sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Nem toda ação inesperada merece ser descartada

"Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado. Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar.

A regra às vezes é não ter regra. E via de regra, funciona!"


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

As chances se foram


    Eu queria ser como a Bruna. A Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com um nome representativo.
    Eu queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
    Eu queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15 novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em aniversário normais, não?
    Quando falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna, do que todos aqueles presentes?
    Caramba. Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza, aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes, não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais esperar.  Vou me conformar, e pedir a Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas jamais se separem umas das outras.
    Ah. Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.

                                     


** Minhas sinceras desculpas a algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário.
B.S.

domingo, 19 de agosto de 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança.


"Ninguém gosta de se desapegar. Desde os primeiros momentos, desde o nascimento, até ficarmos a sete palmos, nosso instinto é agarrar, segurar, nos apegar. Em um dedo, uma garrafa, um melhor amigo. Como uma corrida antiga. Às vezes nos apegamos com tudo às mesmas coisas que nos impedem de viver. Mas isso vem com um lado positivo. É como nos sentimos quando finalmente desapegamos. O truque, acho, é não achar uma maneira de burlar as dificuldades da vida, mas viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança. E procurar por coisas novas para se apegar, e quando finalmente as encontrar, as agarrar muito forte. E voltas e voltas nós damos, aguentando até o momento de dizer adeus. E goste ou não, pronto ou não, tem que aceitar a verdade universal.

A vida é uma bagunça, sempre e para todos nós. Mas um sábio disse uma vez: "Talvez confusão é o que precise", e acho que ele pode estar certo."

(Mary Shannon - In Plain Sight)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Bombas nucleares lançadas pelo Iraque

            Não sei o que seria pior. Com ou sem o aviso prévio. Porque tudo na vida tem que ser rotulado, cheio de regras e nomeações dadas pelos outros? O mundo pode estar funcionando na maior tranquilidade, mas se estiver fora dos padrões, as coisas serão vistas com olhos de desastres históricos, como bombas nucleares lançadas ao resto do mundo pelo Iraque. Ou quase isso. 
             O café está gostoso, mas não está tão quente quanto o normal? Para que reclamar? Não está bom do mesmo jeito? O jantar está na mesa, mas a toalha que a cobre não é mais a que costumava ser? E daí? Você vai comer a comida ou a toalha? O ônibus chegou e só um tem lugar vazio, mas não é o de sempre. Vai ficar em pé por isso?
            As coisas podem ser diferentes. Porque todo mundo insiste que o padrão é perfeito e tem que ser seguido sempre? Não tem necessidade disso. Para que tanta pressão na cabeça de nós, pobres mortais seres humanos? É difícil controlar sua cabeça quando você se encontra num turbilhão de confusões assim. É um desafio que você enfrenta todas as vezes que tem que tomar uma decisão contra você, mas a favor do mundo. O que, diga-se de passagem, é indizivelmente desagradável.
            Não quero ser aquela que segue só porque o mundo flui nesse sentido. Quero ser a que segue porque quer seguir no mesmo sentido do mundo. E sim, são coisas totalmente diferentes. Simplesmente, quero fechar os olhos, e correr a favor do vento tendo a chance de voltar, se eu mudar de ideia, quero insistir em comer macarrão de colher, podendo mudar para o garfo se achar mais interessante.
            Quero ter a chance de fazer escolhas, sem olhar para o futuro com a sensação de culpa, ou de decisão mal tomada. Quero abrir os olhos todas as manhãs não ligando se os padrões estão ou não sendo seguidos por mim, mas com a certeza de que tudo está bem e estou caminhando na direção correta. Quero sorrir sem forçar, quero abraçar com vontade, quero ir contra o que o “comum” afirma, se eu achar que é certo. Quero ser eu e escolher, única e exclusivamente, por mim. 


B.S.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

No fim do dia

E se pela manhã, eu acordar no primeiro degrau, 
Deus me ajude para que no fim do dia em tenha alcançado o último!


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um dia sonhei com uma forma de limpar o mundo

Um dia sonhei
Que a chuva forte na janela do quarto
Seria uma forma de limpar
O mundo ao meu redor
Com todas as suas malícias
E péssimas intenções.

Um dia sonhei
Que em seguida o Sol sairia
E todos seriam pessoas novas,
Almas limpas.
Sem lados obscuros.

Sonhei
Que acordaria num mundo diferente.
Olharia os mesmos rostos,
Mas demonstrariam novas emoções,
Incitariam mais confiança.
Dessa vez, de verdade.

