Verdade...
Estamos crescendo. Crescendo pra valer, não no sentido de altura, porque já
passamos dessa fase a um bom tempo. E quem diria que aqueles pirralhos que
riram juntos no surgimento da piada da ótica, ainda estariam juntos até hoje,
certo? Algumas vezes sinto aquele medo tenebroso de que tudo se apague. De que
nossas vidas de adultos nos façam esquecer das nossas almas de crianças, das
nossas brincadeiras ridículas, das gargalhadas que temos dado juntos, de tudo
isso. Tenho medo de que as universidades suguem nossas forças de um jeito que
nenhuma transfusão seja capaz de reverter. Mas sou eternamente grata a Deus por
ter vocês na minha vida agora. Por ligar para todo mundo e em uma semana estar
sentada no chão da casa de alguém, ou num playground, até tarde da noite,
falando besteira, relembrando de toda a nossa história.
Como
não nos demos conta disso? Sete anos se passaram e, no fundo no fundo, ainda
somos nós. Todos com 18 anos nas costas, falando besteiras em níveis diferentes,
mas ainda somos nós. E isso enche meu coração de alegria porque sei que mesmo
me chateando com algumas atitudes, alguns comentários, posso pedir que vocês
deixem minhas lágrimas escorrerem nos seus ombros e serem bem recebida, sempre.
Tenho
ouvido que é muito difícil manter os amigos de colégio, mas digo, com um brilho
no olhar, que nos jamais nos perderemos. Nem que seja para vivermos de e-mails,
mas jamais nos perderemos. Eu amo cada um de vocês, e espero que as inúmeras
histórias e micos ainda sejam compartilhados repetidas vezes para o resto de
nossas vidas.
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