domingo, 31 de março de 2013

Quero um eu, com você.

“Não quero uma história de cinema, onde existe esse tal de casal perfeito. Eu não quero uma felicidade de mentira só pra mostrar status. Eu quero mãos dadas, cafuné e colo. Quero viagens, loucuras e parceria. Quero coração batendo forte, e falta do que falar. Quero amor, quero amar. Quero um eu, com você. Quero eu e você formando esse tal de nós. Quero tudo o que você quiser me dar. Mas eu só quero com você.”

 — Quer recomeçar comigo?

Uma grande verdade!

Semana passada ouvi de um grande amigo uma grande verdade: “Chega uma hora na vida que você tem que abrir mão do selvagem dentro de você para manter amigos, empregos e constituir família. Ou você pode escolher ser um louco e viver sozinho.
Tati Bernardi. 

sábado, 30 de março de 2013

And this is forever


"- Amar um ao outro, mesmo quando odiamos um ao outro.
- Sem fugas, nunca fugir.
- Cuidar um do outro mesmo quando estivermos velhos, fedorentos e senis.E se eu tiver Alzheimer e esquecer de você...
- Eu te lembro quem eu sou todos os dias. Isso é para sempre."


Derek Sheperd and Meredith Grey - 5x24

domingo, 24 de março de 2013

E tudo termina, após intenso treinamento de guerra


Agora começa o processo de nostalgia. O processo em que sua mente começa a pensar que cada segundo fará parte dos seus últimos momentos, que cada abraço conterá a memória dos últimos meses que você viu alguém durante todos os dias. Este é o ano em que paramos para nos dar conta que apesar de todas as reclamações, todo o estresse, todo o ritmo acelerado e todos os encontros nos corredores nos farão falta como nada na vida nunca fez, e talvez nunca venha a fazer.

Nesse ano as lágrimas vão querer sair antecipadamente, e terão de ser contidas até que, no último momento, saiam todas de vez e sem nenhum controle. Criaremos filmes em nossas cabeças e tentaremos registrar cada segundo, sem perder nem um movimento sequer. Olharemos esses rostos que nos são tão familiares por quatro anos, lembraremos das brigas, das decepções e descobertas, de tudo que aprendemos com todos os problemas e soluções que surgiram nessa caminhada.

Finalizaremos nossa jornada, com a sensação de dever cumprido, de que fomos capazes de encarar e superar tão grande desafio começado com tão pouca idade. Com a sensação de que nos tornamos homens e mulheres, crescemos, viramos adultos, aprendemos como realmente funciona a vida e o mundo fora do ambiente em que todos pensam em nos proteger.

Viveremos nosso último ano dentro de uma selva, correndo de um lado para o outro, rindo e fotografando mentalmente cada cantinho que não poderemos mais habitar, cada cena que já se passou em cada um deles, e cada pessoa que conhecemos graças à oportunidade de entrar neste hospício, nesse treinamento de guerra, eu diria.

Portanto, que sejam os melhores últimos momentos das nossas vidas. Independente de problemas, independente dos desesperos, independente da rotina que possa vir a ser insuportável. Que sejam os sorrisos mais lembrados na memória, os abraços mais demorados. Que surjam as história que serão contadas aos filhos no futuro, que possamos sorrir e dizer: Sofri, mas no fundo sei que por essas pessoas, valeu muito a pena.

terça-feira, 12 de março de 2013

That's magic.

I mean where else is coffee a good morning kiss, and an “always” mean “I love you too”? Where one look sets of fireworks. Please, tell me where else will you find a man who can tuck her hair behind her ear so gently, or a woman who can rub just a hand down his back to make him feel better? Where a handshake is a good night kiss? Where there are safe words and secrets and drawers and truth and moments that make you melt. Kisses that leave you breathless. Thats magic. And that’s in an hour. Less than that actually. That is extraordinarily rare and absolute perfection. And it always will be. That’s Castle.
Or, something like that.



domingo, 10 de março de 2013

sexta-feira, 8 de março de 2013

É isso e ponto.


