraço.
"Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado. Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar.
A regra às vezes é não ter regra. E via de regra, funciona!"
Eu queria ser como a Bruna. A
Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as
características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo
real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem
fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus
sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com
um nome representativo.
Eu
queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e
trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para
aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos
não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu
tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
Eu
queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15
novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer
considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no
tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se
nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples
e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles
puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em
aniversário normais, não?
Quando
falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a
Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no
dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das
pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada
momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me
ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor
material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito
diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna,
do que todos aqueles presentes?
Caramba.
Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se
importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza,
aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes,
não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso
nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais
esperar. Vou me conformar, e pedir a
Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas
jamais se separem umas das outras.
Ah.
Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo
isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu
jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de
assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas
jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.
** Minhas sinceras desculpas a
algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário. B.S.
"Ninguém gosta de se desapegar. Desde os primeiros momentos, desde o nascimento, até ficarmos a sete palmos, nosso instinto é agarrar, segurar, nos apegar. Em um dedo, uma garrafa, um melhor amigo. Como uma corrida antiga. Às vezes nos apegamos com tudo às mesmas coisas que nos impedem de viver. Mas isso vem com um lado positivo. É como nos sentimos quando finalmente desapegamos. O truque, acho, é não achar uma maneira de burlar as dificuldades da vida, mas viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança. E procurar por coisas novas para se apegar, e quando finalmente as encontrar, as agarrar muito forte. E voltas e voltas nós damos, aguentando até o momento de dizer adeus. E goste ou não, pronto ou não, tem que aceitar a verdade universal.
A vida é uma bagunça, sempre e para todos nós. Mas um sábio disse uma vez: "Talvez confusão é o que precise", e acho que ele pode estar certo."
Não
sei o que seria pior. Com ou sem o aviso prévio. Porque tudo na vida tem que
ser rotulado, cheio de regras e nomeações dadas pelos outros? O mundo pode
estar funcionando na maior tranquilidade, mas se estiver fora dos padrões, as
coisas serão vistas com olhos de desastres históricos, como bombas nucleares
lançadas ao resto do mundo pelo Iraque. Ou quase isso. O
café está gostoso, mas não está tão quente quanto o normal? Para que reclamar?
Não está bom do mesmo jeito? O jantar está na mesa, mas a toalha que a cobre
não é mais a que costumava ser? E daí? Você vai comer a comida ou a toalha? O ônibus
chegou e só um tem lugar vazio, mas não é o de sempre. Vai ficar em pé por
isso?
As
coisas podem ser diferentes. Porque todo mundo insiste que o padrão é perfeito
e tem que ser seguido sempre? Não tem necessidade disso. Para que tanta pressão
na cabeça de nós, pobres mortais seres humanos? É difícil controlar sua cabeça
quando você se encontra num turbilhão de confusões assim. É um desafio que você
enfrenta todas as vezes que tem que tomar uma decisão contra você, mas a favor
do mundo. O que, diga-se de passagem, é indizivelmente desagradável.
Não
quero ser aquela que segue só porque o mundo flui nesse sentido. Quero ser a
que segue porque quer seguir no mesmo sentido do mundo. E sim, são coisas
totalmente diferentes. Simplesmente, quero fechar os olhos, e correr a favor do
vento tendo a chance de voltar, se eu mudar de ideia, quero insistir em comer
macarrão de colher, podendo mudar para o garfo se achar mais interessante.
Quero
ter a chance de fazer escolhas, sem olhar para o futuro com a sensação de
culpa, ou de decisão mal tomada. Quero abrir os olhos todas as manhãs não
ligando se os padrões estão ou não sendo seguidos por mim, mas com a certeza de
que tudo está bem e estou caminhando na direção correta. Quero sorrir sem
forçar, quero abraçar com vontade, quero ir contra o que o “comum” afirma, se eu
achar que é certo. Quero ser eu e escolher, única e exclusivamente, por mim.
