quarta-feira, 25 de abril de 2012

A verdadeira ideia do que é ser feliz


             Um dia me disseram que amar era viver para outro alguém. Viver em função de alguém que colocaria os melhores sorrisos no seu rosto, que vai fazer suas pernas tremerem, enfim, alguém que vai se tornar seu mundo, tecnicamente, de uma hora para outra. E eu acreditei, não minto. Sonhei desde sempre com aquele príncipe clichê, de cavalo branco e roupa impecável, do sorriso com dentes brancos, dos braços fortes, capazes de me carregar por quilômetros sem se preocupar com o cansaço.
                Por um momento, achei ter encontrado o príncipe. Ele não tinha um cavalo, não era tão forte, e nem capaz de me carregar sem cansar, logo, conclui que príncipes não existem, e se existem não são a oitava maravilha do mundo. Segui. Descobri algo chamado defeitos, e criei a nova imagem de um príncipe para mim. Agora restava esperar mais um pouco. Esperei. Portas abriram e fecharam e eu continuei sentada esperando que chamasse meu nome, afinal, as portas abertas chamavam outros nomes na lista de espera, e bem ao meu lado.
                Não aconteceu. Ninguém sorriu para mim e me ouviu dizer: “É você”.  Olhei para os lados e não havia mias ninguém esperando. Naquele momento, me levantei e sai pela porta. Na rua inúmeros pés passavam, sem rumo, sustentando histórias e destinos indecifráveis. Me juntei a eles.
                De fato, nunca saberei se no momento em que sai, alguma porta abriu e gritou as letras do meu nome, eu sei. Porém, ao descobrir a inexistência do príncipe, percebi que havia algo de errado comigo. Conclui que se o problema era meu, eu deveria resolvê-lo, antes que alguém aparecesse e percebesse todos eles, o que me faria culpada por mostrar a este alguém que princesas também não existem.
                Trabalhei em mim. Aprendi a viver sozinha no meio de tantos pés, de várias cores e formatos. Criei a verdadeira ideia do que é ser feliz, e descobri por que não via mais os príncipes. A verdade é que os pés que no começo eram apenas constituintes de uma multidão, me explicaram que aos príncipes só vão existir se, antes de mais nada, eu descobrir a felicidade sem eles. Sustentar a felicidade baseada em mim.
                Assim, descobri também que os príncipes não são as criaturas perfeitas da Cinderela, Rapunzel, ou mesmo da Julieta. São aqueles que estão no meio do número incontável de pés que passam por mim todos os dias. Eles se apresentam quando se desculpam por esbarrar em você, ou mesmo segurar a porta para você entrar. Não são perfeitos, nem tem os melhores sorrisos do mundo. E logo você descobre que jamais serão a razão da sua vida, sabe porque? Porque naquele dia, você cansou de ficar na fila e descobriu que a verdadeira razão da sua vida, é você mesmo.

“A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será questão de escolha e não de necessidade.” 

B.S.

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A verdadeira ideia do que é ser feliz


             Um dia me disseram que amar era viver para outro alguém. Viver em função de alguém que colocaria os melhores sorrisos no seu rosto, que vai fazer suas pernas tremerem, enfim, alguém que vai se tornar seu mundo, tecnicamente, de uma hora para outra. E eu acreditei, não minto. Sonhei desde sempre com aquele príncipe clichê, de cavalo branco e roupa impecável, do sorriso com dentes brancos, dos braços fortes, capazes de me carregar por quilômetros sem se preocupar com o cansaço.
                Por um momento, achei ter encontrado o príncipe. Ele não tinha um cavalo, não era tão forte, e nem capaz de me carregar sem cansar, logo, conclui que príncipes não existem, e se existem não são a oitava maravilha do mundo. Segui. Descobri algo chamado defeitos, e criei a nova imagem de um príncipe para mim. Agora restava esperar mais um pouco. Esperei. Portas abriram e fecharam e eu continuei sentada esperando que chamasse meu nome, afinal, as portas abertas chamavam outros nomes na lista de espera, e bem ao meu lado.
                Não aconteceu. Ninguém sorriu para mim e me ouviu dizer: “É você”.  Olhei para os lados e não havia mias ninguém esperando. Naquele momento, me levantei e sai pela porta. Na rua inúmeros pés passavam, sem rumo, sustentando histórias e destinos indecifráveis. Me juntei a eles.
                De fato, nunca saberei se no momento em que sai, alguma porta abriu e gritou as letras do meu nome, eu sei. Porém, ao descobrir a inexistência do príncipe, percebi que havia algo de errado comigo. Conclui que se o problema era meu, eu deveria resolvê-lo, antes que alguém aparecesse e percebesse todos eles, o que me faria culpada por mostrar a este alguém que princesas também não existem.
                Trabalhei em mim. Aprendi a viver sozinha no meio de tantos pés, de várias cores e formatos. Criei a verdadeira ideia do que é ser feliz, e descobri por que não via mais os príncipes. A verdade é que os pés que no começo eram apenas constituintes de uma multidão, me explicaram que aos príncipes só vão existir se, antes de mais nada, eu descobrir a felicidade sem eles. Sustentar a felicidade baseada em mim.
                Assim, descobri também que os príncipes não são as criaturas perfeitas da Cinderela, Rapunzel, ou mesmo da Julieta. São aqueles que estão no meio do número incontável de pés que passam por mim todos os dias. Eles se apresentam quando se desculpam por esbarrar em você, ou mesmo segurar a porta para você entrar. Não são perfeitos, nem tem os melhores sorrisos do mundo. E logo você descobre que jamais serão a razão da sua vida, sabe porque? Porque naquele dia, você cansou de ficar na fila e descobriu que a verdadeira razão da sua vida, é você mesmo.