      E chegou aquela fase difícil. A fase de escolher uma profissão e olhar para o mundo afirmando uma posição. A pior parte não é fazer a escolha, mas sim ouvir todos tentarem “abrir seus olhos” para uma realidade que você já sabe qual é. É difícil manter um sonho com tantas pessoas tentando te dizer que não é a coisa mais adequada a fazer. Eu devo ser julgada por escolher a profissão que parece mais bonita aos meus olhos, sem me preocupar diretamente com a quantidade de dinheiro que vou receber por isso? Acho hipócrita escolher algo que não gosto e ser uma péssima profissional só pensando que vou trabalhar pouco para ganhar bem.
        Se sempre me disseram que nada na vida vem fácil, por que agora eu iria querer isso? Não. Vou fazer o que gosto, sendo boa no que faço, e receber o quanto for preciso para ajudar pessoas. Para fazer algo que possa ajudar os outros de verdade. E é isso. Tem sido difícil parar e olhar para o meu futuro com o mesmo brilho no olhar que costumava ter, mas jamais vou desistir. É isso que eu quero, e vejamos como vai ser. Se eu acabar não gostando, paro e penso no que farei, mas por hora é isso. Vou estudar e me dedicar para ser uma profissional feliz e não uma figura bloqueada no ‘teatro da existência’, cheia de mágoas e feridas psicológicas, como diria meu grande mestre Augusto Cury. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Na esquina do 286.


                Dia 11 de fevereiro de 2013. Por mais de 6 meses esperei para que se concretizasse. Por mais de 6 meses sonhei com os abraços, com o som da sua voz bem pertinho de mim, com a sua presença caminhando ao meu lado. Naquele dia, meu telefone tocou milhões de vezes e até então a ficha ainda não tinha caído. Daqueles telefonemas a algumas horas eu te teria verdadeiramente perto, ao alcance do meu toque, um passo, apenas, ao meu lado. Finalmente, você me ligou e me mandou andar em direção ao número 286 (ou algo parecido rs). Olhei para o prédio a minha frente. Estava escrito 225. Com milhares de sacolas plásticas na mão, caminhei sentindo meu coração querendo pular do peito. Avistei um sinal fechado, muitos carros parados, e você estava de costas para mim, do outro lado da rua. Como não reconhecer? Não sei o que se passou pela minha cabeça naquele momento. Foi questão de segundos. Olhei para a sinaleira, esperei por algum tempo e ela permaneceu na cor vermelha. Larguei as sacolas e simplesmente corri, o mais rápido que pude, antes que meu despertador tocasse e me acordasse de um possível sonho. Mas finalmente pude te prender nos meus braços com a enorme vontade de jamais soltar. Nunca tremi daquele jeito na vida. Foi incontrolável, e só fui perceber quando você comentou. Era felicidade. Pura e simples. E nesse momento todos os problemas do mundo foram embora. Bastava ter essa melhor amiga, a minha pessoa, perto de mim, sorrindo e morrendo de vergonha. Eu posso dizer que foi um dos melhores dias da minha vida, sem piscar nem pensar duas vezes. E foi por isso que acordei no dia seguinte chorando, tendo que pensar em outras coisas para me controlar. Porque sabia que demoraria muito tempo para ter esse abraço de novo, para segurar meu mundo nas mãos. As lágrimas escapavam pelos meus olhos, enquanto eu tentava me esconder do mundo ao redor. Talvez fosse o meu coração empurrando-as para fora numa tentativa desesperada de me dizer que eu precisava fazer algo para te ter por perto ao menos mais uma vez. Mas o que eu podia? Nada estava ao meu alcance para fazer todas as cenas se repetirem. Agora, apenas agradeço a Deus por poder fechar os olhos e sentir, verdadeiramente, o seu abraço apertado. 

You just learn...


sábado, 2 de março de 2013

2006, vulgo 5ª série.


  Verdade... Estamos crescendo. Crescendo pra valer, não no sentido de altura, porque já passamos dessa fase a um bom tempo. E quem diria que aqueles pirralhos que riram juntos no surgimento da piada da ótica, ainda estariam juntos até hoje, certo? Algumas vezes sinto aquele medo tenebroso de que tudo se apague. De que nossas vidas de adultos nos façam esquecer das nossas almas de crianças, das nossas brincadeiras ridículas, das gargalhadas que temos dado juntos, de tudo isso. Tenho medo de que as universidades suguem nossas forças de um jeito que nenhuma transfusão seja capaz de reverter. Mas sou eternamente grata a Deus por ter vocês na minha vida agora. Por ligar para todo mundo e em uma semana estar sentada no chão da casa de alguém, ou num playground, até tarde da noite, falando besteira, relembrando de toda a nossa história.
   Como não nos demos conta disso? Sete anos se passaram e, no fundo no fundo, ainda somos nós. Todos com 18 anos nas costas, falando besteiras em níveis diferentes, mas ainda somos nós. E isso enche meu coração de alegria porque sei que mesmo me chateando com algumas atitudes, alguns comentários, posso pedir que vocês deixem minhas lágrimas escorrerem nos seus ombros e serem bem recebida, sempre.
   Tenho ouvido que é muito difícil manter os amigos de colégio, mas digo, com um brilho no olhar, que nos jamais nos perderemos. Nem que seja para vivermos de e-mails, mas jamais nos perderemos. Eu amo cada um de vocês, e espero que as inúmeras histórias e micos ainda sejam compartilhados repetidas vezes para o resto de nossas vidas.

