domingo, 24 de março de 2013

E tudo termina, após intenso treinamento de guerra


Agora começa o processo de nostalgia. O processo em que sua mente começa a pensar que cada segundo fará parte dos seus últimos momentos, que cada abraço conterá a memória dos últimos meses que você viu alguém durante todos os dias. Este é o ano em que paramos para nos dar conta que apesar de todas as reclamações, todo o estresse, todo o ritmo acelerado e todos os encontros nos corredores nos farão falta como nada na vida nunca fez, e talvez nunca venha a fazer.

Nesse ano as lágrimas vão querer sair antecipadamente, e terão de ser contidas até que, no último momento, saiam todas de vez e sem nenhum controle. Criaremos filmes em nossas cabeças e tentaremos registrar cada segundo, sem perder nem um movimento sequer. Olharemos esses rostos que nos são tão familiares por quatro anos, lembraremos das brigas, das decepções e descobertas, de tudo que aprendemos com todos os problemas e soluções que surgiram nessa caminhada.

Finalizaremos nossa jornada, com a sensação de dever cumprido, de que fomos capazes de encarar e superar tão grande desafio começado com tão pouca idade. Com a sensação de que nos tornamos homens e mulheres, crescemos, viramos adultos, aprendemos como realmente funciona a vida e o mundo fora do ambiente em que todos pensam em nos proteger.

Viveremos nosso último ano dentro de uma selva, correndo de um lado para o outro, rindo e fotografando mentalmente cada cantinho que não poderemos mais habitar, cada cena que já se passou em cada um deles, e cada pessoa que conhecemos graças à oportunidade de entrar neste hospício, nesse treinamento de guerra, eu diria.

Portanto, que sejam os melhores últimos momentos das nossas vidas. Independente de problemas, independente dos desesperos, independente da rotina que possa vir a ser insuportável. Que sejam os sorrisos mais lembrados na memória, os abraços mais demorados. Que surjam as história que serão contadas aos filhos no futuro, que possamos sorrir e dizer: Sofri, mas no fundo sei que por essas pessoas, valeu muito a pena.

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E tudo termina, após intenso treinamento de guerra


Agora começa o processo de nostalgia. O processo em que sua mente começa a pensar que cada segundo fará parte dos seus últimos momentos, que cada abraço conterá a memória dos últimos meses que você viu alguém durante todos os dias. Este é o ano em que paramos para nos dar conta que apesar de todas as reclamações, todo o estresse, todo o ritmo acelerado e todos os encontros nos corredores nos farão falta como nada na vida nunca fez, e talvez nunca venha a fazer.

Nesse ano as lágrimas vão querer sair antecipadamente, e terão de ser contidas até que, no último momento, saiam todas de vez e sem nenhum controle. Criaremos filmes em nossas cabeças e tentaremos registrar cada segundo, sem perder nem um movimento sequer. Olharemos esses rostos que nos são tão familiares por quatro anos, lembraremos das brigas, das decepções e descobertas, de tudo que aprendemos com todos os problemas e soluções que surgiram nessa caminhada.

Finalizaremos nossa jornada, com a sensação de dever cumprido, de que fomos capazes de encarar e superar tão grande desafio começado com tão pouca idade. Com a sensação de que nos tornamos homens e mulheres, crescemos, viramos adultos, aprendemos como realmente funciona a vida e o mundo fora do ambiente em que todos pensam em nos proteger.

Viveremos nosso último ano dentro de uma selva, correndo de um lado para o outro, rindo e fotografando mentalmente cada cantinho que não poderemos mais habitar, cada cena que já se passou em cada um deles, e cada pessoa que conhecemos graças à oportunidade de entrar neste hospício, nesse treinamento de guerra, eu diria.

Portanto, que sejam os melhores últimos momentos das nossas vidas. Independente de problemas, independente dos desesperos, independente da rotina que possa vir a ser insuportável. Que sejam os sorrisos mais lembrados na memória, os abraços mais demorados. Que surjam as história que serão contadas aos filhos no futuro, que possamos sorrir e dizer: Sofri, mas no fundo sei que por essas pessoas, valeu muito a pena.

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Agora começa o processo de nostalgia. O processo em que sua mente começa a pensar que cada segundo fará parte dos seus últimos momentos, que cada abraço conterá a memória dos últimos meses que você viu alguém durante todos os dias. Este é o ano em que paramos para nos dar conta que apesar de todas as reclamações, todo o estresse, todo o ritmo acelerado e todos os encontros nos corredores nos farão falta como nada na vida nunca fez, e talvez nunca venha a fazer.

Nesse ano as lágrimas vão querer sair antecipadamente, e terão de ser contidas até que, no último momento, saiam todas de vez e sem nenhum controle. Criaremos filmes em nossas cabeças e tentaremos registrar cada segundo, sem perder nem um movimento sequer. Olharemos esses rostos que nos são tão familiares por quatro anos, lembraremos das brigas, das decepções e descobertas, de tudo que aprendemos com todos os problemas e soluções que surgiram nessa caminhada.

Finalizaremos nossa jornada, com a sensação de dever cumprido, de que fomos capazes de encarar e superar tão grande desafio começado com tão pouca idade. Com a sensação de que nos tornamos homens e mulheres, crescemos, viramos adultos, aprendemos como realmente funciona a vida e o mundo fora do ambiente em que todos pensam em nos proteger.

Viveremos nosso último ano dentro de uma selva, correndo de um lado para o outro, rindo e fotografando mentalmente cada cantinho que não poderemos mais habitar, cada cena que já se passou em cada um deles, e cada pessoa que conhecemos graças à oportunidade de entrar neste hospício, nesse treinamento de guerra, eu diria.

Portanto, que sejam os melhores últimos momentos das nossas vidas. Independente de problemas, independente dos desesperos, independente da rotina que possa vir a ser insuportável. Que sejam os sorrisos mais lembrados na memória, os abraços mais demorados. Que surjam as história que serão contadas aos filhos no futuro, que possamos sorrir e dizer: Sofri, mas no fundo sei que por essas pessoas, valeu muito a pena.

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