segunda-feira, 30 de abril de 2012

Um nome

Você só saberá realmente o que amor, quando lhe perguntarem sobre ele e você não pensar em um definição, mas em um nome.

(Bob Marley)

domingo, 29 de abril de 2012

Espalhar toda a cor de sangue pelas nossas faces.


          Se um dia você for capaz de entender a quantidade de coisas que te faz sentir vergonha, possivelmente você estará percebendo a quantidade de coisas as quais você gostaria de fazer mais vezes. As bochechas vermelhas são um marco de que alguma coisa te deixa sem saber como agir, e te fazem sentir desconfortável, na maioria das vezes, sem saber por quê.
                A vergonha é a demonstração mais clara de que você gosta tanto de alguém, a ponto de mudar de cor quando este alguém chega perto, quando este alguém te abraça, ou mesmo quando lança um aceno distante. Vamos lá, isso pode não ser nada, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                Você tem um dom, e já ouviu muitos dizerem que o mundo deveria conhecê-lo, mas você também tem vergonha. Tem vergonha por saber que existem melhores, os quais vão te olhar com desprezo e tirar todas as suas esperanças. No entanto, bem lá no fundo, você gosta de mostrar aos outros que você sabe fazer algo bem. A vergonha não deveria impedir, já que tantos te dizem para deixar o mundo te conhecer, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                O seu espelho te mostra todos os dias um sorriso lindo, mas a sua insegurança diante do mundo faz com que você o esconda. Você tem vergonha de que te vejam sorrir, e por isso afasta o melhor remédio para todas as frustrações. Sorrir não deveria ser um problema, não deveria te incomodar saber que outros te observam, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                Olhe então. Quantas coisas já passaram e você deixou de aproveitar por que teve vergonha? Pode assumir. Todas elas eram/são coisas as quais você ama fazer e adoraria fazer sem se preocupar com ninguém. Quem dera pudéssemos controlar as nossas bochechas e as palavras alheias que tanto nos ferem, não? Seria maravilhoso ser capaz de ignora, não só no momento da ofensa, como por todo o sempre, mas ao virar as costas, aquela crítica ofensiva, às coisas que mais amamos, nos fazem sofrer e desacreditar de nós mesmos. Eu concordo, claramente, que nada disso deveria ser um problema. Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Até eu fui obrigada a me respeitar.

Não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

Clarice Lispector

E tudo estaria resumido ao mais sincero sentimento do mundo


                Abençoados sejam os animais que não precisam raciocinar. Abençoados sejam por não precisarem cobrar tanto de si mesmos, e ainda assim serem felizes com apenas o necessário,  capazes de amar mais do que nós, que exercitamos a mais complexa capacidade humana, que é a razão. Sejam eles abençoados por toda a festa que fazem sem mesmo ter consciência, o que os torna esplendidamente sinceros.
                Benditos sejam eles, que não precisam passar dias a fio fora de casa, calculando, escrevendo e reescrevendo, conversando, resolvendo problemas e tudo mais que os envolve. Se nós, meros humanos e, ao mesmo tempo, seres de complexidade tão incrível, tivéssemos essa capacidade de se desligar do mundo e apenas aproveitar... Ah, a vida teria outro significado.
                A pergunta que não se cala é ‘porque tanta questão em se diferenciar desses animais?’. São exemplos claros de coisas simples que os seis milhões de seres bípedes não são capazes de se unir e demonstrar juntos, nem mesmo quando estão livres das contas, dos papéis, das conversas e de todas as obrigações.
                Seria ótimo acordar livre de preocupações, e esperar apenas por alguém que lhe desse um sorriso e dissesse o quanto te ama, sem pressa, mas com todo o amor possível, levantar e dar uma volta sob o clima gostoso do Sol da manhã, esperar seu potinho de comida, ou que enchessem sua tigela de água, não por obrigação, mas por cuidado. Seria ótimo se pudéssemos fazer isso por nós mesmos, não?! E depois de anos de estudos filosóficos, insistindo em exaltar a ‘maravilhosa’ qualidade humana, deveríamos perceber que, talvez, ela seja também motivo de boa parte das dores, físicas ou psicológicas, nas quais nós mesmos nos enfiamos, sem o mínimo de necessidade.
                Seria maravilhoso. Seria simples. E tudo estaria resumido ao mais sincero sentimento do mundo, enfeitado por um pouco de dedicação: Amor.  

B.S.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A verdadeira ideia do que é ser feliz


             Um dia me disseram que amar era viver para outro alguém. Viver em função de alguém que colocaria os melhores sorrisos no seu rosto, que vai fazer suas pernas tremerem, enfim, alguém que vai se tornar seu mundo, tecnicamente, de uma hora para outra. E eu acreditei, não minto. Sonhei desde sempre com aquele príncipe clichê, de cavalo branco e roupa impecável, do sorriso com dentes brancos, dos braços fortes, capazes de me carregar por quilômetros sem se preocupar com o cansaço.
                Por um momento, achei ter encontrado o príncipe. Ele não tinha um cavalo, não era tão forte, e nem capaz de me carregar sem cansar, logo, conclui que príncipes não existem, e se existem não são a oitava maravilha do mundo. Segui. Descobri algo chamado defeitos, e criei a nova imagem de um príncipe para mim. Agora restava esperar mais um pouco. Esperei. Portas abriram e fecharam e eu continuei sentada esperando que chamasse meu nome, afinal, as portas abertas chamavam outros nomes na lista de espera, e bem ao meu lado.
                Não aconteceu. Ninguém sorriu para mim e me ouviu dizer: “É você”.  Olhei para os lados e não havia mias ninguém esperando. Naquele momento, me levantei e sai pela porta. Na rua inúmeros pés passavam, sem rumo, sustentando histórias e destinos indecifráveis. Me juntei a eles.
                De fato, nunca saberei se no momento em que sai, alguma porta abriu e gritou as letras do meu nome, eu sei. Porém, ao descobrir a inexistência do príncipe, percebi que havia algo de errado comigo. Conclui que se o problema era meu, eu deveria resolvê-lo, antes que alguém aparecesse e percebesse todos eles, o que me faria culpada por mostrar a este alguém que princesas também não existem.
                Trabalhei em mim. Aprendi a viver sozinha no meio de tantos pés, de várias cores e formatos. Criei a verdadeira ideia do que é ser feliz, e descobri por que não via mais os príncipes. A verdade é que os pés que no começo eram apenas constituintes de uma multidão, me explicaram que aos príncipes só vão existir se, antes de mais nada, eu descobrir a felicidade sem eles. Sustentar a felicidade baseada em mim.
                Assim, descobri também que os príncipes não são as criaturas perfeitas da Cinderela, Rapunzel, ou mesmo da Julieta. São aqueles que estão no meio do número incontável de pés que passam por mim todos os dias. Eles se apresentam quando se desculpam por esbarrar em você, ou mesmo segurar a porta para você entrar. Não são perfeitos, nem tem os melhores sorrisos do mundo. E logo você descobre que jamais serão a razão da sua vida, sabe porque? Porque naquele dia, você cansou de ficar na fila e descobriu que a verdadeira razão da sua vida, é você mesmo.

“A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será questão de escolha e não de necessidade.” 

B.S.

Um arremesso de ideias que poderiam mudar o mundo


                Para algumas pessoas nesse mundo infinito é um pouco difícil entender que existem limites entre o ser, o falar e o pensar. Assim como também parece ser complicado notar que cada um dos três magoa de uma forma, destrói não só os sentimentos, como o estímulo, a vontade, o desejo de conquistar.
                Será que é mesmo complicado de entender que alguns limites distinguem algumas pessoas das outras? Às vezes é bom analisar que o mundo não funciona como a gente quer, e que dependemos dos outros para seguir em frente. Você não vai perder nada se falar de uma forma mais delicada, tentar ajudar, e elogiar os pontos bons. Aliás, muito pelo contrário, você vai estimular alguém a seguir em frente, de cabeça erguida, e pronto para encarar todos os desafios que aparecerem.
                E tem sensação melhor que essa? Fazer alguém se sentir confiante para seguir em frente na vida? Mas, não é assim que o mundo gira, e não é assim que os cérebros cheios de vento giram também. Parece que não é uma brisa que passa por suas cabeças, o que poderia ser razoável para quem nem se importa com ela, mas sim um furacão que passa e leva tudo por perto, sem dar a mínima.
                No fim das contas isso é frustrante, é desapontador. Discursos são redigidos em toda a parte e 80% deles vão-se embora assim que o papel em que estavam escritos é arremessado no lixo na forma de uma bolinha de papel, e ainda fazendo graça como se acertasse uma cesta de basquete. O problema é que não é só uma cesta, mas sim um arremesso de ideias que poderiam mudar o mundo, ou ajudar a ensinar como fazê-lo.
                Eu, sinceramente, cansei. Cansei de tentar mostrar trabalho para ser ignorada, cansei de dizer que gosto do que não gosto, só porque sei que no fundo no fundo eu deveria mesmo gostar, cansei de olhar nos olhos e dizer que não estou chateada, para, no dia seguinte, ouvir dessas pessoas que não me querem por perto e que não se importam com o que eu penso. Cansei de sorrir, de chorar, de gritar sem ninguém para ouvir, cansei de ser fofa com quem não merece, cansei de ser a boazinha. Cansei de obedecer às ordens para me calar, cansei de olhar para os outros, e concordar mesmo tendo certeza de que estão errados.
                O mundo é enorme. E não pode ser só isso que ele tenha a me mostrar. Continuar parada, balançando a cabeça para me tornar mais um operário repreendido quando deve ser elogiado, não vai me levar às outras surpresas que podem surgir. Tudo que eu preciso é calma, coragem, segurança, e cabeça erguida. E isso, eu posso afirmar, daqui para frente terei até o fim.


B.S. 

E sou a fã mais feliz do mundo

"Eu nunca fui a um camarim, e muito menos subi em um trio seu, e sou a fã mais feliz do mundo, por simplesmente VOCÊ existir!"