O vento e as estrelas, num complô magnífico.

          Todos os dias vêm acompanhados do cair da noite e tudo parece normal. Não olhamos para o céu para ver as estrelas que nasceram para nos presentear com seu brilho, formado a milhões de anos atrás, porém liberados somente naquele exato instante; não olhamos para as luzes das casas ao redor da nossa; não observamos a lua, nem fazemos milhões de planos pensando em todas as músicas românticas que a citam.
        Certo dia, sabe-se lá por descuido de quem, a energia elétrica da sua casa desaparece. Toda a tecnologia e todas as formas possíveis de distração se esvaem do seu alcance. E o que geralmente fazemos é reclamar e reclamar, deitar no sofá fazendo barulhos de frustração. Só o que passa pela nossa cabeça são os trabalhos que estaríamos fazendo, as matérias que estaríamos estudando, as novelas que estaríamos assistindo.
         Todavia, é essa a hora que deveríamos estar observando o maior e melhor espetáculo que nos é proporcionado: O universo. Quando o calor começa a surgir, tudo muda de figura. As janelas e portas se abrem. Ficam escancaradas. O vento para de correr. Quem sabe ele não fez um acordo com as estrelas, não? Talvez tenham armado para que você saia de casa e levante o rosto para o céu. Para observá-las sorrindo e agradecendo a sua presença, te admirando, tão rara a sua imagem é para elas. É isso. O vento e as estrelas estão ao nosso favor.
          Portanto, quando faltar energia, saia de casa, sente-se ou deite-se no chão da sua varanda e, de olhos bem abertos, admire as estrelas. A posição delas, as formas que fazem. Imagine pessoas com quem gostaria de estar naquele momento, ouça, mesmo que distante, as músicas tocando e embalando a sua noite longe da tecnologia. Você sentirá o vento voltar a circular. É ele deixando explícito que não há nada mais belo que um ser natural admirando o tão vasto teto de sua casa, cheio de pequenas e únicas obras de arte com brilho próprio, dançando no lugar, ainda que de forma imperceptível.
         Garanto que a falta de energia cairá em esquecimento após poucos segundos. Você pode até acabar dormindo por horas a fio, e tenha certeza de que a manhã seguinte será incrível, pairando na sua cabeça o belo arranjo das estrelas e os fios do seu corpo arrepiados pelos deslizes ousados do vento. E eles continuarão rindo, apenas mais escondidos e esperando a próxima noite. O vento e as estrelas, num complô magnífico. E quem nos garante que eles também não incluíram as empresas de energia elétrica? 

B.S.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Quero um eu, com você.

“Não quero uma história de cinema, onde existe esse tal de casal perfeito. Eu não quero uma felicidade de mentira só pra mostrar status. Eu quero mãos dadas, cafuné e colo. Quero viagens, loucuras e parceria. Quero coração batendo forte, e falta do que falar. Quero amor, quero amar. Quero um eu, com você. Quero eu e você formando esse tal de nós. Quero tudo o que você quiser me dar. Mas eu só quero com você.”

 — Quer recomeçar comigo?

Uma grande verdade!

Semana passada ouvi de um grande amigo uma grande verdade: “Chega uma hora na vida que você tem que abrir mão do selvagem dentro de você para manter amigos, empregos e constituir família. Ou você pode escolher ser um louco e viver sozinho.
Tati Bernardi. 

And this is forever


"- Amar um ao outro, mesmo quando odiamos um ao outro.
- Sem fugas, nunca fugir.
- Cuidar um do outro mesmo quando estivermos velhos, fedorentos e senis.E se eu tiver Alzheimer e esquecer de você...
- Eu te lembro quem eu sou todos os dias. Isso é para sempre."


