terça-feira, 26 de junho de 2012

Como uma facada no peito

                Às vezes tenho medo do que as pessoas pensam de mim. Sei que não deveria, sei que na maioria das vezes não me importo com o que a minha imagem passa. Mas é que de uns tempos para cá, algumas coisas tem tornado a minha visão de mundo um pouco diferente. Especialmente a minha visão sobre o amor, seja ela em qualquer sentido.
                Só de pensar em todas essas coisas, meu coração se aperta de uma forma única, como nada mais pode fazer. Para mim, não existe dor maior do que a ausência de um amor que um dia existiu e foi, talvez, o mais forte amor que um ser humano é capaz de sentir.
                No ano em que minha vida deveria mudar para melhor, duas das fases que mais me fizeram feliz, estavam prestes a ir embora de vez. Será que se eu soubesse que tudo estava para acontecer, eu teria aproveitado mais? E será que se eu aproveitasse o sentimento de agora seria diferente?
                O fato é que não trato dos meus amigos que se foram com o tempo, não falo da minha família cada vez mais afastada, não falo dos professores que sinto falta da infância, não falo nem sequer da infância em si. Falo de um ser que se foi há exatos dois anos, sem me dar a chance de dizer Adeus, de dizer nos seus últimos momentos, o quanto eu te amava, e amo, o quanto, apesar do pouco tempo por perto, ele me ensinou lições, o quanto ele me mostrou o que é ser responsável por alguém.
                E eu sinto a falta dele todos os dias. É uma falta que eu tento disfarçar nos meus sorrisos, na realização dos meus sonhos, nos abraços que recebo das pessoas, nas respostas de “estou bem” a todo mundo que pergunta, parecendo preocupado. É muito mais que uma dor. É o sentimento de ser a pessoa mais irresponsável do mundo. O sentimento de que jamais serei uma mãe exemplar, como a minha, de que jamais serei  capaz de me responsabilizar por alguém. O sentimento de que ninguém, nenhum outro, pode substituir o lugar dele dentro de mim.
                Mas meu pequeno, você me ensinou uma das maiores lições da vida. Ensinou-me a valorizar cada segundo que eu puder ter ao lado de alguém que amo. Ensinou-me a dizer todos os dias um “Eu te amo” olhando nos olhos, de perto, sem medo e sem nenhuma vergonha. Te agradeço por isso, mas você não precisava ter ido embora daquele jeito. Até hoje me pergunto por que tudo aconteceu de uma forma tão repentina. Talvez Deus tenha feito isso para impedir que eu assistisse os seus últimos respiros, o seu último momento com os olhinhos abertos, direcionados para mim. A dor seria pior? Seria mesmo pior do que te perder sem te dar um último beijo, um último abraço, um último sorriso, ou um desejo de que você estivesse bem em qualquer lugar que fosse?
                Tudo que eu tenho para dizer, e que venho repetindo todas as noites nos últimos dois anos, é que eu realmente desejo que Deus te tenha por perto, num lugar muito melhor do que estaria se estivesse conosco. Espero que você possa me ouvir nos meus gritos silenciosos, todas as vezes que tento te dizer o quanto te amo, mesmo depois de todo esse tempo sem você por perto. Sei que, provavelmente, você estranharia me ver neste estado, com o rosto cheio de lágrimas que não conseguem parar de jorrar, mas é o que sinto, e preciso de alguns momentos no tempo para colocá-las para fora.
                Hoje faz dois anos que recebi a sua ausência como uma facada no peito. Talvez até muito pior. E a cada ano que passar, o meu amor será cada vez maior. Rezarei por você até o fim dos meus dias, e ninguém, jamais, substituirá o seu lugar.

Eu te amo, Stuart. Desculpe-me por não estar por perto naquele momento.

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Como uma facada no peito

                Às vezes tenho medo do que as pessoas pensam de mim. Sei que não deveria, sei que na maioria das vezes não me importo com o que a minha imagem passa. Mas é que de uns tempos para cá, algumas coisas tem tornado a minha visão de mundo um pouco diferente. Especialmente a minha visão sobre o amor, seja ela em qualquer sentido.
                Só de pensar em todas essas coisas, meu coração se aperta de uma forma única, como nada mais pode fazer. Para mim, não existe dor maior do que a ausência de um amor que um dia existiu e foi, talvez, o mais forte amor que um ser humano é capaz de sentir.
                No ano em que minha vida deveria mudar para melhor, duas das fases que mais me fizeram feliz, estavam prestes a ir embora de vez. Será que se eu soubesse que tudo estava para acontecer, eu teria aproveitado mais? E será que se eu aproveitasse o sentimento de agora seria diferente?
                O fato é que não trato dos meus amigos que se foram com o tempo, não falo da minha família cada vez mais afastada, não falo dos professores que sinto falta da infância, não falo nem sequer da infância em si. Falo de um ser que se foi há exatos dois anos, sem me dar a chance de dizer Adeus, de dizer nos seus últimos momentos, o quanto eu te amava, e amo, o quanto, apesar do pouco tempo por perto, ele me ensinou lições, o quanto ele me mostrou o que é ser responsável por alguém.
                E eu sinto a falta dele todos os dias. É uma falta que eu tento disfarçar nos meus sorrisos, na realização dos meus sonhos, nos abraços que recebo das pessoas, nas respostas de “estou bem” a todo mundo que pergunta, parecendo preocupado. É muito mais que uma dor. É o sentimento de ser a pessoa mais irresponsável do mundo. O sentimento de que jamais serei uma mãe exemplar, como a minha, de que jamais serei  capaz de me responsabilizar por alguém. O sentimento de que ninguém, nenhum outro, pode substituir o lugar dele dentro de mim.
                Mas meu pequeno, você me ensinou uma das maiores lições da vida. Ensinou-me a valorizar cada segundo que eu puder ter ao lado de alguém que amo. Ensinou-me a dizer todos os dias um “Eu te amo” olhando nos olhos, de perto, sem medo e sem nenhuma vergonha. Te agradeço por isso, mas você não precisava ter ido embora daquele jeito. Até hoje me pergunto por que tudo aconteceu de uma forma tão repentina. Talvez Deus tenha feito isso para impedir que eu assistisse os seus últimos respiros, o seu último momento com os olhinhos abertos, direcionados para mim. A dor seria pior? Seria mesmo pior do que te perder sem te dar um último beijo, um último abraço, um último sorriso, ou um desejo de que você estivesse bem em qualquer lugar que fosse?
                Tudo que eu tenho para dizer, e que venho repetindo todas as noites nos últimos dois anos, é que eu realmente desejo que Deus te tenha por perto, num lugar muito melhor do que estaria se estivesse conosco. Espero que você possa me ouvir nos meus gritos silenciosos, todas as vezes que tento te dizer o quanto te amo, mesmo depois de todo esse tempo sem você por perto. Sei que, provavelmente, você estranharia me ver neste estado, com o rosto cheio de lágrimas que não conseguem parar de jorrar, mas é o que sinto, e preciso de alguns momentos no tempo para colocá-las para fora.
                Hoje faz dois anos que recebi a sua ausência como uma facada no peito. Talvez até muito pior. E a cada ano que passar, o meu amor será cada vez maior. Rezarei por você até o fim dos meus dias, e ninguém, jamais, substituirá o seu lugar.

