sexta-feira, 29 de junho de 2012

É bem assim


              A gente cresce assistindo esses filmes americanos exagerados, enxergando a vida como eles nos mostram. Os casais brigam o tempo todo, se machucam, mas no final tudo se explica e volta ao normal. Cai uma tempestade, a pessoa se molha e logo aparece alguém lhe oferecendo ajuda.
                Alguém pode me dizer o que temos na cabeça para viver num mundo como esse e ainda acreditar em todas essas baboseiras? É claro que não poderia ser verdade. Assim como não seremos ajudados nas tempestades, os amores não serão contos de fadas do jeito que tentam nos fazer acreditar.
                Muito pelo contrário, diga-se de passagem, os amores são as tempestades. A maioria das pessoas já esteve andando na rua, num dia de Sol, quando de repente viu o céu fechar e gotas grossas começaram a cair. É uma sensação de desespero, de querer se esconder, mas ao mesmo tempo correr, esquecer-se do mundo, aproveitar o momento. E é bem assim o amor. É bem assim que ele chega, e é bem assim que nos sentimos, não é?!
                No começo, você se assusta, quer fugir, se enfiar no primeiro buraco a sua frente. Mas, na maioria das vezes, você relaxa e entende que é algo natural. No caso do amor, é como se estivéssemos no meio da tempestade, sem um guarda-chuva, sem ter nem um refúgio sequer, e a visão está embaçada, nos fazendo tropeçar em alguns obstáculos no caminho.  A grande, e importante, diferença é que nas tempestades geralmente estamos sozinhos, e o amor nos dá alguém para nos acompanhar, seja para evitar a queda, seja para nos empurrar de vez.
                Sim, porque, sendo realista, tudo na vida tem os seus extremos. O fato é que não podemos desejar um relacionamento perfeito, porque isso é uma completa utopia. Um relacionamento de verdade terá discussões, terá momentos em que vocês não aguentarão mais olhar um na cara do outro, surgirão dúvidas e provas a serem superadas, porém, do outro lado do extremo, haverá momentos como comer uma panela de brigadeiro numa única tarde, assistindo um filme juntos, brigar para saber quem vai pagar o ingresso do cinema, olhar nos olhos e sorrir sem motivo algum.
                No entanto, tudo isso pode (e é bem provável) um dia acabar. Pode ser num piscar de olhos, como quando as tempestades às vezes começam, ou pode começar e levar alguns meses, quem sabe até anos. Você vai se matar por isso? O certo a fazer é se certificar de que, antes que esse momento chegue, vocês façam tudo valer a pena, para que assim não fiquem desapontados porque algo maravilhoso acabou, mas sim orgulhosos porque realmente existiu.
                Desejei, algum dia, que fosse isso que os filmes mostrassem. Percebi que estava equivocada. Demorei um pouco e descobrir como funciona essa coisa do amor, mas de uns tempos para cá as pessoas vem repetindo tudo isso com tanta frequência que comecei a parar para analisar. Talvez seja verdade, e por isso os filmes nos enganem desde sempre. Para dar um pouco mais de adrenalina na vida antes que possamos descobrir qual a verdadeira realidade a qual estamos submetidos. E é bem assim. O amor. 

B.S.