“A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será questão de escolha e não de necessidade.” 

B.S.

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A verdadeira ideia do que é ser feliz


             Um dia me disseram que amar era viver para outro alguém. Viver em função de alguém que colocaria os melhores sorrisos no seu rosto, que vai fazer suas pernas tremerem, enfim, alguém que vai se tornar seu mundo, tecnicamente, de uma hora para outra. E eu acreditei, não minto. Sonhei desde sempre com aquele príncipe clichê, de cavalo branco e roupa impecável, do sorriso com dentes brancos, dos braços fortes, capazes de me carregar por quilômetros sem se preocupar com o cansaço.
                Por um momento, achei ter encontrado o príncipe. Ele não tinha um cavalo, não era tão forte, e nem capaz de me carregar sem cansar, logo, conclui que príncipes não existem, e se existem não são a oitava maravilha do mundo. Segui. Descobri algo chamado defeitos, e criei a nova imagem de um príncipe para mim. Agora restava esperar mais um pouco. Esperei. Portas abriram e fecharam e eu continuei sentada esperando que chamasse meu nome, afinal, as portas abertas chamavam outros nomes na lista de espera, e bem ao meu lado.
                Não aconteceu. Ninguém sorriu para mim e me ouviu dizer: “É você”.  Olhei para os lados e não havia mias ninguém esperando. Naquele momento, me levantei e sai pela porta. Na rua inúmeros pés passavam, sem rumo, sustentando histórias e destinos indecifráveis. Me juntei a eles.
                De fato, nunca saberei se no momento em que sai, alguma porta abriu e gritou as letras do meu nome, eu sei. Porém, ao descobrir a inexistência do príncipe, percebi que havia algo de errado comigo. Conclui que se o problema era meu, eu deveria resolvê-lo, antes que alguém aparecesse e percebesse todos eles, o que me faria culpada por mostrar a este alguém que princesas também não existem.
                Trabalhei em mim. Aprendi a viver sozinha no meio de tantos pés, de várias cores e formatos. Criei a verdadeira ideia do que é ser feliz, e descobri por que não via mais os príncipes. A verdade é que os pés que no começo eram apenas constituintes de uma multidão, me explicaram que aos príncipes só vão existir se, antes de mais nada, eu descobrir a felicidade sem eles. Sustentar a felicidade baseada em mim.
                Assim, descobri também que os príncipes não são as criaturas perfeitas da Cinderela, Rapunzel, ou mesmo da Julieta. São aqueles que estão no meio do número incontável de pés que passam por mim todos os dias. Eles se apresentam quando se desculpam por esbarrar em você, ou mesmo segurar a porta para você entrar. Não são perfeitos, nem tem os melhores sorrisos do mundo. E logo você descobre que jamais serão a razão da sua vida, sabe porque? Porque naquele dia, você cansou de ficar na fila e descobriu que a verdadeira razão da sua vida, é você mesmo.

“A melhor maneira de ser feliz com alguém é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será questão de escolha e não de necessidade.” 

B.S.

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