Um dia sonhei.
E foi apenas um sonho.
No dia seguinte choveu,
E ao meu redor não eram almas novas.
O Sol apareceu,
E foram apenas raios comuns.

Um dia sonhei.
E acordei sabendo que era sonho.
Um dia,
Sonhei.


B.S.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Um copo de água e carinho no cabelo

Não aguento mais tantas noites mal dormidas, tantas páginas escritas, tantos textos e assuntos decorados. Não aguento mais rodar mil sites na internet, ser exigida além dos meus limites, e no fim achar que continuo na mesma. Não aguento mais maços e maços de papel ofício acumulados, que passam por uma simples avaliação para alcançar uma nota qualquer que NUNCA vale o tanto do meu esforço.

Estou cansada de olhar para a cara de seres incompetentes e irresponsáveis com relação aos “pobres subalternos” (sim, pois é o que somos aos seus olhos), e ver aquele olhar de desdém, de pouca importância para o que veem a frente. Aquelas gargalhadas quando nos vem sofrendo e repetindo mentalmente: “Ainda acho pouco, vou ridicularizar mais para piorar a situação”.

E o que me pergunto é o que eles ganham com tudo isso. Será que custa muito ser um professor DE VERDADE e se importar como real objetivo do seu trabalho? Será mesmo que o mundo só funciona em função do dinheiro e pouco importa por quem você terá que passar por cima para consegui-lo?

Será que esse sofrimento todo que eu passo hoje, é algo que eu deva mesmo passar? Talvez seja uma lição de vida, tudo isso. E no fim das contas eu vou saber enfrentar qualquer um no meu caminho. Tudo que eu gostaria era não derramar tantas lágrimas em vão, não sofrer por algo que sei que não mereço. Tudo que eu gostaria é que se importassem com tudo que passo para tentar ser boa o suficiente para mim mesma e para os outros.

Não excluo os que valorizam isso, porque são muitos, graças a Deus. Mas os que deveriam se dar conta são os que menos se importam com o que acontece por trás dos papéis. Um dia eles chegaram molhados e se vierem reclamar lhes direi que é culpa deles. São apenas as lágrimas que derramei enquanto você esteve dormindo até o meio dia!

Não peço demais. Não quero desculpas, nem tenho forças para fazer que tudo isso mude. Sou só mais uma na leva de 2012 e haverá outros nos próximos anos. E eu só queria um abraço. Daqueles que te seguram, e te acalmam. Daqueles que terminam com um copo de água e carinho no cabelo.


B.S.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Reduzindo a força do abraço


Abraços são expressões talvez mais fortes que olhares. Se por um olhar é difícil disfarçar o que você sente por alguém, eu diria que num abraço é mais difícil ainda. São os abraços de todos os dias que te provam o amor que alguém sente por ti, a vontade de estar perto, de sentir seu cheiro, a vontade de não te largar nunca mais.

Seja para os amigos ou namorados, jovens ou adultos, crianças ou idosos. Seja numa despedida ou numa recepção, num bom dia ou num boa noite, não importa. Um abraço é sempre um abraço com todo seu significado e a tentativa de transmitir ao ser abraçado, todo o seu sentimento.

O problema é que nem todo o amor é recíproco e, obviamente, nem todo abraço há de ser. O que acontece é que, geralmente, apertamos mais forte os que mais amados são e demoramos mais tempo de largar os que mais desejamos que estejam perto. E os que não merecem? O abraço nem deveria existir, mas por questão de respeito e/ou educação você os abraça, certo? Só existe uma certeza. A força não é a mesma, tão pouco o desejo de proximidade.

Existem aqueles abraços que um dia mereceram ser os mais fortes e pouco a pouco vão sendo reduzidos, passam a ser um ato de educação de não de amor. Isso acontece aos poucos e você só repara quando torce para que o seu encontro com aquela pessoa não tenha a necessidade de um abraço de cumprimento. O sentimento de falsidade no abraço, para os que o prezam, é nojento, desgostoso, indesejado.

Infelizmente todos nós passamos por isso com alguém. O que tenho a dizer? Fiz essa descoberta recentemente e por quem jamais imaginei ser possível. Só posso dizer que a força dos meus abraços existirá sempre, mas só será destinada àqueles que fazem por merecê-la a cada dia e me abraçam da mesma forma. Aos outros, não digo nada. Deixo apenas a redução da força no meu abraço. 