Derek Sheperd and Meredith Grey - 5x24

E tudo termina, após intenso treinamento de guerra


Agora começa o processo de nostalgia. O processo em que sua mente começa a pensar que cada segundo fará parte dos seus últimos momentos, que cada abraço conterá a memória dos últimos meses que você viu alguém durante todos os dias. Este é o ano em que paramos para nos dar conta que apesar de todas as reclamações, todo o estresse, todo o ritmo acelerado e todos os encontros nos corredores nos farão falta como nada na vida nunca fez, e talvez nunca venha a fazer.

Nesse ano as lágrimas vão querer sair antecipadamente, e terão de ser contidas até que, no último momento, saiam todas de vez e sem nenhum controle. Criaremos filmes em nossas cabeças e tentaremos registrar cada segundo, sem perder nem um movimento sequer. Olharemos esses rostos que nos são tão familiares por quatro anos, lembraremos das brigas, das decepções e descobertas, de tudo que aprendemos com todos os problemas e soluções que surgiram nessa caminhada.

Finalizaremos nossa jornada, com a sensação de dever cumprido, de que fomos capazes de encarar e superar tão grande desafio começado com tão pouca idade. Com a sensação de que nos tornamos homens e mulheres, crescemos, viramos adultos, aprendemos como realmente funciona a vida e o mundo fora do ambiente em que todos pensam em nos proteger.

Viveremos nosso último ano dentro de uma selva, correndo de um lado para o outro, rindo e fotografando mentalmente cada cantinho que não poderemos mais habitar, cada cena que já se passou em cada um deles, e cada pessoa que conhecemos graças à oportunidade de entrar neste hospício, nesse treinamento de guerra, eu diria.

Portanto, que sejam os melhores últimos momentos das nossas vidas. Independente de problemas, independente dos desesperos, independente da rotina que possa vir a ser insuportável. Que sejam os sorrisos mais lembrados na memória, os abraços mais demorados. Que surjam as história que serão contadas aos filhos no futuro, que possamos sorrir e dizer: Sofri, mas no fundo sei que por essas pessoas, valeu muito a pena.

That's magic.

I mean where else is coffee a good morning kiss, and an “always” mean “I love you too”? Where one look sets of fireworks. Please, tell me where else will you find a man who can tuck her hair behind her ear so gently, or a woman who can rub just a hand down his back to make him feel better? Where a handshake is a good night kiss? Where there are safe words and secrets and drawers and truth and moments that make you melt. Kisses that leave you breathless. Thats magic. And that’s in an hour. Less than that actually. That is extraordinarily rare and absolute perfection. And it always will be. That’s Castle.
Or, something like that.



É isso e ponto.


      E chegou aquela fase difícil. A fase de escolher uma profissão e olhar para o mundo afirmando uma posição. A pior parte não é fazer a escolha, mas sim ouvir todos tentarem “abrir seus olhos” para uma realidade que você já sabe qual é. É difícil manter um sonho com tantas pessoas tentando te dizer que não é a coisa mais adequada a fazer. Eu devo ser julgada por escolher a profissão que parece mais bonita aos meus olhos, sem me preocupar diretamente com a quantidade de dinheiro que vou receber por isso? Acho hipócrita escolher algo que não gosto e ser uma péssima profissional só pensando que vou trabalhar pouco para ganhar bem.
        Se sempre me disseram que nada na vida vem fácil, por que agora eu iria querer isso? Não. Vou fazer o que gosto, sendo boa no que faço, e receber o quanto for preciso para ajudar pessoas. Para fazer algo que possa ajudar os outros de verdade. E é isso. Tem sido difícil parar e olhar para o meu futuro com o mesmo brilho no olhar que costumava ter, mas jamais vou desistir. É isso que eu quero, e vejamos como vai ser. Se eu acabar não gostando, paro e penso no que farei, mas por hora é isso. Vou estudar e me dedicar para ser uma profissional feliz e não uma figura bloqueada no ‘teatro da existência’, cheia de mágoas e feridas psicológicas, como diria meu grande mestre Augusto Cury. 

Na esquina do 286.