Eu te amo, Stuart. Desculpe-me por não estar por perto naquele momento.

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Como uma facada no peito

                Às vezes tenho medo do que as pessoas pensam de mim. Sei que não deveria, sei que na maioria das vezes não me importo com o que a minha imagem passa. Mas é que de uns tempos para cá, algumas coisas tem tornado a minha visão de mundo um pouco diferente. Especialmente a minha visão sobre o amor, seja ela em qualquer sentido.
                Só de pensar em todas essas coisas, meu coração se aperta de uma forma única, como nada mais pode fazer. Para mim, não existe dor maior do que a ausência de um amor que um dia existiu e foi, talvez, o mais forte amor que um ser humano é capaz de sentir.
                No ano em que minha vida deveria mudar para melhor, duas das fases que mais me fizeram feliz, estavam prestes a ir embora de vez. Será que se eu soubesse que tudo estava para acontecer, eu teria aproveitado mais? E será que se eu aproveitasse o sentimento de agora seria diferente?
                O fato é que não trato dos meus amigos que se foram com o tempo, não falo da minha família cada vez mais afastada, não falo dos professores que sinto falta da infância, não falo nem sequer da infância em si. Falo de um ser que se foi há exatos dois anos, sem me dar a chance de dizer Adeus, de dizer nos seus últimos momentos, o quanto eu te amava, e amo, o quanto, apesar do pouco tempo por perto, ele me ensinou lições, o quanto ele me mostrou o que é ser responsável por alguém.
                E eu sinto a falta dele todos os dias. É uma falta que eu tento disfarçar nos meus sorrisos, na realização dos meus sonhos, nos abraços que recebo das pessoas, nas respostas de “estou bem” a todo mundo que pergunta, parecendo preocupado. É muito mais que uma dor. É o sentimento de ser a pessoa mais irresponsável do mundo. O sentimento de que jamais serei uma mãe exemplar, como a minha, de que jamais serei  capaz de me responsabilizar por alguém. O sentimento de que ninguém, nenhum outro, pode substituir o lugar dele dentro de mim.
                Mas meu pequeno, você me ensinou uma das maiores lições da vida. Ensinou-me a valorizar cada segundo que eu puder ter ao lado de alguém que amo. Ensinou-me a dizer todos os dias um “Eu te amo” olhando nos olhos, de perto, sem medo e sem nenhuma vergonha. Te agradeço por isso, mas você não precisava ter ido embora daquele jeito. Até hoje me pergunto por que tudo aconteceu de uma forma tão repentina. Talvez Deus tenha feito isso para impedir que eu assistisse os seus últimos respiros, o seu último momento com os olhinhos abertos, direcionados para mim. A dor seria pior? Seria mesmo pior do que te perder sem te dar um último beijo, um último abraço, um último sorriso, ou um desejo de que você estivesse bem em qualquer lugar que fosse?
                Tudo que eu tenho para dizer, e que venho repetindo todas as noites nos últimos dois anos, é que eu realmente desejo que Deus te tenha por perto, num lugar muito melhor do que estaria se estivesse conosco. Espero que você possa me ouvir nos meus gritos silenciosos, todas as vezes que tento te dizer o quanto te amo, mesmo depois de todo esse tempo sem você por perto. Sei que, provavelmente, você estranharia me ver neste estado, com o rosto cheio de lágrimas que não conseguem parar de jorrar, mas é o que sinto, e preciso de alguns momentos no tempo para colocá-las para fora.
                Hoje faz dois anos que recebi a sua ausência como uma facada no peito. Talvez até muito pior. E a cada ano que passar, o meu amor será cada vez maior. Rezarei por você até o fim dos meus dias, e ninguém, jamais, substituirá o seu lugar.

Eu te amo, Stuart. Desculpe-me por não estar por perto naquele momento.

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