Às vezes parece que o sofrimento da perda de um amor, da ilusão de uma paixão, atinge somente as mulheres e as “garotas inocentes por aí”. Mas não. Por que nós sempre somos os culpados para as decepções e sempre fazemos o que não devemos? Até parece que carregamos uma pedra dentro do peito. Mas não é sempre assim.
Eu sei que errei muito, e fiz muito mal a alguém. Alguém que amei. E hoje eu saio de casa apenas procurando algo com que me iludir. Algo o qual eu possa olhar e acreditar que traduz alguma magia. Não posso esconder que procuro um sorriso como o seu, que me traga a lembrança de alguma canção.
Passa alguém e me lembra você. Não pela aparência, pois sei que jamais encontrarei outra igual, não pelo sorriso, que apresenta traços tão excepcionais, mas pelo perfume. Naquele momento, o mundo para e acredito que você está na minha frente, sorrindo, falando e cantando a nossa música. Me abraçando e dizendo que vai me amar para sempre.
“O mundo assim parece tão pequeno
e eu continuo tendo visões...”
E quando abro os olhos, é tudo fruto da imaginação. Sei que se você passar por mim, vou esquecer todas as decepções, todas as palavras frias que você me disse, assim como a forma como você me abandonou. Sem motivo, sem razão clara. Ao meu redor todo mundo diz que tenho que parar de pensar em você. Droga. Eu não sei o que fazer. Sabe por quê? Por que, infelizmente, eu só penso em você.
“Fora tanto que eu me perco
fora tudo mais que eu penso
eu só penso em você”
Romântico demais dizer que estou trancado em casa, a espera de nada. A espera de tudo. De alguém, de um telefonema que seja, de uma esperança, de alguém com seu nome, com o timbre da sua voz. E você deve estar pensando: “Idiota”. Eu fui. Fui, e sou. Fui por que te fiz coisas que não devia. Continuo sendo por que mesmo depois de você ter feito coisa muito pior, eu continuo aqui. Pensando em você, em te ouvir ao lado do telefone dizendo que ainda me quer.
Mas de tudo isso, a única coisa que eu sei é que a verdade, é que eu continuo vivendo em vão...
“O mundo assim parece tão imenso
E eu continuo vivendo em vão.”
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