Não adianta esperar

“Se não foi ontem, pode ser hoje. Se não for hoje, pode ser amanhã. Se não for amanhã, pode ser outro dia. Se não foi outro dia, não era pra ser. Amor não se cobra, não se anota na agenda de afazeres, não se implora. Amor se for pra ser simplesmente será, e chegará assim sem avisar. Não adianta esperar.”

sábado, 21 de abril de 2012

Sensação indescritível e, aparentemente, irracional.


                De repente, mesmo quando o mundo está, aos poucos, desabando ao seu redor, você sente aquela vontade incompreensível de rir, gargalhar alto, sem nenhuma razão exata. Você continua cheio de problemas para resolver, as dores no corpo (marcas de mais um dia de luta pelo futuro) permanecem, o cansaço bate e as suas pernas apenas te arrastam para qualquer canto, mas ainda assim você não consegue deixar a vontade de gargalhar de lado.
                E é sensacional. As pessoas por perto aparecem tristes, cabisbaixas, com vontade de chorar, e tudo que você consegue pensar é em como fazê-las melhor, como distribuir um pouco dessa sua vontade tremenda de sorrir, para fazê-las sorrir também e te acompanhar nessa sensação indescritível e, aparentemente, irracional.
                Depois de Pollyana, quando me sinto assim, vejo um pouco de orgulho brotando por mim mesma. O jogo do contente parece estar funcionando por mais um dia, mais uma vez na minha vida. Aquele velho jogo de agradecer pelo que tem, sabendo que tudo poderia ser muito pior. Gostaria de espalhá-lo pelo mundo, assim como Pollyana, e fazer crianças sorrirem, adultos lembrarem-se de como a vida vale a pena além das obrigações, fazer as famílias se amarem verdadeiramente como deveria ser.
                Não sei. Só gostaria de ver a Terra não em forma oval, mas no formato curvado, brilhantemente deslumbrante, como quando aquele alguém que você tanto quer por perto está sorrindo. Aquele formato, aquele som, aquele olhar de alegria que, a cada momento, você deseja colocar no rosto ser humano que cruza o seu caminho.

B.S. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

No exato momento em que o despertador tocar

      Quando deitamos na cama, e agradecemos por mais um dia, e por podermos finalmente descansar, não imaginamos que o subconsciente pode entrar em ação e nos fazer viver as situações mais incríveis possíveis. Sonhos podem surgir de alguma preocupação, de algum desejo, porque você pensou em alguém antes de dormir, enfim... O mais importante mesmo, é que na verdade eles sempre querem dizer alguma coisa.
      Sabe a sensação de acordar incrivelmente feliz, sem sequer imaginar um motivo? Pois é. Você sonhou com algo que te deixou sorridente pelo resto do dia. Bem que esses momentos poderiam ser realidade, e o mundo poderia virar um parque de diversões, com príncipes encantados, seus ídolos poderiam ser seus amigos próximos, você seria parte de tudo aquilo que sempre desejou.
      É bom sonhar. Nos faz ter experiências as quais sabemos que são impossíveis, e o melhor de tudo é que parecem tão reais como se realmente fossem. Viajar o mundo, investigar um assassinato com os personagens que você mais gosta, casar e ter filhos, exercer uma profissão, ser o artista com os melhores fãs do país, enfim, acreditar que você vive numa bolha.
      Mas aí, você começa a ser cutucado por alguém, ou alguém grita seu nome, se esbarra em você, e você é capaz de notar que aquele mundo está prestes a se esvair num ‘abrir’ de olhos, no exato momento em que o despertador tocar. Então, levante, sorria sem saber os motivos, e siga em frente, lembrando que no seu sonho, você foi o super-herói mais importante de alguém, ou até para você mesmo.


B.S

terça-feira, 17 de abril de 2012

Certas horas

"Há certas horas, em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e etc e tal. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer."

domingo, 15 de abril de 2012

Sonhadora demais?

     "Quero alguém que me entenda. E que goste de mim assim. Quero alguém que olhe dentro dos meus olhos e sorria. Quero que ele me diga coisas que eu nunca ouvi de ninguém antes.. Quero rir junto dele, quero rir dele, das palhaçadas, das besteiras, de amor. Quero amar como nunca amei antes. Quero ser amada. Sinto falta disso. Mas eu não sou aquele tipo que os meninos procuram. Eu sou do tipo que eles ignoram. Será que idealizo demais? Talvez sim. Mas quem foi que disse que nada é impossível pra quem acredita? E vou continuar acreditando que um dia vou olhar pra ele e saber que o encontrei. Onde será que você está agora? Será que pensa nisso também? Será que você me procura? Eu te procuro. Enfim, são só algumas perguntas que espero obter uma resposta. Aliás, "Você sonha demais" é o que sempre ganho como resposta."

-- Larissa Tavares

Até que os maiores geradores de sorrisos desistam de mudar o mundo.


            É incrível pensar como as músicas hoje em dia são mais do que apenas letras combinadas com boas sequências de acordes e vozes. É incrível ver milhões de pessoas enlouquecendo com elas, se apaixonando com elas, rindo com elas. Incrível como desde a sua criação elas ainda continuam sendo o calmante de muita gente.
            O mundo está caindo ao seu redor, e um pequeno aparelhinho, quando colocado no ouvido, te faz esquecer tudo. Os problemas se vão e, naqueles três ou quatro minutos de calma, você é o personagem principal da música, vivendo uma grande história de amor, amizade ou até mesmo a maior aventura da sua vida.
            Os verdadeiros amigos sentem uma lágrima escorrer quando ouve aquela música que marcou um momento, uma descoberta, uma mudança nos seus caminhos juntos. Os casais, maiores personagens da história da música mundial, inspiram milhares de bandas e cantores com suas histórias e com sua vida alheia a todos os outros ao redor, como se uma bolha estivesse ao seu redor. E mais uma vez, as músicas marcam, relembram, criam novos momentos, e são levadas eternamente. Os fãs ouvem as músicas por que se sentem bem ouvindo aquela voz, aqueles acordes, simplesmente sabendo que não existem drogas ou álcool que possa lhes fazer sentir melhor, senão aquela música.
            Em todos os casos, no fim das contas, a música representa o amor. De irmãos, de amigos, de familiares, entre ídolos e fãs, em todos eles existe um sentimento mais forte que as distâncias e os obstáculos que o mundo oferece. E até que se prove ao contrário, o mundo irá sorrir e chorar até que seja criada a última música. Até que o mundo não seja extinto pelo poder de um fone de ouvido, até que o coração pare de bater ao ouvir o ritmo da palavra amor, até que boas história não sejam mais contadas por alguém que se importa que a vida não pare. Por fim, a música terá seu papel excepcional até que os maiores geradores de sorrisos desistam de mudar o mundo.
            


B.S.

Quando ninguém está nos vendo

“Bonitas mesmo somos quando ninguém está nos vendo. Atirada no sofá, com uma calça de ficar em casa, uma blusa faltando um botão, as pernas enroscadas uma na outra, o cabelo caindo de qualquer jeito pelo ombro, nenhuma preocupação se o batom resistiu ou não à longa passagem do dia. Um livro nas mãos, o olhar perdido dentro de tantas palavras, um ar de descoberta no rosto. Linda.”

— Martha Medeiros.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

No fim das contas, tudo se resume ao medo.

  Quanto mais peças a vida nos prega, mais ela nos faz perceber o quanto é difícil viver. Devemos acordar, e agradecer por mais um dia, não por que convém, mas por que tivemos força e capacidade de passar mais 24 horas lutando contra tudo e todos ao nosso redor. Contra todos os empecilhos que colocam, ou que nós mesmos colocamos, nos nossos caminhos.

  Eu me pergunto quantas vezes eu já quis pular e gritar de alegria e não pude, por temer o julgamento dos outros, já quis abraçar e beija alguém, mas fui impedida por medo de sua reação. Quantas vezes, escrevi páginas e páginas, e rasguei tudo no final? Quantas vezes não engoli o que tinha para dizer? É disso que estou falando... No fim das contas, tudo se resume ao medo.

  Não que ele não seja bom. Ele é. Porém, a questão é que tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. Todas as coisas podem ser boas e ruins ao mesmo tempo, quentes e frias, dia e noite, inclusive nós, seres humanos que achamos que somos imbatíveis e somos as criaturas mais evoluídas na face da Terra. Somos todos uma pista de mão dupla, com o transito desordenado, cheios de engarrafamentos, tragédias e acidentes, que às vezes flui, mas às vezes para e demora a funcionar normalmente mais uma vez.

  Somos perguntas sem respostas, constantemente. Podemos ser a espécie mais evoluída com base nas capacidades físicas, mas não somos ABSOLUTAMENTE nada se avaliarmos nossa capacidade psicológica. É assim que todos deveriam pensar, sabe por que? Se pensássemos assim, não estaríamos hoje cheios de medo, culpa, e deixando o mundo numa posição estática sem mudanças e verdadeiras evoluções. 

B.S.

Algum problema com isso?


