quinta-feira, 23 de agosto de 2012

As chances se foram


    Eu queria ser como a Bruna. A Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com um nome representativo.
    Eu queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
    Eu queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15 novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em aniversário normais, não?
    Quando falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna, do que todos aqueles presentes?
    Caramba. Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza, aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes, não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais esperar.  Vou me conformar, e pedir a Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas jamais se separem umas das outras.
    Ah. Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.

                                     


** Minhas sinceras desculpas a algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário.
B.S.

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As chances se foram


    Eu queria ser como a Bruna. A Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com um nome representativo.
    Eu queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
    Eu queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15 novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em aniversário normais, não?
    Quando falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna, do que todos aqueles presentes?
    Caramba. Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza, aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes, não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais esperar.  Vou me conformar, e pedir a Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas jamais se separem umas das outras.
    Ah. Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.

                                     


** Minhas sinceras desculpas a algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário.
B.S.

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    Eu queria ser como a Bruna. A Bruna que conheceu as amigas tão maravilhosas pessoalmente. Aquelas que tem as características de amigas virtuais, só que, por sorte, vieram no seu “mundo real”. Eu queria que minhas amigas fossem como as suas, Bruna. Que tirassem fotos loucas, que gravassem vídeos das minhas merdas, que apoiassem os meus sonhos, que não julgassem minhas escolhas, que fizessem parte de um grupo com um nome representativo.
    Eu queria que os meus amigos se empolgassem, como eu, durante os projetos e trabalhos de colégio, queria que eles vissem que temos muito pouco tempo para aproveitar o que ainda podemos ter da nossa infância. Queria que meus amigos não tivessem vergonha, que pagassem micos, que reservassem um pouquinho de seu tempo para me dar um presente como esse que você ganhou.
    Eu queria ter a idade que você tem. Sim, queria voltar no tempo, fazer 15 novamente e esperar para ver se numa segunda chance meus amigos sequer considerariam isso. Será? Talvez seja por isso que não temos como voltar no tempo... Para evitar decepções dobradas. Mas agora minhas chances acabaram. Se nas datas especiais, eles nada fizeram, porque fariam nas próximas tão simples e sem significados, não? Se nem durante uma das mais importantes festas, eles puderam me fazer uma surpresa e me provar o contrário, porque fariam em aniversário normais, não?
    Quando falo que não me importam os presentes, estou sendo sincera. Eu aposto que a Bruna entenderia do que estou falando. Se todos presentes naquele espaço, no dia 14, tivessem me dado um único presente como esse, eu hoje seria uma das pessoas mais felizes e satisfeitas no mundo. De verdade. Acho que a cada momento que uma lágrima quisesse escorrer, eu lembraria daqueles que esperam me ver sorrindo todos os dias. Mas o que importa para as pessoas é o valor material. O preço, o tamanho, as melhores embalagens. Eu devo ser mesmo muito diferente do meu mundo. Será que só eu preferiria um presente como o da Bruna, do que todos aqueles presentes?
    Caramba. Sei que sou aquela que sempre está sorrindo, saltitando, cantando e não se importando com os outros, mas é bem difícil ver que os que vocês mais valoriza, aqueles por quem você espera ser surpreendido, não te surpreendem e, às vezes, não te valorizam da mesma forma. É difícil esperar e esperar por algo e isso nunca chegar. Mas é isso, não é? As chances se foram, e agora não adianta mais esperar.  Vou me conformar, e pedir a Deus que a Bruna continue com essa sorte que eu não tive, e que essas garotas jamais se separem umas das outras.
    Ah. Não. Não conheço a Bruna, não tenho ideia nem de onde ela vive. Mas sei de tudo isso, porque suas amigas me apresentaram a ela. Me mostraram suas loucuras, seu jeito de ser, me falaram da sua importância. E, no mínimo do mínimo, depois de assistir isso, eu devo admirá-las e rezar para que esse trevo de 6 folhas jamais se despedace. Boa sorte meninas. Agarrem isso com todas as forças.

                                     


** Minhas sinceras desculpas a algumas exceções à este texto. Foi só um desabafo necessário.
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