                Dia 11 de fevereiro de 2013. Por mais de 6 meses esperei para que se concretizasse. Por mais de 6 meses sonhei com os abraços, com o som da sua voz bem pertinho de mim, com a sua presença caminhando ao meu lado. Naquele dia, meu telefone tocou milhões de vezes e até então a ficha ainda não tinha caído. Daqueles telefonemas a algumas horas eu te teria verdadeiramente perto, ao alcance do meu toque, um passo, apenas, ao meu lado. Finalmente, você me ligou e me mandou andar em direção ao número 286 (ou algo parecido rs). Olhei para o prédio a minha frente. Estava escrito 225. Com milhares de sacolas plásticas na mão, caminhei sentindo meu coração querendo pular do peito. Avistei um sinal fechado, muitos carros parados, e você estava de costas para mim, do outro lado da rua. Como não reconhecer? Não sei o que se passou pela minha cabeça naquele momento. Foi questão de segundos. Olhei para a sinaleira, esperei por algum tempo e ela permaneceu na cor vermelha. Larguei as sacolas e simplesmente corri, o mais rápido que pude, antes que meu despertador tocasse e me acordasse de um possível sonho. Mas finalmente pude te prender nos meus braços com a enorme vontade de jamais soltar. Nunca tremi daquele jeito na vida. Foi incontrolável, e só fui perceber quando você comentou. Era felicidade. Pura e simples. E nesse momento todos os problemas do mundo foram embora. Bastava ter essa melhor amiga, a minha pessoa, perto de mim, sorrindo e morrendo de vergonha. Eu posso dizer que foi um dos melhores dias da minha vida, sem piscar nem pensar duas vezes. E foi por isso que acordei no dia seguinte chorando, tendo que pensar em outras coisas para me controlar. Porque sabia que demoraria muito tempo para ter esse abraço de novo, para segurar meu mundo nas mãos. As lágrimas escapavam pelos meus olhos, enquanto eu tentava me esconder do mundo ao redor. Talvez fosse o meu coração empurrando-as para fora numa tentativa desesperada de me dizer que eu precisava fazer algo para te ter por perto ao menos mais uma vez. Mas o que eu podia? Nada estava ao meu alcance para fazer todas as cenas se repetirem. Agora, apenas agradeço a Deus por poder fechar os olhos e sentir, verdadeiramente, o seu abraço apertado. 

You just learn...


2006, vulgo 5ª série.


  Verdade... Estamos crescendo. Crescendo pra valer, não no sentido de altura, porque já passamos dessa fase a um bom tempo. E quem diria que aqueles pirralhos que riram juntos no surgimento da piada da ótica, ainda estariam juntos até hoje, certo? Algumas vezes sinto aquele medo tenebroso de que tudo se apague. De que nossas vidas de adultos nos façam esquecer das nossas almas de crianças, das nossas brincadeiras ridículas, das gargalhadas que temos dado juntos, de tudo isso. Tenho medo de que as universidades suguem nossas forças de um jeito que nenhuma transfusão seja capaz de reverter. Mas sou eternamente grata a Deus por ter vocês na minha vida agora. Por ligar para todo mundo e em uma semana estar sentada no chão da casa de alguém, ou num playground, até tarde da noite, falando besteira, relembrando de toda a nossa história.
   Como não nos demos conta disso? Sete anos se passaram e, no fundo no fundo, ainda somos nós. Todos com 18 anos nas costas, falando besteiras em níveis diferentes, mas ainda somos nós. E isso enche meu coração de alegria porque sei que mesmo me chateando com algumas atitudes, alguns comentários, posso pedir que vocês deixem minhas lágrimas escorrerem nos seus ombros e serem bem recebida, sempre.
   Tenho ouvido que é muito difícil manter os amigos de colégio, mas digo, com um brilho no olhar, que nos jamais nos perderemos. Nem que seja para vivermos de e-mails, mas jamais nos perderemos. Eu amo cada um de vocês, e espero que as inúmeras histórias e micos ainda sejam compartilhados repetidas vezes para o resto de nossas vidas.

O vento e as estrelas, num complô magnífico.