                Em 99,9% das hipóteses confirma-se que a ficção nos faz sentir melhor. As novelas, as séries, os filmes... São eles os culpados por sermos tão iludidos com o mundo, com as pessoas ao nosso redor, com os amores que esperamos viver. Sonhamos com o corpo perfeito, com o amante perfeito, com os amigos perfeitos, até mesmo com as lágrimas perfeitas, aquelas que são derramadas sabendo que haverá um final feliz.
                No entanto, é o que tenho discutido com algumas pessoas ultimamente: Corremos para a ficção, para procurar o que não realizamos na vida real. Para sonhar além, realizar os sonhos com base em pessoas que simplesmente não existem. E sabe do que? Ficamos bem com isso. Todos nós, sem exceção. Desde as novelas aos desenhos animados, sabemos que cada momento perdido na frente da TV, nos faz internalizar mais desejos impossíveis, cheios de figurinhas colantes daquelas as quais nunca encontramos na embalagem que escolhemos para comprar.
                O pior de tudo, é que a cada dia que passa, percebemos a verdade por trás de tudo isso, e somos cada vez mais pisoteados por doses exageradas de realidade que as pessoas insistem em nos dar. Por que? Eu me pergunto... Para que doses exageradas, se a vida já não é tão fácil? A ficção nos mostra o mundo tão perfeito quanto sabemos que não é, todavia não é por isso que devemos nos privar de acreditar em algumas doses de fantasia, devemos? Mas, como por trás de tudo há um contraponto, nem todos concordam com isso.
                As crianças crescem com o sonho de serem super heróis. E são felizes aqueles os quais os pais deixam acreditar, e incentivam a sua imaginação. Os adolescentes sonham em serem jogadores de futebol, famosos, ou apenas conhecer um ídolo. É aí que surge o problema. Seus pais já não são mais os mesmos de quando eles queriam ser super heróis ou princesas. O tempo também não é o mesmo. E é exatamente por isso que os adultos destroem seus maiores sonhos na adolescência. Por falta de estímulo... Por que uma palavra, certo dia, destruiu um coração que, no fundo no fundo, acreditava que a ficção pudesse surgir diante da gigantesca crueldade.
                Não quero ser assim. Não quero deixar de sonhar por que um dia ouvi um “não”, desejando com todas as minhas forças e esperanças, que viesse um sim. Não me tornarei um adulto ranzinza, tomando frascos com dosagens exageradas de realidade. Estou bem assim, vivendo de ficção e fantasia e sorrindo todos os dias. Algum problema com isso?

B.S. 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Você acha que Deus colocaria um desejo impossível no seu coração?

O primeiro passo é o mais difícil. Pelo menos, é o que dizem sobre todas as coisas. Sair da inércia e iniciar o movimento, como diriam na física, isolar em função de x, como nos explicam na matemática, balancear a equação, na química, e todo o resto. O primeiro passo é sempre o que dá mais nervoso, o que estressa, o que te faz pensar em desistir, afinal depois dele você só precisa continuar.

É como observar um bebê aprendendo a andar. Você passa meses estimulando-o e ajudando-o, como se esta fosse a tarefa mais árdua a se realizar, no entanto, quando o objetivo é finalmente alcançado, tudo parece sumir. Todo o seu esforço se vai, quando você percebe que algo, antes tão difícil, se tornou tão simples.

Pois é exatamente isso que acontece em todas as situações que passamos na vida. Já ouviu falar que para tudo tem uma primeira vez? Então, o que seria da prática e do conforto, se alguma vez aquela situação não nos tivesse feito tremer da cabeça aos pés?

Você acha que já passou por todas as ‘primeiras vezes’ possíveis, quando de repente é obrigado a lidar com uma situação inédita. Se apaixonar e pensar em se declarar... Todos já passaram por isso, e se não passaram ainda vão passar. E essa é a pior de todas, porém, se até nela o nervosismo passa depois das famosas três palavras, por que não arriscar em todas as outras? Falar a verdade, se aproximar, investir no que deseja, sonhar mais alto do que pode.

Nenhum objetivo é impossível se você realmente quiser alcançá-lo. Se é isso que pensa, então analise: Você acha que Deus colocaria um desejo impossível no seu coração? Os primeiros passos são apenas a prova de que é preciso correr atrás e, acredite, se você tem força para dar o primeiro, terá força em todos os outros.


B.S.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Não procure. Encontre.

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”

Mário Quintana.

domingo, 8 de abril de 2012

É horrível

É horrível, sabe? É horrível sentir falta das nossas conversas, das tuas palhaçadas, do teu jeito idiota, das palavras que eu imaginei serem reais da tua parte. É horrível ter me apegado tanto, tanto a você e ter que me desprender de uma hora para outra. É horrível fingir estar bem para tu não perceber o quanto tuas atitudes me afetaram. É horrível deitar a cabeça no travesseiro e não conseguir desviar os pensamentos do tempo em que eu era feliz do teu lado. É horrível tentar te esquecer às pressas numa tentativa desesperada de mostrar para todos que não me importo mais com você. Eu sinto falta do que nós éramos todos os dias, mas passa. Vou me acostumar a ficar sem você.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Garantia estendida

Vocês são vários. Vocês surgem a todo momento, e nos fazem conhecer todo tipo de sentimento. Mas um de vocês vem, para nunca mais sair, pelo menos dentro do peito. Esse alguém entra, remexe, espalha e machuca tudo que está dentro ou próximo ao seu coração. Meus olhos embaçam, minhas mãos tremem, meu coração para de bater.

E então o alguém se vai. Talvez por que você quis, ou talvez por que ele mesmo quis. Às vezes até por conta das circunstâncias criadas pelo destino. É aqui que eu me nego a acreditar que não posso te deixar. Sabe que deve, que precisa, mas sabe que não posso. Dizem que todo amor de verdade tem seu começo, seu meio e seu fim, e talvez o seu esteja apenas na fase intermediária. No meio. No momento em que nada são flores mais... Nem o talo que as segurava, cheio de espinhos, existe mais.

Mais um chega. Não destrói, nem mexe, nem brinca nem leva a sério, e o seu coração fica lá. Apenas estagnado. “Não se torne uma pessoa fria”, é o que aquele primeiro alguém diz. Em péssima hora, aliás, afinal, ele acabou de levar o seu sangue, os seus motivos para amar, e toda a magia que algum dia você acreditou existir na palavra “amor”.

Você reconhece que, provavelmente, ninguém no mundo te fará sentir nas nuvens novamente, e isto te impede de arriscar. Isso te leva ao pior caminho que alguém pode seguir na vida: Deixar de ser feliz, com medo de ser infeliz. No fundo no fundo, tudo que você quer é passar para a fase seguinte: o fim. Entender que tudo não passou de um sonho que culminou como um pesadelo, e que isso não pode determinar quem você é, mas sim te ajude a saber quem realmente você quer ser, e com quem realmente deseja estar.

Sorria, a vida é uma caixinha de surpresas, e a que você mais espera com certeza não vem num saquinho, nem é de chocolate. Não vem no cavalo branco, nem vai salvar sua vida com um beijo. Apenas será cheia de defeitos e problemas de fábrica, fora de garantia, te fazendo acreditar que ela pode ser estendida até o resto dos seus dias, enquanto outros foram adquiridos, antes, muito perto do fim do prazo.


B.S.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

The worst part about online friends:

'When they’re in crisis, you can’t go and see them in person. You can’t let them spend the night at your house. You can’t cook them dinner. You can’t go with them to a job interview. You can’t take them out for coffee. You can’t hold their hand or hug them.
*You can’t let them use your shower. You can’t be a physical contrast to the abusive people in their physical lives.'



Um nome

Você só saberá realmente o que amor, quando lhe perguntarem sobre ele e você não pensar em um definição, mas em um nome.

(Bob Marley)

Espalhar toda a cor de sangue pelas nossas faces.


          Se um dia você for capaz de entender a quantidade de coisas que te faz sentir vergonha, possivelmente você estará percebendo a quantidade de coisas as quais você gostaria de fazer mais vezes. As bochechas vermelhas são um marco de que alguma coisa te deixa sem saber como agir, e te fazem sentir desconfortável, na maioria das vezes, sem saber por quê.
                A vergonha é a demonstração mais clara de que você gosta tanto de alguém, a ponto de mudar de cor quando este alguém chega perto, quando este alguém te abraça, ou mesmo quando lança um aceno distante. Vamos lá, isso pode não ser nada, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                Você tem um dom, e já ouviu muitos dizerem que o mundo deveria conhecê-lo, mas você também tem vergonha. Tem vergonha por saber que existem melhores, os quais vão te olhar com desprezo e tirar todas as suas esperanças. No entanto, bem lá no fundo, você gosta de mostrar aos outros que você sabe fazer algo bem. A vergonha não deveria impedir, já que tantos te dizem para deixar o mundo te conhecer, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                O seu espelho te mostra todos os dias um sorriso lindo, mas a sua insegurança diante do mundo faz com que você o esconda. Você tem vergonha de que te vejam sorrir, e por isso afasta o melhor remédio para todas as frustrações. Sorrir não deveria ser um problema, não deveria te incomodar saber que outros te observam, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                Olhe então. Quantas coisas já passaram e você deixou de aproveitar por que teve vergonha? Pode assumir. Todas elas eram/são coisas as quais você ama fazer e adoraria fazer sem se preocupar com ninguém. Quem dera pudéssemos controlar as nossas bochechas e as palavras alheias que tanto nos ferem, não? Seria maravilhoso ser capaz de ignora, não só no momento da ofensa, como por todo o sempre, mas ao virar as costas, aquela crítica ofensiva, às coisas que mais amamos, nos fazem sofrer e desacreditar de nós mesmos. Eu concordo, claramente, que nada disso deveria ser um problema. Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.

Até eu fui obrigada a me respeitar.