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É bem assim


              A gente cresce assistindo esses filmes americanos exagerados, enxergando a vida como eles nos mostram. Os casais brigam o tempo todo, se machucam, mas no final tudo se explica e volta ao normal. Cai uma tempestade, a pessoa se molha e logo aparece alguém lhe oferecendo ajuda.
                Alguém pode me dizer o que temos na cabeça para viver num mundo como esse e ainda acreditar em todas essas baboseiras? É claro que não poderia ser verdade. Assim como não seremos ajudados nas tempestades, os amores não serão contos de fadas do jeito que tentam nos fazer acreditar.
                Muito pelo contrário, diga-se de passagem, os amores são as tempestades. A maioria das pessoas já esteve andando na rua, num dia de Sol, quando de repente viu o céu fechar e gotas grossas começaram a cair. É uma sensação de desespero, de querer se esconder, mas ao mesmo tempo correr, esquecer-se do mundo, aproveitar o momento. E é bem assim o amor. É bem assim que ele chega, e é bem assim que nos sentimos, não é?!
                No começo, você se assusta, quer fugir, se enfiar no primeiro buraco a sua frente. Mas, na maioria das vezes, você relaxa e entende que é algo natural. No caso do amor, é como se estivéssemos no meio da tempestade, sem um guarda-chuva, sem ter nem um refúgio sequer, e a visão está embaçada, nos fazendo tropeçar em alguns obstáculos no caminho.  A grande, e importante, diferença é que nas tempestades geralmente estamos sozinhos, e o amor nos dá alguém para nos acompanhar, seja para evitar a queda, seja para nos empurrar de vez.
                Sim, porque, sendo realista, tudo na vida tem os seus extremos. O fato é que não podemos desejar um relacionamento perfeito, porque isso é uma completa utopia. Um relacionamento de verdade terá discussões, terá momentos em que vocês não aguentarão mais olhar um na cara do outro, surgirão dúvidas e provas a serem superadas, porém, do outro lado do extremo, haverá momentos como comer uma panela de brigadeiro numa única tarde, assistindo um filme juntos, brigar para saber quem vai pagar o ingresso do cinema, olhar nos olhos e sorrir sem motivo algum.
                No entanto, tudo isso pode (e é bem provável) um dia acabar. Pode ser num piscar de olhos, como quando as tempestades às vezes começam, ou pode começar e levar alguns meses, quem sabe até anos. Você vai se matar por isso? O certo a fazer é se certificar de que, antes que esse momento chegue, vocês façam tudo valer a pena, para que assim não fiquem desapontados porque algo maravilhoso acabou, mas sim orgulhosos porque realmente existiu.
                Desejei, algum dia, que fosse isso que os filmes mostrassem. Percebi que estava equivocada. Demorei um pouco e descobrir como funciona essa coisa do amor, mas de uns tempos para cá as pessoas vem repetindo tudo isso com tanta frequência que comecei a parar para analisar. Talvez seja verdade, e por isso os filmes nos enganem desde sempre. Para dar um pouco mais de adrenalina na vida antes que possamos descobrir qual a verdadeira realidade a qual estamos submetidos. E é bem assim. O amor. 

B.S.


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              A gente cresce assistindo esses filmes americanos exagerados, enxergando a vida como eles nos mostram. Os casais brigam o tempo todo, se machucam, mas no final tudo se explica e volta ao normal. Cai uma tempestade, a pessoa se molha e logo aparece alguém lhe oferecendo ajuda.
                Alguém pode me dizer o que temos na cabeça para viver num mundo como esse e ainda acreditar em todas essas baboseiras? É claro que não poderia ser verdade. Assim como não seremos ajudados nas tempestades, os amores não serão contos de fadas do jeito que tentam nos fazer acreditar.
                Muito pelo contrário, diga-se de passagem, os amores são as tempestades. A maioria das pessoas já esteve andando na rua, num dia de Sol, quando de repente viu o céu fechar e gotas grossas começaram a cair. É uma sensação de desespero, de querer se esconder, mas ao mesmo tempo correr, esquecer-se do mundo, aproveitar o momento. E é bem assim o amor. É bem assim que ele chega, e é bem assim que nos sentimos, não é?!
                No começo, você se assusta, quer fugir, se enfiar no primeiro buraco a sua frente. Mas, na maioria das vezes, você relaxa e entende que é algo natural. No caso do amor, é como se estivéssemos no meio da tempestade, sem um guarda-chuva, sem ter nem um refúgio sequer, e a visão está embaçada, nos fazendo tropeçar em alguns obstáculos no caminho.  A grande, e importante, diferença é que nas tempestades geralmente estamos sozinhos, e o amor nos dá alguém para nos acompanhar, seja para evitar a queda, seja para nos empurrar de vez.
                Sim, porque, sendo realista, tudo na vida tem os seus extremos. O fato é que não podemos desejar um relacionamento perfeito, porque isso é uma completa utopia. Um relacionamento de verdade terá discussões, terá momentos em que vocês não aguentarão mais olhar um na cara do outro, surgirão dúvidas e provas a serem superadas, porém, do outro lado do extremo, haverá momentos como comer uma panela de brigadeiro numa única tarde, assistindo um filme juntos, brigar para saber quem vai pagar o ingresso do cinema, olhar nos olhos e sorrir sem motivo algum.
                No entanto, tudo isso pode (e é bem provável) um dia acabar. Pode ser num piscar de olhos, como quando as tempestades às vezes começam, ou pode começar e levar alguns meses, quem sabe até anos. Você vai se matar por isso? O certo a fazer é se certificar de que, antes que esse momento chegue, vocês façam tudo valer a pena, para que assim não fiquem desapontados porque algo maravilhoso acabou, mas sim orgulhosos porque realmente existiu.
                Desejei, algum dia, que fosse isso que os filmes mostrassem. Percebi que estava equivocada. Demorei um pouco e descobrir como funciona essa coisa do amor, mas de uns tempos para cá as pessoas vem repetindo tudo isso com tanta frequência que comecei a parar para analisar. Talvez seja verdade, e por isso os filmes nos enganem desde sempre. Para dar um pouco mais de adrenalina na vida antes que possamos descobrir qual a verdadeira realidade a qual estamos submetidos. E é bem assim. O amor. 

B.S.


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