          Todos os dias vêm acompanhados do cair da noite e tudo parece normal. Não olhamos para o céu para ver as estrelas que nasceram para nos presentear com seu brilho, formado a milhões de anos atrás, porém liberados somente naquele exato instante; não olhamos para as luzes das casas ao redor da nossa; não observamos a lua, nem fazemos milhões de planos pensando em todas as músicas românticas que a citam.
        Certo dia, sabe-se lá por descuido de quem, a energia elétrica da sua casa desaparece. Toda a tecnologia e todas as formas possíveis de distração se esvaem do seu alcance. E o que geralmente fazemos é reclamar e reclamar, deitar no sofá fazendo barulhos de frustração. Só o que passa pela nossa cabeça são os trabalhos que estaríamos fazendo, as matérias que estaríamos estudando, as novelas que estaríamos assistindo.
         Todavia, é essa a hora que deveríamos estar observando o maior e melhor espetáculo que nos é proporcionado: O universo. Quando o calor começa a surgir, tudo muda de figura. As janelas e portas se abrem. Ficam escancaradas. O vento para de correr. Quem sabe ele não fez um acordo com as estrelas, não? Talvez tenham armado para que você saia de casa e levante o rosto para o céu. Para observá-las sorrindo e agradecendo a sua presença, te admirando, tão rara a sua imagem é para elas. É isso. O vento e as estrelas estão ao nosso favor.
          Portanto, quando faltar energia, saia de casa, sente-se ou deite-se no chão da sua varanda e, de olhos bem abertos, admire as estrelas. A posição delas, as formas que fazem. Imagine pessoas com quem gostaria de estar naquele momento, ouça, mesmo que distante, as músicas tocando e embalando a sua noite longe da tecnologia. Você sentirá o vento voltar a circular. É ele deixando explícito que não há nada mais belo que um ser natural admirando o tão vasto teto de sua casa, cheio de pequenas e únicas obras de arte com brilho próprio, dançando no lugar, ainda que de forma imperceptível.
         Garanto que a falta de energia cairá em esquecimento após poucos segundos. Você pode até acabar dormindo por horas a fio, e tenha certeza de que a manhã seguinte será incrível, pairando na sua cabeça o belo arranjo das estrelas e os fios do seu corpo arrepiados pelos deslizes ousados do vento. E eles continuarão rindo, apenas mais escondidos e esperando a próxima noite. O vento e as estrelas, num complô magnífico. E quem nos garante que eles também não incluíram as empresas de energia elétrica? 

B.S.

Quero um eu, com você.

“Não quero uma história de cinema, onde existe esse tal de casal perfeito. Eu não quero uma felicidade de mentira só pra mostrar status. Eu quero mãos dadas, cafuné e colo. Quero viagens, loucuras e parceria. Quero coração batendo forte, e falta do que falar. Quero amor, quero amar. Quero um eu, com você. Quero eu e você formando esse tal de nós. Quero tudo o que você quiser me dar. Mas eu só quero com você.”

 — Quer recomeçar comigo?

Uma grande verdade!

Semana passada ouvi de um grande amigo uma grande verdade: “Chega uma hora na vida que você tem que abrir mão do selvagem dentro de você para manter amigos, empregos e constituir família. Ou você pode escolher ser um louco e viver sozinho.
Tati Bernardi. 

And this is forever


"- Amar um ao outro, mesmo quando odiamos um ao outro.
- Sem fugas, nunca fugir.
- Cuidar um do outro mesmo quando estivermos velhos, fedorentos e senis.E se eu tiver Alzheimer e esquecer de você...
- Eu te lembro quem eu sou todos os dias. Isso é para sempre."


Derek Sheperd and Meredith Grey - 5x24

E tudo termina, após intenso treinamento de guerra


Agora começa o processo de nostalgia. O processo em que sua mente começa a pensar que cada segundo fará parte dos seus últimos momentos, que cada abraço conterá a memória dos últimos meses que você viu alguém durante todos os dias. Este é o ano em que paramos para nos dar conta que apesar de todas as reclamações, todo o estresse, todo o ritmo acelerado e todos os encontros nos corredores nos farão falta como nada na vida nunca fez, e talvez nunca venha a fazer.

Nesse ano as lágrimas vão querer sair antecipadamente, e terão de ser contidas até que, no último momento, saiam todas de vez e sem nenhum controle. Criaremos filmes em nossas cabeças e tentaremos registrar cada segundo, sem perder nem um movimento sequer. Olharemos esses rostos que nos são tão familiares por quatro anos, lembraremos das brigas, das decepções e descobertas, de tudo que aprendemos com todos os problemas e soluções que surgiram nessa caminhada.

Finalizaremos nossa jornada, com a sensação de dever cumprido, de que fomos capazes de encarar e superar tão grande desafio começado com tão pouca idade. Com a sensação de que nos tornamos homens e mulheres, crescemos, viramos adultos, aprendemos como realmente funciona a vida e o mundo fora do ambiente em que todos pensam em nos proteger.

Viveremos nosso último ano dentro de uma selva, correndo de um lado para o outro, rindo e fotografando mentalmente cada cantinho que não poderemos mais habitar, cada cena que já se passou em cada um deles, e cada pessoa que conhecemos graças à oportunidade de entrar neste hospício, nesse treinamento de guerra, eu diria.