Não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

Clarice Lispector

E tudo estaria resumido ao mais sincero sentimento do mundo


                Abençoados sejam os animais que não precisam raciocinar. Abençoados sejam por não precisarem cobrar tanto de si mesmos, e ainda assim serem felizes com apenas o necessário,  capazes de amar mais do que nós, que exercitamos a mais complexa capacidade humana, que é a razão. Sejam eles abençoados por toda a festa que fazem sem mesmo ter consciência, o que os torna esplendidamente sinceros.
                Benditos sejam eles, que não precisam passar dias a fio fora de casa, calculando, escrevendo e reescrevendo, conversando, resolvendo problemas e tudo mais que os envolve. Se nós, meros humanos e, ao mesmo tempo, seres de complexidade tão incrível, tivéssemos essa capacidade de se desligar do mundo e apenas aproveitar... Ah, a vida teria outro significado.
                A pergunta que não se cala é ‘porque tanta questão em se diferenciar desses animais?’. São exemplos claros de coisas simples que os seis milhões de seres bípedes não são capazes de se unir e demonstrar juntos, nem mesmo quando estão livres das contas, dos papéis, das conversas e de todas as obrigações.
                Seria ótimo acordar livre de preocupações, e esperar apenas por alguém que lhe desse um sorriso e dissesse o quanto te ama, sem pressa, mas com todo o amor possível, levantar e dar uma volta sob o clima gostoso do Sol da manhã, esperar seu potinho de comida, ou que enchessem sua tigela de água, não por obrigação, mas por cuidado. Seria ótimo se pudéssemos fazer isso por nós mesmos, não?! E depois de anos de estudos filosóficos, insistindo em exaltar a ‘maravilhosa’ qualidade humana, deveríamos perceber que, talvez, ela seja também motivo de boa parte das dores, físicas ou psicológicas, nas quais nós mesmos nos enfiamos, sem o mínimo de necessidade.
                Seria maravilhoso. Seria simples. E tudo estaria resumido ao mais sincero sentimento do mundo, enfeitado por um pouco de dedicação: Amor.  

B.S.

A verdadeira ideia do que é ser feliz


             Um dia me disseram que amar era viver para outro alguém. Viver em função de alguém que colocaria os melhores sorrisos no seu rosto, que vai fazer suas pernas tremerem, enfim, alguém que vai se tornar seu mundo, tecnicamente, de uma hora para outra. E eu acreditei, não minto. Sonhei desde sempre com aquele príncipe clichê, de cavalo branco e roupa impecável, do sorriso com dentes brancos, dos braços fortes, capazes de me carregar por quilômetros sem se preocupar com o cansaço.
                Por um momento, achei ter encontrado o príncipe. Ele não tinha um cavalo, não era tão forte, e nem capaz de me carregar sem cansar, logo, conclui que príncipes não existem, e se existem não são a oitava maravilha do mundo. Segui. Descobri algo chamado defeitos, e criei a nova imagem de um príncipe para mim. Agora restava esperar mais um pouco. Esperei. Portas abriram e fecharam e eu continuei sentada esperando que chamasse meu nome, afinal, as portas abertas chamavam outros nomes na lista de espera, e bem ao meu lado.
                Não aconteceu. Ninguém sorriu para mim e me ouviu dizer: “É você”.  Olhei para os lados e não havia mias ninguém esperando. Naquele momento, me levantei e sai pela porta. Na rua inúmeros pés passavam, sem rumo, sustentando histórias e destinos indecifráveis. Me juntei a eles.
                De fato, nunca saberei se no momento em que sai, alguma porta abriu e gritou as letras do meu nome, eu sei. Porém, ao descobrir a inexistência do príncipe, percebi que havia algo de errado comigo. Conclui que se o problema era meu, eu deveria resolvê-lo, antes que alguém aparecesse e percebesse todos eles, o que me faria culpada por mostrar a este alguém que princesas também não existem.
                Trabalhei em mim. Aprendi a viver sozinha no meio de tantos pés, de várias cores e formatos. Criei a verdadeira ideia do que é ser feliz, e descobri por que não via mais os príncipes. A verdade é que os pés que no começo eram apenas constituintes de uma multidão, me explicaram que aos príncipes só vão existir se, antes de mais nada, eu descobrir a felicidade sem eles. Sustentar a felicidade baseada em mim.
                Assim, descobri também que os príncipes não são as criaturas perfeitas da Cinderela, Rapunzel, ou mesmo da Julieta. São aqueles que estão no meio do número incontável de pés que passam por mim todos os dias. Eles se apresentam quando se desculpam por esbarrar em você, ou mesmo segurar a porta para você entrar. Não são perfeitos, nem tem os melhores sorrisos do mundo. E logo você descobre que jamais serão a razão da sua vida, sabe porque? Porque naquele dia, você cansou de ficar na fila e descobriu que a verdadeira razão da sua vida, é você mesmo.

“A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será questão de escolha e não de necessidade.” 

B.S.

Um arremesso de ideias que poderiam mudar o mundo


                Para algumas pessoas nesse mundo infinito é um pouco difícil entender que existem limites entre o ser, o falar e o pensar. Assim como também parece ser complicado notar que cada um dos três magoa de uma forma, destrói não só os sentimentos, como o estímulo, a vontade, o desejo de conquistar.
                Será que é mesmo complicado de entender que alguns limites distinguem algumas pessoas das outras? Às vezes é bom analisar que o mundo não funciona como a gente quer, e que dependemos dos outros para seguir em frente. Você não vai perder nada se falar de uma forma mais delicada, tentar ajudar, e elogiar os pontos bons. Aliás, muito pelo contrário, você vai estimular alguém a seguir em frente, de cabeça erguida, e pronto para encarar todos os desafios que aparecerem.
                E tem sensação melhor que essa? Fazer alguém se sentir confiante para seguir em frente na vida? Mas, não é assim que o mundo gira, e não é assim que os cérebros cheios de vento giram também. Parece que não é uma brisa que passa por suas cabeças, o que poderia ser razoável para quem nem se importa com ela, mas sim um furacão que passa e leva tudo por perto, sem dar a mínima.
                No fim das contas isso é frustrante, é desapontador. Discursos são redigidos em toda a parte e 80% deles vão-se embora assim que o papel em que estavam escritos é arremessado no lixo na forma de uma bolinha de papel, e ainda fazendo graça como se acertasse uma cesta de basquete. O problema é que não é só uma cesta, mas sim um arremesso de ideias que poderiam mudar o mundo, ou ajudar a ensinar como fazê-lo.
                Eu, sinceramente, cansei. Cansei de tentar mostrar trabalho para ser ignorada, cansei de dizer que gosto do que não gosto, só porque sei que no fundo no fundo eu deveria mesmo gostar, cansei de olhar nos olhos e dizer que não estou chateada, para, no dia seguinte, ouvir dessas pessoas que não me querem por perto e que não se importam com o que eu penso. Cansei de sorrir, de chorar, de gritar sem ninguém para ouvir, cansei de ser fofa com quem não merece, cansei de ser a boazinha. Cansei de obedecer às ordens para me calar, cansei de olhar para os outros, e concordar mesmo tendo certeza de que estão errados.
                O mundo é enorme. E não pode ser só isso que ele tenha a me mostrar. Continuar parada, balançando a cabeça para me tornar mais um operário repreendido quando deve ser elogiado, não vai me levar às outras surpresas que podem surgir. Tudo que eu preciso é calma, coragem, segurança, e cabeça erguida. E isso, eu posso afirmar, daqui para frente terei até o fim.


B.S. 

E sou a fã mais feliz do mundo

"Eu nunca fui a um camarim, e muito menos subi em um trio seu, e sou a fã mais feliz do mundo, por simplesmente VOCÊ existir!"



Não adianta esperar

“Se não foi ontem, pode ser hoje. Se não for hoje, pode ser amanhã. Se não for amanhã, pode ser outro dia. Se não foi outro dia, não era pra ser. Amor não se cobra, não se anota na agenda de afazeres, não se implora. Amor se for pra ser simplesmente será, e chegará assim sem avisar. Não adianta esperar.”

Sensação indescritível e, aparentemente, irracional.


                De repente, mesmo quando o mundo está, aos poucos, desabando ao seu redor, você sente aquela vontade incompreensível de rir, gargalhar alto, sem nenhuma razão exata. Você continua cheio de problemas para resolver, as dores no corpo (marcas de mais um dia de luta pelo futuro) permanecem, o cansaço bate e as suas pernas apenas te arrastam para qualquer canto, mas ainda assim você não consegue deixar a vontade de gargalhar de lado.
                E é sensacional. As pessoas por perto aparecem tristes, cabisbaixas, com vontade de chorar, e tudo que você consegue pensar é em como fazê-las melhor, como distribuir um pouco dessa sua vontade tremenda de sorrir, para fazê-las sorrir também e te acompanhar nessa sensação indescritível e, aparentemente, irracional.
                Depois de Pollyana, quando me sinto assim, vejo um pouco de orgulho brotando por mim mesma. O jogo do contente parece estar funcionando por mais um dia, mais uma vez na minha vida. Aquele velho jogo de agradecer pelo que tem, sabendo que tudo poderia ser muito pior. Gostaria de espalhá-lo pelo mundo, assim como Pollyana, e fazer crianças sorrirem, adultos lembrarem-se de como a vida vale a pena além das obrigações, fazer as famílias se amarem verdadeiramente como deveria ser.
                Não sei. Só gostaria de ver a Terra não em forma oval, mas no formato curvado, brilhantemente deslumbrante, como quando aquele alguém que você tanto quer por perto está sorrindo. Aquele formato, aquele som, aquele olhar de alegria que, a cada momento, você deseja colocar no rosto ser humano que cruza o seu caminho.

B.S. 

No exato momento em que o despertador tocar

      Quando deitamos na cama, e agradecemos por mais um dia, e por podermos finalmente descansar, não imaginamos que o subconsciente pode entrar em ação e nos fazer viver as situações mais incríveis possíveis. Sonhos podem surgir de alguma preocupação, de algum desejo, porque você pensou em alguém antes de dormir, enfim... O mais importante mesmo, é que na verdade eles sempre querem dizer alguma coisa.
      Sabe a sensação de acordar incrivelmente feliz, sem sequer imaginar um motivo? Pois é. Você sonhou com algo que te deixou sorridente pelo resto do dia. Bem que esses momentos poderiam ser realidade, e o mundo poderia virar um parque de diversões, com príncipes encantados, seus ídolos poderiam ser seus amigos próximos, você seria parte de tudo aquilo que sempre desejou.
      É bom sonhar. Nos faz ter experiências as quais sabemos que são impossíveis, e o melhor de tudo é que parecem tão reais como se realmente fossem. Viajar o mundo, investigar um assassinato com os personagens que você mais gosta, casar e ter filhos, exercer uma profissão, ser o artista com os melhores fãs do país, enfim, acreditar que você vive numa bolha.
      Mas aí, você começa a ser cutucado por alguém, ou alguém grita seu nome, se esbarra em você, e você é capaz de notar que aquele mundo está prestes a se esvair num ‘abrir’ de olhos, no exato momento em que o despertador tocar. Então, levante, sorria sem saber os motivos, e siga em frente, lembrando que no seu sonho, você foi o super-herói mais importante de alguém, ou até para você mesmo.