B.S.

Nem toda ação inesperada merece ser descartada

"Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado. Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar.

A regra às vezes é não ter regra. E via de regra, funciona!"


As chances se foram


    Eu queria ser como a Bruna. A Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com um nome representativo.
    Eu queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
    Eu queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15 novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em aniversário normais, não?
    Quando falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna, do que todos aqueles presentes?
    Caramba. Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza, aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes, não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais esperar.  Vou me conformar, e pedir a Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas jamais se separem umas das outras.
    Ah. Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.

                                     


** Minhas sinceras desculpas a algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário.
B.S.

Viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança.


"Ninguém gosta de se desapegar. Desde os primeiros momentos, desde o nascimento, até ficarmos a sete palmos, nosso instinto é agarrar, segurar, nos apegar. Em um dedo, uma garrafa, um melhor amigo. Como uma corrida antiga. Às vezes nos apegamos com tudo às mesmas coisas que nos impedem de viver. Mas isso vem com um lado positivo. É como nos sentimos quando finalmente desapegamos. O truque, acho, é não achar uma maneira de burlar as dificuldades da vida, mas viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança. E procurar por coisas novas para se apegar, e quando finalmente as encontrar, as agarrar muito forte. E voltas e voltas nós damos, aguentando até o momento de dizer adeus. E goste ou não, pronto ou não, tem que aceitar a verdade universal.

A vida é uma bagunça, sempre e para todos nós. Mas um sábio disse uma vez: "Talvez confusão é o que precise", e acho que ele pode estar certo."

(Mary Shannon - In Plain Sight)

Bombas nucleares lançadas pelo Iraque

            Não sei o que seria pior. Com ou sem o aviso prévio. Porque tudo na vida tem que ser rotulado, cheio de regras e nomeações dadas pelos outros? O mundo pode estar funcionando na maior tranquilidade, mas se estiver fora dos padrões, as coisas serão vistas com olhos de desastres históricos, como bombas nucleares lançadas ao resto do mundo pelo Iraque. Ou quase isso. 
             O café está gostoso, mas não está tão quente quanto o normal? Para que reclamar? Não está bom do mesmo jeito? O jantar está na mesa, mas a toalha que a cobre não é mais a que costumava ser? E daí? Você vai comer a comida ou a toalha? O ônibus chegou e só um tem lugar vazio, mas não é o de sempre. Vai ficar em pé por isso?
            As coisas podem ser diferentes. Porque todo mundo insiste que o padrão é perfeito e tem que ser seguido sempre? Não tem necessidade disso. Para que tanta pressão na cabeça de nós, pobres mortais seres humanos? É difícil controlar sua cabeça quando você se encontra num turbilhão de confusões assim. É um desafio que você enfrenta todas as vezes que tem que tomar uma decisão contra você, mas a favor do mundo. O que, diga-se de passagem, é indizivelmente desagradável.
            Não quero ser aquela que segue só porque o mundo flui nesse sentido. Quero ser a que segue porque quer seguir no mesmo sentido do mundo. E sim, são coisas totalmente diferentes. Simplesmente, quero fechar os olhos, e correr a favor do vento tendo a chance de voltar, se eu mudar de ideia, quero insistir em comer macarrão de colher, podendo mudar para o garfo se achar mais interessante.
            Quero ter a chance de fazer escolhas, sem olhar para o futuro com a sensação de culpa, ou de decisão mal tomada. Quero abrir os olhos todas as manhãs não ligando se os padrões estão ou não sendo seguidos por mim, mas com a certeza de que tudo está bem e estou caminhando na direção correta. Quero sorrir sem forçar, quero abraçar com vontade, quero ir contra o que o “comum” afirma, se eu achar que é certo. Quero ser eu e escolher, única e exclusivamente, por mim. 


B.S.

No fim do dia

E se pela manhã, eu acordar no primeiro degrau, 
Deus me ajude para que no fim do dia em tenha alcançado o último!


Um dia sonhei com uma forma de limpar o mundo

Um dia sonhei
Que a chuva forte na janela do quarto
Seria uma forma de limpar
O mundo ao meu redor
Com todas as suas malícias
E péssimas intenções.

Um dia sonhei
Que em seguida o Sol sairia
E todos seriam pessoas novas,
Almas limpas.
Sem lados obscuros.

Sonhei
Que acordaria num mundo diferente.
Olharia os mesmos rostos,
Mas demonstrariam novas emoções,
Incitariam mais confiança.
Dessa vez, de verdade.