Portanto, que sejam os melhores últimos momentos das nossas vidas. Independente de problemas, independente dos desesperos, independente da rotina que possa vir a ser insuportável. Que sejam os sorrisos mais lembrados na memória, os abraços mais demorados. Que surjam as história que serão contadas aos filhos no futuro, que possamos sorrir e dizer: Sofri, mas no fundo sei que por essas pessoas, valeu muito a pena.

That's magic.

I mean where else is coffee a good morning kiss, and an “always” mean “I love you too”? Where one look sets of fireworks. Please, tell me where else will you find a man who can tuck her hair behind her ear so gently, or a woman who can rub just a hand down his back to make him feel better? Where a handshake is a good night kiss? Where there are safe words and secrets and drawers and truth and moments that make you melt. Kisses that leave you breathless. Thats magic. And that’s in an hour. Less than that actually. That is extraordinarily rare and absolute perfection. And it always will be. That’s Castle.
Or, something like that.



É isso e ponto.


      E chegou aquela fase difícil. A fase de escolher uma profissão e olhar para o mundo afirmando uma posição. A pior parte não é fazer a escolha, mas sim ouvir todos tentarem “abrir seus olhos” para uma realidade que você já sabe qual é. É difícil manter um sonho com tantas pessoas tentando te dizer que não é a coisa mais adequada a fazer. Eu devo ser julgada por escolher a profissão que parece mais bonita aos meus olhos, sem me preocupar diretamente com a quantidade de dinheiro que vou receber por isso? Acho hipócrita escolher algo que não gosto e ser uma péssima profissional só pensando que vou trabalhar pouco para ganhar bem.
        Se sempre me disseram que nada na vida vem fácil, por que agora eu iria querer isso? Não. Vou fazer o que gosto, sendo boa no que faço, e receber o quanto for preciso para ajudar pessoas. Para fazer algo que possa ajudar os outros de verdade. E é isso. Tem sido difícil parar e olhar para o meu futuro com o mesmo brilho no olhar que costumava ter, mas jamais vou desistir. É isso que eu quero, e vejamos como vai ser. Se eu acabar não gostando, paro e penso no que farei, mas por hora é isso. Vou estudar e me dedicar para ser uma profissional feliz e não uma figura bloqueada no ‘teatro da existência’, cheia de mágoas e feridas psicológicas, como diria meu grande mestre Augusto Cury. 

Na esquina do 286.


                Dia 11 de fevereiro de 2013. Por mais de 6 meses esperei para que se concretizasse. Por mais de 6 meses sonhei com os abraços, com o som da sua voz bem pertinho de mim, com a sua presença caminhando ao meu lado. Naquele dia, meu telefone tocou milhões de vezes e até então a ficha ainda não tinha caído. Daqueles telefonemas a algumas horas eu te teria verdadeiramente perto, ao alcance do meu toque, um passo, apenas, ao meu lado. Finalmente, você me ligou e me mandou andar em direção ao número 286 (ou algo parecido rs). Olhei para o prédio a minha frente. Estava escrito 225. Com milhares de sacolas plásticas na mão, caminhei sentindo meu coração querendo pular do peito. Avistei um sinal fechado, muitos carros parados, e você estava de costas para mim, do outro lado da rua. Como não reconhecer? Não sei o que se passou pela minha cabeça naquele momento. Foi questão de segundos. Olhei para a sinaleira, esperei por algum tempo e ela permaneceu na cor vermelha. Larguei as sacolas e simplesmente corri, o mais rápido que pude, antes que meu despertador tocasse e me acordasse de um possível sonho. Mas finalmente pude te prender nos meus braços com a enorme vontade de jamais soltar. Nunca tremi daquele jeito na vida. Foi incontrolável, e só fui perceber quando você comentou. Era felicidade. Pura e simples. E nesse momento todos os problemas do mundo foram embora. Bastava ter essa melhor amiga, a minha pessoa, perto de mim, sorrindo e morrendo de vergonha. Eu posso dizer que foi um dos melhores dias da minha vida, sem piscar nem pensar duas vezes. E foi por isso que acordei no dia seguinte chorando, tendo que pensar em outras coisas para me controlar. Porque sabia que demoraria muito tempo para ter esse abraço de novo, para segurar meu mundo nas mãos. As lágrimas escapavam pelos meus olhos, enquanto eu tentava me esconder do mundo ao redor. Talvez fosse o meu coração empurrando-as para fora numa tentativa desesperada de me dizer que eu precisava fazer algo para te ter por perto ao menos mais uma vez. Mas o que eu podia? Nada estava ao meu alcance para fazer todas as cenas se repetirem. Agora, apenas agradeço a Deus por poder fechar os olhos e sentir, verdadeiramente, o seu abraço apertado. 