B.S

Certas horas

"Há certas horas, em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e etc e tal. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer."

Sonhadora demais?

     "Quero alguém que me entenda. E que goste de mim assim. Quero alguém que olhe dentro dos meus olhos e sorria. Quero que ele me diga coisas que eu nunca ouvi de ninguém antes.. Quero rir junto dele, quero rir dele, das palhaçadas, das besteiras, de amor. Quero amar como nunca amei antes. Quero ser amada. Sinto falta disso. Mas eu não sou aquele tipo que os meninos procuram. Eu sou do tipo que eles ignoram. Será que idealizo demais? Talvez sim. Mas quem foi que disse que nada é impossível pra quem acredita? E vou continuar acreditando que um dia vou olhar pra ele e saber que o encontrei. Onde será que você está agora? Será que pensa nisso também? Será que você me procura? Eu te procuro. Enfim, são só algumas perguntas que espero obter uma resposta. Aliás, "Você sonha demais" é o que sempre ganho como resposta."

-- Larissa Tavares

Até que os maiores geradores de sorrisos desistam de mudar o mundo.


            É incrível pensar como as músicas hoje em dia são mais do que apenas letras combinadas com boas sequências de acordes e vozes. É incrível ver milhões de pessoas enlouquecendo com elas, se apaixonando com elas, rindo com elas. Incrível como desde a sua criação elas ainda continuam sendo o calmante de muita gente.
            O mundo está caindo ao seu redor, e um pequeno aparelhinho, quando colocado no ouvido, te faz esquecer tudo. Os problemas se vão e, naqueles três ou quatro minutos de calma, você é o personagem principal da música, vivendo uma grande história de amor, amizade ou até mesmo a maior aventura da sua vida.
            Os verdadeiros amigos sentem uma lágrima escorrer quando ouve aquela música que marcou um momento, uma descoberta, uma mudança nos seus caminhos juntos. Os casais, maiores personagens da história da música mundial, inspiram milhares de bandas e cantores com suas histórias e com sua vida alheia a todos os outros ao redor, como se uma bolha estivesse ao seu redor. E mais uma vez, as músicas marcam, relembram, criam novos momentos, e são levadas eternamente. Os fãs ouvem as músicas por que se sentem bem ouvindo aquela voz, aqueles acordes, simplesmente sabendo que não existem drogas ou álcool que possa lhes fazer sentir melhor, senão aquela música.
            Em todos os casos, no fim das contas, a música representa o amor. De irmãos, de amigos, de familiares, entre ídolos e fãs, em todos eles existe um sentimento mais forte que as distâncias e os obstáculos que o mundo oferece. E até que se prove ao contrário, o mundo irá sorrir e chorar até que seja criada a última música. Até que o mundo não seja extinto pelo poder de um fone de ouvido, até que o coração pare de bater ao ouvir o ritmo da palavra amor, até que boas história não sejam mais contadas por alguém que se importa que a vida não pare. Por fim, a música terá seu papel excepcional até que os maiores geradores de sorrisos desistam de mudar o mundo.
            


B.S.

Quando ninguém está nos vendo

“Bonitas mesmo somos quando ninguém está nos vendo. Atirada no sofá, com uma calça de ficar em casa, uma blusa faltando um botão, as pernas enroscadas uma na outra, o cabelo caindo de qualquer jeito pelo ombro, nenhuma preocupação se o batom resistiu ou não à longa passagem do dia. Um livro nas mãos, o olhar perdido dentro de tantas palavras, um ar de descoberta no rosto. Linda.”

— Martha Medeiros.

No fim das contas, tudo se resume ao medo.

  Quanto mais peças a vida nos prega, mais ela nos faz perceber o quanto é difícil viver. Devemos acordar, e agradecer por mais um dia, não por que convém, mas por que tivemos força e capacidade de passar mais 24 horas lutando contra tudo e todos ao nosso redor. Contra todos os empecilhos que colocam, ou que nós mesmos colocamos, nos nossos caminhos.

  Eu me pergunto quantas vezes eu já quis pular e gritar de alegria e não pude, por temer o julgamento dos outros, já quis abraçar e beija alguém, mas fui impedida por medo de sua reação. Quantas vezes, escrevi páginas e páginas, e rasguei tudo no final? Quantas vezes não engoli o que tinha para dizer? É disso que estou falando... No fim das contas, tudo se resume ao medo.

  Não que ele não seja bom. Ele é. Porém, a questão é que tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. Todas as coisas podem ser boas e ruins ao mesmo tempo, quentes e frias, dia e noite, inclusive nós, seres humanos que achamos que somos imbatíveis e somos as criaturas mais evoluídas na face da Terra. Somos todos uma pista de mão dupla, com o transito desordenado, cheios de engarrafamentos, tragédias e acidentes, que às vezes flui, mas às vezes para e demora a funcionar normalmente mais uma vez.

  Somos perguntas sem respostas, constantemente. Podemos ser a espécie mais evoluída com base nas capacidades físicas, mas não somos ABSOLUTAMENTE nada se avaliarmos nossa capacidade psicológica. É assim que todos deveriam pensar, sabe por que? Se pensássemos assim, não estaríamos hoje cheios de medo, culpa, e deixando o mundo numa posição estática sem mudanças e verdadeiras evoluções. 

B.S.

Algum problema com isso?


                Em 99,9% das hipóteses confirma-se que a ficção nos faz sentir melhor. As novelas, as séries, os filmes... São eles os culpados por sermos tão iludidos com o mundo, com as pessoas ao nosso redor, com os amores que esperamos viver. Sonhamos com o corpo perfeito, com o amante perfeito, com os amigos perfeitos, até mesmo com as lágrimas perfeitas, aquelas que são derramadas sabendo que haverá um final feliz.
                No entanto, é o que tenho discutido com algumas pessoas ultimamente: Corremos para a ficção, para procurar o que não realizamos na vida real. Para sonhar além, realizar os sonhos com base em pessoas que simplesmente não existem. E sabe do que? Ficamos bem com isso. Todos nós, sem exceção. Desde as novelas aos desenhos animados, sabemos que cada momento perdido na frente da TV, nos faz internalizar mais desejos impossíveis, cheios de figurinhas colantes daquelas as quais nunca encontramos na embalagem que escolhemos para comprar.
                O pior de tudo, é que a cada dia que passa, percebemos a verdade por trás de tudo isso, e somos cada vez mais pisoteados por doses exageradas de realidade que as pessoas insistem em nos dar. Por que? Eu me pergunto... Para que doses exageradas, se a vida já não é tão fácil? A ficção nos mostra o mundo tão perfeito quanto sabemos que não é, todavia não é por isso que devemos nos privar de acreditar em algumas doses de fantasia, devemos? Mas, como por trás de tudo há um contraponto, nem todos concordam com isso.
                As crianças crescem com o sonho de serem super heróis. E são felizes aqueles os quais os pais deixam acreditar, e incentivam a sua imaginação. Os adolescentes sonham em serem jogadores de futebol, famosos, ou apenas conhecer um ídolo. É aí que surge o problema. Seus pais já não são mais os mesmos de quando eles queriam ser super heróis ou princesas. O tempo também não é o mesmo. E é exatamente por isso que os adultos destroem seus maiores sonhos na adolescência. Por falta de estímulo... Por que uma palavra, certo dia, destruiu um coração que, no fundo no fundo, acreditava que a ficção pudesse surgir diante da gigantesca crueldade.
                Não quero ser assim. Não quero deixar de sonhar por que um dia ouvi um “não”, desejando com todas as minhas forças e esperanças, que viesse um sim. Não me tornarei um adulto ranzinza, tomando frascos com dosagens exageradas de realidade. Estou bem assim, vivendo de ficção e fantasia e sorrindo todos os dias. Algum problema com isso?

B.S. 

Você acha que Deus colocaria um desejo impossível no seu coração?

O primeiro passo é o mais difícil. Pelo menos, é o que dizem sobre todas as coisas. Sair da inércia e iniciar o movimento, como diriam na física, isolar em função de x, como nos explicam na matemática, balancear a equação, na química, e todo o resto. O primeiro passo é sempre o que dá mais nervoso, o que estressa, o que te faz pensar em desistir, afinal depois dele você só precisa continuar.

É como observar um bebê aprendendo a andar. Você passa meses estimulando-o e ajudando-o, como se esta fosse a tarefa mais árdua a se realizar, no entanto, quando o objetivo é finalmente alcançado, tudo parece sumir. Todo o seu esforço se vai, quando você percebe que algo, antes tão difícil, se tornou tão simples.

Pois é exatamente isso que acontece em todas as situações que passamos na vida. Já ouviu falar que para tudo tem uma primeira vez? Então, o que seria da prática e do conforto, se alguma vez aquela situação não nos tivesse feito tremer da cabeça aos pés?

Você acha que já passou por todas as ‘primeiras vezes’ possíveis, quando de repente é obrigado a lidar com uma situação inédita. Se apaixonar e pensar em se declarar... Todos já passaram por isso, e se não passaram ainda vão passar. E essa é a pior de todas, porém, se até nela o nervosismo passa depois das famosas três palavras, por que não arriscar em todas as outras? Falar a verdade, se aproximar, investir no que deseja, sonhar mais alto do que pode.

Nenhum objetivo é impossível se você realmente quiser alcançá-lo. Se é isso que pensa, então analise: Você acha que Deus colocaria um desejo impossível no seu coração? Os primeiros passos são apenas a prova de que é preciso correr atrás e, acredite, se você tem força para dar o primeiro, terá força em todos os outros.