Um dia sonhei.
E foi apenas um sonho.
No dia seguinte choveu,
E ao meu redor não eram almas novas.
O Sol apareceu,
E foram apenas raios comuns.

Um dia sonhei.
E acordei sabendo que era sonho.
Um dia,
Sonhei.


B.S.

Um copo de água e carinho no cabelo

Não aguento mais tantas noites mal dormidas, tantas páginas escritas, tantos textos e assuntos decorados. Não aguento mais rodar mil sites na internet, ser exigida além dos meus limites, e no fim achar que continuo na mesma. Não aguento mais maços e maços de papel ofício acumulados, que passam por uma simples avaliação para alcançar uma nota qualquer que NUNCA vale o tanto do meu esforço.

Estou cansada de olhar para a cara de seres incompetentes e irresponsáveis com relação aos “pobres subalternos” (sim, pois é o que somos aos seus olhos), e ver aquele olhar de desdém, de pouca importância para o que veem a frente. Aquelas gargalhadas quando nos vem sofrendo e repetindo mentalmente: “Ainda acho pouco, vou ridicularizar mais para piorar a situação”.

E o que me pergunto é o que eles ganham com tudo isso. Será que custa muito ser um professor DE VERDADE e se importar como real objetivo do seu trabalho? Será mesmo que o mundo só funciona em função do dinheiro e pouco importa por quem você terá que passar por cima para consegui-lo?

Será que esse sofrimento todo que eu passo hoje, é algo que eu deva mesmo passar? Talvez seja uma lição de vida, tudo isso. E no fim das contas eu vou saber enfrentar qualquer um no meu caminho. Tudo que eu gostaria era não derramar tantas lágrimas em vão, não sofrer por algo que sei que não mereço. Tudo que eu gostaria é que se importassem com tudo que passo para tentar ser boa o suficiente para mim mesma e para os outros.

Não excluo os que valorizam isso, porque são muitos, graças a Deus. Mas os que deveriam se dar conta são os que menos se importam com o que acontece por trás dos papéis. Um dia eles chegaram molhados e se vierem reclamar lhes direi que é culpa deles. São apenas as lágrimas que derramei enquanto você esteve dormindo até o meio dia!

Não peço demais. Não quero desculpas, nem tenho forças para fazer que tudo isso mude. Sou só mais uma na leva de 2012 e haverá outros nos próximos anos. E eu só queria um abraço. Daqueles que te seguram, e te acalmam. Daqueles que terminam com um copo de água e carinho no cabelo.


B.S.

Reduzindo a força do abraço


Abraços são expressões talvez mais fortes que olhares. Se por um olhar é difícil disfarçar o que você sente por alguém, eu diria que num abraço é mais difícil ainda. São os abraços de todos os dias que te provam o amor que alguém sente por ti, a vontade de estar perto, de sentir seu cheiro, a vontade de não te largar nunca mais.

Seja para os amigos ou namorados, jovens ou adultos, crianças ou idosos. Seja numa despedida ou numa recepção, num bom dia ou num boa noite, não importa. Um abraço é sempre um abraço com todo seu significado e a tentativa de transmitir ao ser abraçado, todo o seu sentimento.

O problema é que nem todo o amor é recíproco e, obviamente, nem todo abraço há de ser. O que acontece é que, geralmente, apertamos mais forte os que mais amados são e demoramos mais tempo de largar os que mais desejamos que estejam perto. E os que não merecem? O abraço nem deveria existir, mas por questão de respeito e/ou educação você os abraça, certo? Só existe uma certeza. A força não é a mesma, tão pouco o desejo de proximidade.

Existem aqueles abraços que um dia mereceram ser os mais fortes e pouco a pouco vão sendo reduzidos, passam a ser um ato de educação de não de amor. Isso acontece aos poucos e você só repara quando torce para que o seu encontro com aquela pessoa não tenha a necessidade de um abraço de cumprimento. O sentimento de falsidade no abraço, para os que o prezam, é nojento, desgostoso, indesejado.

Infelizmente todos nós passamos por isso com alguém. O que tenho a dizer? Fiz essa descoberta recentemente e por quem jamais imaginei ser possível. Só posso dizer que a força dos meus abraços existirá sempre, mas só será destinada àqueles que fazem por merecê-la a cada dia e me abraçam da mesma forma. Aos outros, não digo nada. Deixo apenas a redução da força no meu abraço. 

B.S.