You just learn...


2006, vulgo 5ª série.


  Verdade... Estamos crescendo. Crescendo pra valer, não no sentido de altura, porque já passamos dessa fase a um bom tempo. E quem diria que aqueles pirralhos que riram juntos no surgimento da piada da ótica, ainda estariam juntos até hoje, certo? Algumas vezes sinto aquele medo tenebroso de que tudo se apague. De que nossas vidas de adultos nos façam esquecer das nossas almas de crianças, das nossas brincadeiras ridículas, das gargalhadas que temos dado juntos, de tudo isso. Tenho medo de que as universidades suguem nossas forças de um jeito que nenhuma transfusão seja capaz de reverter. Mas sou eternamente grata a Deus por ter vocês na minha vida agora. Por ligar para todo mundo e em uma semana estar sentada no chão da casa de alguém, ou num playground, até tarde da noite, falando besteira, relembrando de toda a nossa história.
   Como não nos demos conta disso? Sete anos se passaram e, no fundo no fundo, ainda somos nós. Todos com 18 anos nas costas, falando besteiras em níveis diferentes, mas ainda somos nós. E isso enche meu coração de alegria porque sei que mesmo me chateando com algumas atitudes, alguns comentários, posso pedir que vocês deixem minhas lágrimas escorrerem nos seus ombros e serem bem recebida, sempre.
   Tenho ouvido que é muito difícil manter os amigos de colégio, mas digo, com um brilho no olhar, que nos jamais nos perderemos. Nem que seja para vivermos de e-mails, mas jamais nos perderemos. Eu amo cada um de vocês, e espero que as inúmeras histórias e micos ainda sejam compartilhados repetidas vezes para o resto de nossas vidas.

O vento e as estrelas, num complô magnífico.

          Todos os dias vêm acompanhados do cair da noite e tudo parece normal. Não olhamos para o céu para ver as estrelas que nasceram para nos presentear com seu brilho, formado a milhões de anos atrás, porém liberados somente naquele exato instante; não olhamos para as luzes das casas ao redor da nossa; não observamos a lua, nem fazemos milhões de planos pensando em todas as músicas românticas que a citam.
        Certo dia, sabe-se lá por descuido de quem, a energia elétrica da sua casa desaparece. Toda a tecnologia e todas as formas possíveis de distração se esvaem do seu alcance. E o que geralmente fazemos é reclamar e reclamar, deitar no sofá fazendo barulhos de frustração. Só o que passa pela nossa cabeça são os trabalhos que estaríamos fazendo, as matérias que estaríamos estudando, as novelas que estaríamos assistindo.
         Todavia, é essa a hora que deveríamos estar observando o maior e melhor espetáculo que nos é proporcionado: O universo. Quando o calor começa a surgir, tudo muda de figura. As janelas e portas se abrem. Ficam escancaradas. O vento para de correr. Quem sabe ele não fez um acordo com as estrelas, não? Talvez tenham armado para que você saia de casa e levante o rosto para o céu. Para observá-las sorrindo e agradecendo a sua presença, te admirando, tão rara a sua imagem é para elas. É isso. O vento e as estrelas estão ao nosso favor.
          Portanto, quando faltar energia, saia de casa, sente-se ou deite-se no chão da sua varanda e, de olhos bem abertos, admire as estrelas. A posição delas, as formas que fazem. Imagine pessoas com quem gostaria de estar naquele momento, ouça, mesmo que distante, as músicas tocando e embalando a sua noite longe da tecnologia. Você sentirá o vento voltar a circular. É ele deixando explícito que não há nada mais belo que um ser natural admirando o tão vasto teto de sua casa, cheio de pequenas e únicas obras de arte com brilho próprio, dançando no lugar, ainda que de forma imperceptível.
         Garanto que a falta de energia cairá em esquecimento após poucos segundos. Você pode até acabar dormindo por horas a fio, e tenha certeza de que a manhã seguinte será incrível, pairando na sua cabeça o belo arranjo das estrelas e os fios do seu corpo arrepiados pelos deslizes ousados do vento. E eles continuarão rindo, apenas mais escondidos e esperando a próxima noite. O vento e as estrelas, num complô magnífico. E quem nos garante que eles também não incluíram as empresas de energia elétrica? 

B.S.

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