B.S.

Não procure. Encontre.

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”

Mário Quintana.

É horrível

É horrível, sabe? É horrível sentir falta das nossas conversas, das tuas palhaçadas, do teu jeito idiota, das palavras que eu imaginei serem reais da tua parte. É horrível ter me apegado tanto, tanto a você e ter que me desprender de uma hora para outra. É horrível fingir estar bem para tu não perceber o quanto tuas atitudes me afetaram. É horrível deitar a cabeça no travesseiro e não conseguir desviar os pensamentos do tempo em que eu era feliz do teu lado. É horrível tentar te esquecer às pressas numa tentativa desesperada de mostrar para todos que não me importo mais com você. Eu sinto falta do que nós éramos todos os dias, mas passa. Vou me acostumar a ficar sem você.

Garantia estendida

Vocês são vários. Vocês surgem a todo momento, e nos fazem conhecer todo tipo de sentimento. Mas um de vocês vem, para nunca mais sair, pelo menos dentro do peito. Esse alguém entra, remexe, espalha e machuca tudo que está dentro ou próximo ao seu coração. Meus olhos embaçam, minhas mãos tremem, meu coração para de bater.

E então o alguém se vai. Talvez por que você quis, ou talvez por que ele mesmo quis. Às vezes até por conta das circunstâncias criadas pelo destino. É aqui que eu me nego a acreditar que não posso te deixar. Sabe que deve, que precisa, mas sabe que não posso. Dizem que todo amor de verdade tem seu começo, seu meio e seu fim, e talvez o seu esteja apenas na fase intermediária. No meio. No momento em que nada são flores mais... Nem o talo que as segurava, cheio de espinhos, existe mais.

Mais um chega. Não destrói, nem mexe, nem brinca nem leva a sério, e o seu coração fica lá. Apenas estagnado. “Não se torne uma pessoa fria”, é o que aquele primeiro alguém diz. Em péssima hora, aliás, afinal, ele acabou de levar o seu sangue, os seus motivos para amar, e toda a magia que algum dia você acreditou existir na palavra “amor”.

Você reconhece que, provavelmente, ninguém no mundo te fará sentir nas nuvens novamente, e isto te impede de arriscar. Isso te leva ao pior caminho que alguém pode seguir na vida: Deixar de ser feliz, com medo de ser infeliz. No fundo no fundo, tudo que você quer é passar para a fase seguinte: o fim. Entender que tudo não passou de um sonho que culminou como um pesadelo, e que isso não pode determinar quem você é, mas sim te ajude a saber quem realmente você quer ser, e com quem realmente deseja estar.

Sorria, a vida é uma caixinha de surpresas, e a que você mais espera com certeza não vem num saquinho, nem é de chocolate. Não vem no cavalo branco, nem vai salvar sua vida com um beijo. Apenas será cheia de defeitos e problemas de fábrica, fora de garantia, te fazendo acreditar que ela pode ser estendida até o resto dos seus dias, enquanto outros foram adquiridos, antes, muito perto do fim do prazo.


B.S.

The worst part about online friends:

'When they’re in crisis, you can’t go and see them in person. You can’t let them spend the night at your house. You can’t cook them dinner. You can’t go with them to a job interview. You can’t take them out for coffee. You can’t hold their hand or hug them.
*You can’t let them use your shower. You can’t be a physical contrast to the abusive people in their physical lives.'



Um nome

Você só saberá realmente o que amor, quando lhe perguntarem sobre ele e você não pensar em um definição, mas em um nome.

(Bob Marley)

Espalhar toda a cor de sangue pelas nossas faces.


          Se um dia você for capaz de entender a quantidade de coisas que te faz sentir vergonha, possivelmente você estará percebendo a quantidade de coisas as quais você gostaria de fazer mais vezes. As bochechas vermelhas são um marco de que alguma coisa te deixa sem saber como agir, e te fazem sentir desconfortável, na maioria das vezes, sem saber por quê.
                A vergonha é a demonstração mais clara de que você gosta tanto de alguém, a ponto de mudar de cor quando este alguém chega perto, quando este alguém te abraça, ou mesmo quando lança um aceno distante. Vamos lá, isso pode não ser nada, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                Você tem um dom, e já ouviu muitos dizerem que o mundo deveria conhecê-lo, mas você também tem vergonha. Tem vergonha por saber que existem melhores, os quais vão te olhar com desprezo e tirar todas as suas esperanças. No entanto, bem lá no fundo, você gosta de mostrar aos outros que você sabe fazer algo bem. A vergonha não deveria impedir, já que tantos te dizem para deixar o mundo te conhecer, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                O seu espelho te mostra todos os dias um sorriso lindo, mas a sua insegurança diante do mundo faz com que você o esconda. Você tem vergonha de que te vejam sorrir, e por isso afasta o melhor remédio para todas as frustrações. Sorrir não deveria ser um problema, não deveria te incomodar saber que outros te observam, não é?! Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.
                Olhe então. Quantas coisas já passaram e você deixou de aproveitar por que teve vergonha? Pode assumir. Todas elas eram/são coisas as quais você ama fazer e adoraria fazer sem se preocupar com ninguém. Quem dera pudéssemos controlar as nossas bochechas e as palavras alheias que tanto nos ferem, não? Seria maravilhoso ser capaz de ignora, não só no momento da ofensa, como por todo o sempre, mas ao virar as costas, aquela crítica ofensiva, às coisas que mais amamos, nos fazem sofrer e desacreditar de nós mesmos. Eu concordo, claramente, que nada disso deveria ser um problema. Mas esse coração vem para nos pregar peças, e espalhar toda sua cor de sangue pelas nossas faces.

Até eu fui obrigada a me respeitar.

Não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

Clarice Lispector

E tudo estaria resumido ao mais sincero sentimento do mundo


                Abençoados sejam os animais que não precisam raciocinar. Abençoados sejam por não precisarem cobrar tanto de si mesmos, e ainda assim serem felizes com apenas o necessário,  capazes de amar mais do que nós, que exercitamos a mais complexa capacidade humana, que é a razão. Sejam eles abençoados por toda a festa que fazem sem mesmo ter consciência, o que os torna esplendidamente sinceros.
                Benditos sejam eles, que não precisam passar dias a fio fora de casa, calculando, escrevendo e reescrevendo, conversando, resolvendo problemas e tudo mais que os envolve. Se nós, meros humanos e, ao mesmo tempo, seres de complexidade tão incrível, tivéssemos essa capacidade de se desligar do mundo e apenas aproveitar... Ah, a vida teria outro significado.
                A pergunta que não se cala é ‘porque tanta questão em se diferenciar desses animais?’. São exemplos claros de coisas simples que os seis milhões de seres bípedes não são capazes de se unir e demonstrar juntos, nem mesmo quando estão livres das contas, dos papéis, das conversas e de todas as obrigações.
                Seria ótimo acordar livre de preocupações, e esperar apenas por alguém que lhe desse um sorriso e dissesse o quanto te ama, sem pressa, mas com todo o amor possível, levantar e dar uma volta sob o clima gostoso do Sol da manhã, esperar seu potinho de comida, ou que enchessem sua tigela de água, não por obrigação, mas por cuidado. Seria ótimo se pudéssemos fazer isso por nós mesmos, não?! E depois de anos de estudos filosóficos, insistindo em exaltar a ‘maravilhosa’ qualidade humana, deveríamos perceber que, talvez, ela seja também motivo de boa parte das dores, físicas ou psicológicas, nas quais nós mesmos nos enfiamos, sem o mínimo de necessidade.
                Seria maravilhoso. Seria simples. E tudo estaria resumido ao mais sincero sentimento do mundo, enfeitado por um pouco de dedicação: Amor.  

B.S.

A verdadeira ideia do que é ser feliz


             Um dia me disseram que amar era viver para outro alguém. Viver em função de alguém que colocaria os melhores sorrisos no seu rosto, que vai fazer suas pernas tremerem, enfim, alguém que vai se tornar seu mundo, tecnicamente, de uma hora para outra. E eu acreditei, não minto. Sonhei desde sempre com aquele príncipe clichê, de cavalo branco e roupa impecável, do sorriso com dentes brancos, dos braços fortes, capazes de me carregar por quilômetros sem se preocupar com o cansaço.
                Por um momento, achei ter encontrado o príncipe. Ele não tinha um cavalo, não era tão forte, e nem capaz de me carregar sem cansar, logo, conclui que príncipes não existem, e se existem não são a oitava maravilha do mundo. Segui. Descobri algo chamado defeitos, e criei a nova imagem de um príncipe para mim. Agora restava esperar mais um pouco. Esperei. Portas abriram e fecharam e eu continuei sentada esperando que chamasse meu nome, afinal, as portas abertas chamavam outros nomes na lista de espera, e bem ao meu lado.
                Não aconteceu. Ninguém sorriu para mim e me ouviu dizer: “É você”.  Olhei para os lados e não havia mias ninguém esperando. Naquele momento, me levantei e sai pela porta. Na rua inúmeros pés passavam, sem rumo, sustentando histórias e destinos indecifráveis. Me juntei a eles.
                De fato, nunca saberei se no momento em que sai, alguma porta abriu e gritou as letras do meu nome, eu sei. Porém, ao descobrir a inexistência do príncipe, percebi que havia algo de errado comigo. Conclui que se o problema era meu, eu deveria resolvê-lo, antes que alguém aparecesse e percebesse todos eles, o que me faria culpada por mostrar a este alguém que princesas também não existem.
                Trabalhei em mim. Aprendi a viver sozinha no meio de tantos pés, de várias cores e formatos. Criei a verdadeira ideia do que é ser feliz, e descobri por que não via mais os príncipes. A verdade é que os pés que no começo eram apenas constituintes de uma multidão, me explicaram que aos príncipes só vão existir se, antes de mais nada, eu descobrir a felicidade sem eles. Sustentar a felicidade baseada em mim.
                Assim, descobri também que os príncipes não são as criaturas perfeitas da Cinderela, Rapunzel, ou mesmo da Julieta. São aqueles que estão no meio do número incontável de pés que passam por mim todos os dias. Eles se apresentam quando se desculpam por esbarrar em você, ou mesmo segurar a porta para você entrar. Não são perfeitos, nem tem os melhores sorrisos do mundo. E logo você descobre que jamais serão a razão da sua vida, sabe porque? Porque naquele dia, você cansou de ficar na fila e descobriu que a verdadeira razão da sua vida, é você mesmo.