Nem toda ação inesperada merece ser descartada

"Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado. Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar.

A regra às vezes é não ter regra. E via de regra, funciona!"


As chances se foram


    Eu queria ser como a Bruna. A Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com um nome representativo.
    Eu queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
    Eu queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15 novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em aniversário normais, não?
    Quando falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna, do que todos aqueles presentes?
    Caramba. Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza, aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes, não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais esperar.  Vou me conformar, e pedir a Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas jamais se separem umas das outras.
    Ah. Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.

                                     


** Minhas sinceras desculpas a algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário.
B.S.

Viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança.


"Ninguém gosta de se desapegar. Desde os primeiros momentos, desde o nascimento, até ficarmos a sete palmos, nosso instinto é agarrar, segurar, nos apegar. Em um dedo, uma garrafa, um melhor amigo. Como uma corrida antiga. Às vezes nos apegamos com tudo às mesmas coisas que nos impedem de viver. Mas isso vem com um lado positivo. É como nos sentimos quando finalmente desapegamos. O truque, acho, é não achar uma maneira de burlar as dificuldades da vida, mas viver com elas, pouco feliz, nessa difícil aliança. E procurar por coisas novas para se apegar, e quando finalmente as encontrar, as agarrar muito forte. E voltas e voltas nós damos, aguentando até o momento de dizer adeus. E goste ou não, pronto ou não, tem que aceitar a verdade universal.

A vida é uma bagunça, sempre e para todos nós. Mas um sábio disse uma vez: "Talvez confusão é o que precise", e acho que ele pode estar certo."

(Mary Shannon - In Plain Sight)

Bombas nucleares lançadas pelo Iraque

            Não sei o que seria pior. Com ou sem o aviso prévio. Porque tudo na vida tem que ser rotulado, cheio de regras e nomeações dadas pelos outros? O mundo pode estar funcionando na maior tranquilidade, mas se estiver fora dos padrões, as coisas serão vistas com olhos de desastres históricos, como bombas nucleares lançadas ao resto do mundo pelo Iraque. Ou quase isso. 
             O café está gostoso, mas não está tão quente quanto o normal? Para que reclamar? Não está bom do mesmo jeito? O jantar está na mesa, mas a toalha que a cobre não é mais a que costumava ser? E daí? Você vai comer a comida ou a toalha? O ônibus chegou e só um tem lugar vazio, mas não é o de sempre. Vai ficar em pé por isso?
            As coisas podem ser diferentes. Porque todo mundo insiste que o padrão é perfeito e tem que ser seguido sempre? Não tem necessidade disso. Para que tanta pressão na cabeça de nós, pobres mortais seres humanos? É difícil controlar sua cabeça quando você se encontra num turbilhão de confusões assim. É um desafio que você enfrenta todas as vezes que tem que tomar uma decisão contra você, mas a favor do mundo. O que, diga-se de passagem, é indizivelmente desagradável.
            Não quero ser aquela que segue só porque o mundo flui nesse sentido. Quero ser a que segue porque quer seguir no mesmo sentido do mundo. E sim, são coisas totalmente diferentes. Simplesmente, quero fechar os olhos, e correr a favor do vento tendo a chance de voltar, se eu mudar de ideia, quero insistir em comer macarrão de colher, podendo mudar para o garfo se achar mais interessante.
            Quero ter a chance de fazer escolhas, sem olhar para o futuro com a sensação de culpa, ou de decisão mal tomada. Quero abrir os olhos todas as manhãs não ligando se os padrões estão ou não sendo seguidos por mim, mas com a certeza de que tudo está bem e estou caminhando na direção correta. Quero sorrir sem forçar, quero abraçar com vontade, quero ir contra o que o “comum” afirma, se eu achar que é certo. Quero ser eu e escolher, única e exclusivamente, por mim. 


B.S.

No fim do dia

E se pela manhã, eu acordar no primeiro degrau, 
Deus me ajude para que no fim do dia em tenha alcançado o último!


Um dia sonhei com uma forma de limpar o mundo

Um dia sonhei
Que a chuva forte na janela do quarto
Seria uma forma de limpar
O mundo ao meu redor
Com todas as suas malícias
E péssimas intenções.

Um dia sonhei
Que em seguida o Sol sairia
E todos seriam pessoas novas,
Almas limpas.
Sem lados obscuros.

Sonhei
Que acordaria num mundo diferente.
Olharia os mesmos rostos,
Mas demonstrariam novas emoções,
Incitariam mais confiança.
Dessa vez, de verdade.