Não
aguento mais tantas noites mal dormidas, tantas páginas escritas, tantos textos
e assuntos decorados. Não aguento mais rodar mil sites na internet, ser exigida
além dos meus limites, e no fim achar que continuo na mesma. Não aguento mais
maços e maços de papel ofício acumulados, que passam por uma simples avaliação
para alcançar uma nota qualquer que NUNCA vale o tanto do meu esforço.
Estou
cansada de olhar para a cara de seres incompetentes e irresponsáveis com
relação aos “pobres subalternos” (sim, pois é o que somos aos seus olhos), e
ver aquele olhar de desdém, de pouca importância para o que veem a frente.
Aquelas gargalhadas quando nos vem sofrendo e repetindo mentalmente: “Ainda
acho pouco, vou ridicularizar mais para piorar a situação”.
E
o que me pergunto é o que eles ganham com tudo isso. Será que custa muito ser
um professor DE VERDADE e se importar como real objetivo do seu trabalho? Será
mesmo que o mundo só funciona em função do dinheiro e pouco importa por quem
você terá que passar por cima para consegui-lo?
Será
que esse sofrimento todo que eu passo hoje, é algo que eu deva mesmo passar?
Talvez seja uma lição de vida, tudo isso. E no fim das contas eu vou saber
enfrentar qualquer um no meu caminho. Tudo que eu gostaria era não derramar
tantas lágrimas em vão, não sofrer por algo que sei que não mereço. Tudo que eu
gostaria é que se importassem com tudo que passo para tentar ser boa o
suficiente para mim mesma e para os outros.
Não
excluo os que valorizam isso, porque são muitos, graças a Deus. Mas os que
deveriam se dar conta são os que menos se importam com o que acontece por trás
dos papéis. Um dia eles chegaram molhados e se vierem reclamar lhes direi que é
culpa deles. São apenas as lágrimas que derramei enquanto você esteve dormindo
até o meio dia!
Não
peço demais. Não quero desculpas, nem tenho forças para fazer que tudo isso mude.
Sou só mais uma na leva de 2012 e haverá outros nos próximos anos. E eu só queria um abraço. Daqueles que te seguram, e
te acalmam. Daqueles que terminam com um copo de água e carinho no cabelo.
Abraços são expressões talvez mais fortes que
olhares. Se por um olhar é difícil disfarçar o que você sente por alguém, eu
diria que num abraço é mais difícil ainda. São os abraços de todos os dias que
te provam o amor que alguém sente por ti, a vontade de estar perto, de sentir
seu cheiro, a vontade de não te largar nunca mais.
Seja para os amigos ou namorados, jovens ou
adultos, crianças ou idosos. Seja numa despedida ou numa recepção, num bom dia
ou num boa noite, não importa. Um abraço é sempre um abraço com todo seu
significado e a tentativa de transmitir ao ser abraçado, todo o seu sentimento.
O problema é que nem todo o amor é recíproco e,
obviamente, nem todo abraço há de ser. O que acontece é que, geralmente,
apertamos mais forte os que mais amados são e demoramos mais tempo de largar os
que mais desejamos que estejam perto. E os que não merecem? O abraço nem
deveria existir, mas por questão de respeito e/ou educação você os abraça,
certo? Só existe uma certeza. A força não é a mesma, tão pouco o desejo de
proximidade.
Existem aqueles abraços que um dia mereceram ser os
mais fortes e pouco a pouco vão sendo reduzidos, passam a ser um ato de
educação de não de amor. Isso acontece aos poucos e você só repara quando torce
para que o seu encontro com aquela pessoa não tenha a necessidade de um abraço
de cumprimento. O sentimento de falsidade no abraço, para os que o prezam, é
nojento, desgostoso, indesejado.
Infelizmente todos nós passamos por isso com
alguém. O que tenho a dizer? Fiz essa descoberta recentemente e por quem jamais
imaginei ser possível. Só posso dizer que a força dos meus abraços existirá
sempre, mas só será destinada àqueles que fazem por merecê-la a cada dia e me
abraçam da mesma forma. Aos outros, não digo nada. Deixo apenas a redução da
força no meu abraço.