“A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será questão de escolha e não de necessidade.” 

B.S.

Um arremesso de ideias que poderiam mudar o mundo


                Para algumas pessoas nesse mundo infinito é um pouco difícil entender que existem limites entre o ser, o falar e o pensar. Assim como também parece ser complicado notar que cada um dos três magoa de uma forma, destrói não só os sentimentos, como o estímulo, a vontade, o desejo de conquistar.
                Será que é mesmo complicado de entender que alguns limites distinguem algumas pessoas das outras? Às vezes é bom analisar que o mundo não funciona como a gente quer, e que dependemos dos outros para seguir em frente. Você não vai perder nada se falar de uma forma mais delicada, tentar ajudar, e elogiar os pontos bons. Aliás, muito pelo contrário, você vai estimular alguém a seguir em frente, de cabeça erguida, e pronto para encarar todos os desafios que aparecerem.
                E tem sensação melhor que essa? Fazer alguém se sentir confiante para seguir em frente na vida? Mas, não é assim que o mundo gira, e não é assim que os cérebros cheios de vento giram também. Parece que não é uma brisa que passa por suas cabeças, o que poderia ser razoável para quem nem se importa com ela, mas sim um furacão que passa e leva tudo por perto, sem dar a mínima.
                No fim das contas isso é frustrante, é desapontador. Discursos são redigidos em toda a parte e 80% deles vão-se embora assim que o papel em que estavam escritos é arremessado no lixo na forma de uma bolinha de papel, e ainda fazendo graça como se acertasse uma cesta de basquete. O problema é que não é só uma cesta, mas sim um arremesso de ideias que poderiam mudar o mundo, ou ajudar a ensinar como fazê-lo.
                Eu, sinceramente, cansei. Cansei de tentar mostrar trabalho para ser ignorada, cansei de dizer que gosto do que não gosto, só porque sei que no fundo no fundo eu deveria mesmo gostar, cansei de olhar nos olhos e dizer que não estou chateada, para, no dia seguinte, ouvir dessas pessoas que não me querem por perto e que não se importam com o que eu penso. Cansei de sorrir, de chorar, de gritar sem ninguém para ouvir, cansei de ser fofa com quem não merece, cansei de ser a boazinha. Cansei de obedecer às ordens para me calar, cansei de olhar para os outros, e concordar mesmo tendo certeza de que estão errados.
                O mundo é enorme. E não pode ser só isso que ele tenha a me mostrar. Continuar parada, balançando a cabeça para me tornar mais um operário repreendido quando deve ser elogiado, não vai me levar às outras surpresas que podem surgir. Tudo que eu preciso é calma, coragem, segurança, e cabeça erguida. E isso, eu posso afirmar, daqui para frente terei até o fim.


B.S. 

E sou a fã mais feliz do mundo

"Eu nunca fui a um camarim, e muito menos subi em um trio seu, e sou a fã mais feliz do mundo, por simplesmente VOCÊ existir!"



Não adianta esperar

“Se não foi ontem, pode ser hoje. Se não for hoje, pode ser amanhã. Se não for amanhã, pode ser outro dia. Se não foi outro dia, não era pra ser. Amor não se cobra, não se anota na agenda de afazeres, não se implora. Amor se for pra ser simplesmente será, e chegará assim sem avisar. Não adianta esperar.”

Sensação indescritível e, aparentemente, irracional.


                De repente, mesmo quando o mundo está, aos poucos, desabando ao seu redor, você sente aquela vontade incompreensível de rir, gargalhar alto, sem nenhuma razão exata. Você continua cheio de problemas para resolver, as dores no corpo (marcas de mais um dia de luta pelo futuro) permanecem, o cansaço bate e as suas pernas apenas te arrastam para qualquer canto, mas ainda assim você não consegue deixar a vontade de gargalhar de lado.
                E é sensacional. As pessoas por perto aparecem tristes, cabisbaixas, com vontade de chorar, e tudo que você consegue pensar é em como fazê-las melhor, como distribuir um pouco dessa sua vontade tremenda de sorrir, para fazê-las sorrir também e te acompanhar nessa sensação indescritível e, aparentemente, irracional.
                Depois de Pollyana, quando me sinto assim, vejo um pouco de orgulho brotando por mim mesma. O jogo do contente parece estar funcionando por mais um dia, mais uma vez na minha vida. Aquele velho jogo de agradecer pelo que tem, sabendo que tudo poderia ser muito pior. Gostaria de espalhá-lo pelo mundo, assim como Pollyana, e fazer crianças sorrirem, adultos lembrarem-se de como a vida vale a pena além das obrigações, fazer as famílias se amarem verdadeiramente como deveria ser.
                Não sei. Só gostaria de ver a Terra não em forma oval, mas no formato curvado, brilhantemente deslumbrante, como quando aquele alguém que você tanto quer por perto está sorrindo. Aquele formato, aquele som, aquele olhar de alegria que, a cada momento, você deseja colocar no rosto ser humano que cruza o seu caminho.

B.S. 

No exato momento em que o despertador tocar

      Quando deitamos na cama, e agradecemos por mais um dia, e por podermos finalmente descansar, não imaginamos que o subconsciente pode entrar em ação e nos fazer viver as situações mais incríveis possíveis. Sonhos podem surgir de alguma preocupação, de algum desejo, porque você pensou em alguém antes de dormir, enfim... O mais importante mesmo, é que na verdade eles sempre querem dizer alguma coisa.
      Sabe a sensação de acordar incrivelmente feliz, sem sequer imaginar um motivo? Pois é. Você sonhou com algo que te deixou sorridente pelo resto do dia. Bem que esses momentos poderiam ser realidade, e o mundo poderia virar um parque de diversões, com príncipes encantados, seus ídolos poderiam ser seus amigos próximos, você seria parte de tudo aquilo que sempre desejou.
      É bom sonhar. Nos faz ter experiências as quais sabemos que são impossíveis, e o melhor de tudo é que parecem tão reais como se realmente fossem. Viajar o mundo, investigar um assassinato com os personagens que você mais gosta, casar e ter filhos, exercer uma profissão, ser o artista com os melhores fãs do país, enfim, acreditar que você vive numa bolha.
      Mas aí, você começa a ser cutucado por alguém, ou alguém grita seu nome, se esbarra em você, e você é capaz de notar que aquele mundo está prestes a se esvair num ‘abrir’ de olhos, no exato momento em que o despertador tocar. Então, levante, sorria sem saber os motivos, e siga em frente, lembrando que no seu sonho, você foi o super-herói mais importante de alguém, ou até para você mesmo.


B.S

Certas horas

"Há certas horas, em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e etc e tal. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer."

Sonhadora demais?

     "Quero alguém que me entenda. E que goste de mim assim. Quero alguém que olhe dentro dos meus olhos e sorria. Quero que ele me diga coisas que eu nunca ouvi de ninguém antes.. Quero rir junto dele, quero rir dele, das palhaçadas, das besteiras, de amor. Quero amar como nunca amei antes. Quero ser amada. Sinto falta disso. Mas eu não sou aquele tipo que os meninos procuram. Eu sou do tipo que eles ignoram. Será que idealizo demais? Talvez sim. Mas quem foi que disse que nada é impossível pra quem acredita? E vou continuar acreditando que um dia vou olhar pra ele e saber que o encontrei. Onde será que você está agora? Será que pensa nisso também? Será que você me procura? Eu te procuro. Enfim, são só algumas perguntas que espero obter uma resposta. Aliás, "Você sonha demais" é o que sempre ganho como resposta."

-- Larissa Tavares

Até que os maiores geradores de sorrisos desistam de mudar o mundo.


            É incrível pensar como as músicas hoje em dia são mais do que apenas letras combinadas com boas sequências de acordes e vozes. É incrível ver milhões de pessoas enlouquecendo com elas, se apaixonando com elas, rindo com elas. Incrível como desde a sua criação elas ainda continuam sendo o calmante de muita gente.
            O mundo está caindo ao seu redor, e um pequeno aparelhinho, quando colocado no ouvido, te faz esquecer tudo. Os problemas se vão e, naqueles três ou quatro minutos de calma, você é o personagem principal da música, vivendo uma grande história de amor, amizade ou até mesmo a maior aventura da sua vida.
            Os verdadeiros amigos sentem uma lágrima escorrer quando ouve aquela música que marcou um momento, uma descoberta, uma mudança nos seus caminhos juntos. Os casais, maiores personagens da história da música mundial, inspiram milhares de bandas e cantores com suas histórias e com sua vida alheia a todos os outros ao redor, como se uma bolha estivesse ao seu redor. E mais uma vez, as músicas marcam, relembram, criam novos momentos, e são levadas eternamente. Os fãs ouvem as músicas por que se sentem bem ouvindo aquela voz, aqueles acordes, simplesmente sabendo que não existem drogas ou álcool que possa lhes fazer sentir melhor, senão aquela música.
            Em todos os casos, no fim das contas, a música representa o amor. De irmãos, de amigos, de familiares, entre ídolos e fãs, em todos eles existe um sentimento mais forte que as distâncias e os obstáculos que o mundo oferece. E até que se prove ao contrário, o mundo irá sorrir e chorar até que seja criada a última música. Até que o mundo não seja extinto pelo poder de um fone de ouvido, até que o coração pare de bater ao ouvir o ritmo da palavra amor, até que boas história não sejam mais contadas por alguém que se importa que a vida não pare. Por fim, a música terá seu papel excepcional até que os maiores geradores de sorrisos desistam de mudar o mundo.
            