Um dia sonhei.
E foi apenas um sonho.
No dia seguinte choveu,
E ao meu redor não eram almas novas.
O Sol apareceu,
E foram apenas raios comuns.

Um dia sonhei.
E acordei sabendo que era sonho.
Um dia,
Sonhei.


B.S.

Um copo de água e carinho no cabelo

Não aguento mais tantas noites mal dormidas, tantas páginas escritas, tantos textos e assuntos decorados. Não aguento mais rodar mil sites na internet, ser exigida além dos meus limites, e no fim achar que continuo na mesma. Não aguento mais maços e maços de papel ofício acumulados, que passam por uma simples avaliação para alcançar uma nota qualquer que NUNCA vale o tanto do meu esforço.

Estou cansada de olhar para a cara de seres incompetentes e irresponsáveis com relação aos “pobres subalternos” (sim, pois é o que somos aos seus olhos), e ver aquele olhar de desdém, de pouca importância para o que veem a frente. Aquelas gargalhadas quando nos vem sofrendo e repetindo mentalmente: “Ainda acho pouco, vou ridicularizar mais para piorar a situação”.

E o que me pergunto é o que eles ganham com tudo isso. Será que custa muito ser um professor DE VERDADE e se importar como real objetivo do seu trabalho? Será mesmo que o mundo só funciona em função do dinheiro e pouco importa por quem você terá que passar por cima para consegui-lo?

Será que esse sofrimento todo que eu passo hoje, é algo que eu deva mesmo passar? Talvez seja uma lição de vida, tudo isso. E no fim das contas eu vou saber enfrentar qualquer um no meu caminho. Tudo que eu gostaria era não derramar tantas lágrimas em vão, não sofrer por algo que sei que não mereço. Tudo que eu gostaria é que se importassem com tudo que passo para tentar ser boa o suficiente para mim mesma e para os outros.

Não excluo os que valorizam isso, porque são muitos, graças a Deus. Mas os que deveriam se dar conta são os que menos se importam com o que acontece por trás dos papéis. Um dia eles chegaram molhados e se vierem reclamar lhes direi que é culpa deles. São apenas as lágrimas que derramei enquanto você esteve dormindo até o meio dia!

Não peço demais. Não quero desculpas, nem tenho forças para fazer que tudo isso mude. Sou só mais uma na leva de 2012 e haverá outros nos próximos anos. E eu só queria um abraço. Daqueles que te seguram, e te acalmam. Daqueles que terminam com um copo de água e carinho no cabelo.


B.S.

Reduzindo a força do abraço


Abraços são expressões talvez mais fortes que olhares. Se por um olhar é difícil disfarçar o que você sente por alguém, eu diria que num abraço é mais difícil ainda. São os abraços de todos os dias que te provam o amor que alguém sente por ti, a vontade de estar perto, de sentir seu cheiro, a vontade de não te largar nunca mais.

Seja para os amigos ou namorados, jovens ou adultos, crianças ou idosos. Seja numa despedida ou numa recepção, num bom dia ou num boa noite, não importa. Um abraço é sempre um abraço com todo seu significado e a tentativa de transmitir ao ser abraçado, todo o seu sentimento.

O problema é que nem todo o amor é recíproco e, obviamente, nem todo abraço há de ser. O que acontece é que, geralmente, apertamos mais forte os que mais amados são e demoramos mais tempo de largar os que mais desejamos que estejam perto. E os que não merecem? O abraço nem deveria existir, mas por questão de respeito e/ou educação você os abraça, certo? Só existe uma certeza. A força não é a mesma, tão pouco o desejo de proximidade.

Existem aqueles abraços que um dia mereceram ser os mais fortes e pouco a pouco vão sendo reduzidos, passam a ser um ato de educação de não de amor. Isso acontece aos poucos e você só repara quando torce para que o seu encontro com aquela pessoa não tenha a necessidade de um abraço de cumprimento. O sentimento de falsidade no abraço, para os que o prezam, é nojento, desgostoso, indesejado.

Infelizmente todos nós passamos por isso com alguém. O que tenho a dizer? Fiz essa descoberta recentemente e por quem jamais imaginei ser possível. Só posso dizer que a força dos meus abraços existirá sempre, mas só será destinada àqueles que fazem por merecê-la a cada dia e me abraçam da mesma forma. Aos outros, não digo nada. Deixo apenas a redução da força no meu abraço. 

B.S.

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