B.S.

Quando ninguém está nos vendo

“Bonitas mesmo somos quando ninguém está nos vendo. Atirada no sofá, com uma calça de ficar em casa, uma blusa faltando um botão, as pernas enroscadas uma na outra, o cabelo caindo de qualquer jeito pelo ombro, nenhuma preocupação se o batom resistiu ou não à longa passagem do dia. Um livro nas mãos, o olhar perdido dentro de tantas palavras, um ar de descoberta no rosto. Linda.”

— Martha Medeiros.

No fim das contas, tudo se resume ao medo.

  Quanto mais peças a vida nos prega, mais ela nos faz perceber o quanto é difícil viver. Devemos acordar, e agradecer por mais um dia, não por que convém, mas por que tivemos força e capacidade de passar mais 24 horas lutando contra tudo e todos ao nosso redor. Contra todos os empecilhos que colocam, ou que nós mesmos colocamos, nos nossos caminhos.

  Eu me pergunto quantas vezes eu já quis pular e gritar de alegria e não pude, por temer o julgamento dos outros, já quis abraçar e beija alguém, mas fui impedida por medo de sua reação. Quantas vezes, escrevi páginas e páginas, e rasguei tudo no final? Quantas vezes não engoli o que tinha para dizer? É disso que estou falando... No fim das contas, tudo se resume ao medo.

  Não que ele não seja bom. Ele é. Porém, a questão é que tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. Todas as coisas podem ser boas e ruins ao mesmo tempo, quentes e frias, dia e noite, inclusive nós, seres humanos que achamos que somos imbatíveis e somos as criaturas mais evoluídas na face da Terra. Somos todos uma pista de mão dupla, com o transito desordenado, cheios de engarrafamentos, tragédias e acidentes, que às vezes flui, mas às vezes para e demora a funcionar normalmente mais uma vez.

  Somos perguntas sem respostas, constantemente. Podemos ser a espécie mais evoluída com base nas capacidades físicas, mas não somos ABSOLUTAMENTE nada se avaliarmos nossa capacidade psicológica. É assim que todos deveriam pensar, sabe por que? Se pensássemos assim, não estaríamos hoje cheios de medo, culpa, e deixando o mundo numa posição estática sem mudanças e verdadeiras evoluções. 

B.S.

Algum problema com isso?


                Em 99,9% das hipóteses confirma-se que a ficção nos faz sentir melhor. As novelas, as séries, os filmes... São eles os culpados por sermos tão iludidos com o mundo, com as pessoas ao nosso redor, com os amores que esperamos viver. Sonhamos com o corpo perfeito, com o amante perfeito, com os amigos perfeitos, até mesmo com as lágrimas perfeitas, aquelas que são derramadas sabendo que haverá um final feliz.
                No entanto, é o que tenho discutido com algumas pessoas ultimamente: Corremos para a ficção, para procurar o que não realizamos na vida real. Para sonhar além, realizar os sonhos com base em pessoas que simplesmente não existem. E sabe do que? Ficamos bem com isso. Todos nós, sem exceção. Desde as novelas aos desenhos animados, sabemos que cada momento perdido na frente da TV, nos faz internalizar mais desejos impossíveis, cheios de figurinhas colantes daquelas as quais nunca encontramos na embalagem que escolhemos para comprar.
                O pior de tudo, é que a cada dia que passa, percebemos a verdade por trás de tudo isso, e somos cada vez mais pisoteados por doses exageradas de realidade que as pessoas insistem em nos dar. Por que? Eu me pergunto... Para que doses exageradas, se a vida já não é tão fácil? A ficção nos mostra o mundo tão perfeito quanto sabemos que não é, todavia não é por isso que devemos nos privar de acreditar em algumas doses de fantasia, devemos? Mas, como por trás de tudo há um contraponto, nem todos concordam com isso.
                As crianças crescem com o sonho de serem super heróis. E são felizes aqueles os quais os pais deixam acreditar, e incentivam a sua imaginação. Os adolescentes sonham em serem jogadores de futebol, famosos, ou apenas conhecer um ídolo. É aí que surge o problema. Seus pais já não são mais os mesmos de quando eles queriam ser super heróis ou princesas. O tempo também não é o mesmo. E é exatamente por isso que os adultos destroem seus maiores sonhos na adolescência. Por falta de estímulo... Por que uma palavra, certo dia, destruiu um coração que, no fundo no fundo, acreditava que a ficção pudesse surgir diante da gigantesca crueldade.
                Não quero ser assim. Não quero deixar de sonhar por que um dia ouvi um “não”, desejando com todas as minhas forças e esperanças, que viesse um sim. Não me tornarei um adulto ranzinza, tomando frascos com dosagens exageradas de realidade. Estou bem assim, vivendo de ficção e fantasia e sorrindo todos os dias. Algum problema com isso?

B.S. 

Você acha que Deus colocaria um desejo impossível no seu coração?

O primeiro passo é o mais difícil. Pelo menos, é o que dizem sobre todas as coisas. Sair da inércia e iniciar o movimento, como diriam na física, isolar em função de x, como nos explicam na matemática, balancear a equação, na química, e todo o resto. O primeiro passo é sempre o que dá mais nervoso, o que estressa, o que te faz pensar em desistir, afinal depois dele você só precisa continuar.

É como observar um bebê aprendendo a andar. Você passa meses estimulando-o e ajudando-o, como se esta fosse a tarefa mais árdua a se realizar, no entanto, quando o objetivo é finalmente alcançado, tudo parece sumir. Todo o seu esforço se vai, quando você percebe que algo, antes tão difícil, se tornou tão simples.

Pois é exatamente isso que acontece em todas as situações que passamos na vida. Já ouviu falar que para tudo tem uma primeira vez? Então, o que seria da prática e do conforto, se alguma vez aquela situação não nos tivesse feito tremer da cabeça aos pés?

Você acha que já passou por todas as ‘primeiras vezes’ possíveis, quando de repente é obrigado a lidar com uma situação inédita. Se apaixonar e pensar em se declarar... Todos já passaram por isso, e se não passaram ainda vão passar. E essa é a pior de todas, porém, se até nela o nervosismo passa depois das famosas três palavras, por que não arriscar em todas as outras? Falar a verdade, se aproximar, investir no que deseja, sonhar mais alto do que pode.

Nenhum objetivo é impossível se você realmente quiser alcançá-lo. Se é isso que pensa, então analise: Você acha que Deus colocaria um desejo impossível no seu coração? Os primeiros passos são apenas a prova de que é preciso correr atrás e, acredite, se você tem força para dar o primeiro, terá força em todos os outros.


B.S.

Não procure. Encontre.

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”

Mário Quintana.

É horrível

É horrível, sabe? É horrível sentir falta das nossas conversas, das tuas palhaçadas, do teu jeito idiota, das palavras que eu imaginei serem reais da tua parte. É horrível ter me apegado tanto, tanto a você e ter que me desprender de uma hora para outra. É horrível fingir estar bem para tu não perceber o quanto tuas atitudes me afetaram. É horrível deitar a cabeça no travesseiro e não conseguir desviar os pensamentos do tempo em que eu era feliz do teu lado. É horrível tentar te esquecer às pressas numa tentativa desesperada de mostrar para todos que não me importo mais com você. Eu sinto falta do que nós éramos todos os dias, mas passa. Vou me acostumar a ficar sem você.

Garantia estendida

Vocês são vários. Vocês surgem a todo momento, e nos fazem conhecer todo tipo de sentimento. Mas um de vocês vem, para nunca mais sair, pelo menos dentro do peito. Esse alguém entra, remexe, espalha e machuca tudo que está dentro ou próximo ao seu coração. Meus olhos embaçam, minhas mãos tremem, meu coração para de bater.

E então o alguém se vai. Talvez por que você quis, ou talvez por que ele mesmo quis. Às vezes até por conta das circunstâncias criadas pelo destino. É aqui que eu me nego a acreditar que não posso te deixar. Sabe que deve, que precisa, mas sabe que não posso. Dizem que todo amor de verdade tem seu começo, seu meio e seu fim, e talvez o seu esteja apenas na fase intermediária. No meio. No momento em que nada são flores mais... Nem o talo que as segurava, cheio de espinhos, existe mais.

Mais um chega. Não destrói, nem mexe, nem brinca nem leva a sério, e o seu coração fica lá. Apenas estagnado. “Não se torne uma pessoa fria”, é o que aquele primeiro alguém diz. Em péssima hora, aliás, afinal, ele acabou de levar o seu sangue, os seus motivos para amar, e toda a magia que algum dia você acreditou existir na palavra “amor”.

Você reconhece que, provavelmente, ninguém no mundo te fará sentir nas nuvens novamente, e isto te impede de arriscar. Isso te leva ao pior caminho que alguém pode seguir na vida: Deixar de ser feliz, com medo de ser infeliz. No fundo no fundo, tudo que você quer é passar para a fase seguinte: o fim. Entender que tudo não passou de um sonho que culminou como um pesadelo, e que isso não pode determinar quem você é, mas sim te ajude a saber quem realmente você quer ser, e com quem realmente deseja estar.

Sorria, a vida é uma caixinha de surpresas, e a que você mais espera com certeza não vem num saquinho, nem é de chocolate. Não vem no cavalo branco, nem vai salvar sua vida com um beijo. Apenas será cheia de defeitos e problemas de fábrica, fora de garantia, te fazendo acreditar que ela pode ser estendida até o resto dos seus dias, enquanto outros foram adquiridos, antes, muito perto do fim do prazo.


B.S.

The worst part about online friends:

'When they’re in crisis, you can’t go and see them in person. You can’t let them spend the night at your house. You can’t cook them dinner. You can’t go with them to a job interview. You can’t take them out for coffee. You can’t hold their hand or hug them.
*You can’t let them use your shower. You can’t be a physical contrast to the abusive people in their physical lives.'



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